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GitHub também vai bloquear FLoC em sites hospedados no seu domínio

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 30 de Abril de 2021 às 08h50

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech

O GitHub, o maior site de hospedagem de códigos-fontes de aplicativos do mundo, é o mais recente serviço online a bloquear o FLoC, os “novos cookies” do Google. O site é de propriedade da Microsoft, que já havia se manifestado contra a nova política de coleta de dados da gigante das buscas ao bloquear o recurso no navegador Edge.

Na verdade, o repositório passará a oferecer uma opção de bloqueio no novo cabeçalho HTTP que está sendo criado para todos os sites hospedados nas páginas do GitHub. Os sites que usam um domínio personalizado não serão afetados pela mudança.

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Mesmo sem citar diretamente o FLoC ou o Google, ficou claro que o objetivo é impedir o recurso de coletar dados dos usuários enquanto usam o serviço. Em uma postagem feita no blog dos desenvolvedores, a companhia explica que todas as páginas dentro do domínio github.io agora terão um conjunto de cabeçalhos com o seguinte código: “Permissions-Policy: interest-cohort=() header set”.

Cohort é uma clara referência ao nome pomposo do FLoC: Federated Learning of Cohorts. A empresa não deu qualquer justificativa para adotar essa medida, mas nisso não parece ser necessário, já que as principais desenvolvedoras de browsers do mundo já manifestaram preocupação com esse novo modelo de coleta de dados.

O rastreio de usuário em um site como o GitHub poderia, em tese, ajudar o Google a montar um perfil de interesses de desenvolvedores, já que a maioria dos usuários do site é composta por tal categoria profissional.

A polêmica dos FLoC

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O FLoC é uma tecnologia voltada para publicidade e desenvolvida pelo Google para substituir os “cookies de terceiros”, utilizados para rastreamento de anúncios por meio de uma nova API. Segundo a empresa, essa nova modalidade traz mais privacidade para o usuário porque classifica os hábitos conforme grupos de pessoas, em vez de individualmente, como é feito no modelo atual.

Apesar disso, Microsoft, Mozilla, Opera, Brave, Vivaldi e DuckDuckGo já se posicionaram contra o mecanismo. Dentre os principais argumentos está a falta de consentimento do usuário e a facilitação para métodos de rastreamento como o fingerprinting. Até o momento, o Google ainda não deu detalhes mais consistentes sobre o funcionamento da tecnologia e nem quando pretende implentá-la definitivamente.

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O sistema já está sendo testado em diversos países, o que inclui o Brasil, em um grupo pequeno de usuários. Para saber se você é um dos sortudos, basta acessar o site AmIFLoCed, da Electronic Frontier Foundation's (EFF), com o seu navegador Chrome e descobrir se possui um ID FLoC.

Além disso, há rumores de que o novo sistema colete muito mais dados do que os cookies atuais, o que poderia centralizar informações extremamente detalhadas nas mãos de uma só companhia. Além de tornar o Google mais suscetível a ataques, isso fortaleceria as acusações de práticas monopolistas que a empresa é taxada por causa do seu modelo de publicidade online.

O que você acha deste novo modelo de rastreamento? Se importa em ter mais dados coletados ou acredita que o modelo pode preservar a privacidade do usuário? Dê a sua opinião no campo de comentários logo abaixo.

Fonte: Bleeping Computer