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YouTube revela como vai combater as fake news nas eleições de 2022

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 23 de Março de 2022 às 08h59

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NordWood Themes/Unsplash
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O YouTube anunciou um pacote de medidas para ajudar seus usuários brasileiros a estarem mais bem informados nas eleições de 2022. A plataforma pretende entregar conteúdos de qualidade e confiáveis para quem deseja obter informações sobre candidatos e assuntos em alta.

O calendário eleitoral brasileiro deve ocorrer entre junho e outubro deste ano. Segundo a Gerente de Políticas Públicas do YouTube, Alana Rizzo, o objetivo é reduzir a disseminação de fake news, boatos e desinformação durante o período.

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As diretrizes da comunidade da plataforma de vídeos serão seguidas à risca para evitar questionamentos, por isso as recomendações serão claras e abertas ao público. “Isso inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na eleição presidencial de 2018 e de que os votos foram adulterados”, explica Rizzo.

Outro exemplo mencionado pela gerente é a tentativa de enganar eleitores sobre a hora, o local, os meios ou os requisitos necessários para votar. O YouTube deve banir também informações falsas que possam fazer as pessoas desistirem de ir às urnas, como declaração antecipada de ganhadores ou supostas fraudes.

Quais conteúdos o YouTube banirá nas eleições 2022?

A política é embasada por experiências anteriores nas eleições presidenciais dos EUA em 2020 e no ano passado na Alemanha. Agora, ela será aplicada às eleições presidenciais brasileiras deste ano. Esses são alguns exemplos de vídeos que o YouTube removerá de imediato:

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  • Qualificação dos candidatos: informações falsas sobre a inelegibilidade de candidatos ou políticos em exercício. Dizer que um político é ficha suja e não pode ser eleito é um exemplo disso;
  • Incitar o público a interferir em processos democráticos: para evitar ocorrências como nas eleições dos Estados Unidos, será removido todo conteúdo que incentive pessoas a impedir ou atrapalhar quem está tentando votar;
  • Integridade das eleições: informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados.

Rizzo lembra que as políticas se aplicam igualmente a todos os cadastrados na plataforma, independentemente de opiniões políticas. "Nosso investimento em aprendizado de máquina e em pessoas resultou em remoções mais rápidas e precisas, em todas essas categorias", explica.

A executiva lembra que são permitidos vídeos com contexto educativo, documental, científico ou artístico que tratem sobre o assunto acima. "Por exemplo: uma reportagem sobre uma autoridade local afirmando que a eleição presidencial brasileira de 2018 foi fraudulenta continuaria no ar desde que ficasse claro que o vídeo estava apenas relatando essa afirmação, mas não endossando", exemplifica.

Rotulagem de conteúdo e fontes confiáveis

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Algo que já existe e deve ser ampliado é a checagem de fatos para reduzir a incidência de informações imprecisas ou falsas. O YouTube deve trabalhar em parceria com agências respeitadas para garantir que fontes confiáveis apareçam em destaque nos resultados da pesquisa e nos painéis "assista a seguir".

O serviço de vídeos deve exibir painéis de informações com mais contexto nas buscas, como fez durante a pandemia da covid-19. Serão usados links para fontes externas sem ligação com partidos políticos, assim o usuário pode ser informar a partir de fontes isentas e/ou oficiais.

No caso das urnas eletrônicas, como já mencionado, o conteúdo deve apontar para dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se a pessoa pesquisar por "título de eleitor", também verá um painel na parte superior dos resultados para incentivar a visita à página orientativa do TSE. Lá, a pessoa poderá tirar dúvidas sobre como tirar o título, transferir para outra localidade ou fazer alteração de dados.

Políticos terão atenção especial

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Candidatos, comentaristas e veículos de notícias terão acesso a recursos e funcionalidades exclusivas do YouTube para eles. Uma equipe dedicada ficará responsável por organizar notícias, atender aos criadores de conteúdo político e dar todo suporte aos cidadãos que pleiteiam um cargo público.

Quem quiser veicular publicidade eleitoral no Google Ads, que exibe anúncios também no YouTube, poderá fazê-lo desde que tenha o perfil verificado. As inscrições estão abertas desde novembro do ano passado e os candidatos podem se cadastrar a qualquer momento para usufruir dessa ferramenta.

Por fim, o YouTube promete trazer ainda mais informações sobre as eleições brasileiras de 2022 nos próximos meses. Resta saber como as pessoas vão se comportar diante de uma atitude mais proativa da plataforma, que já deixou claro que pretende excluir conteúdos e reduzir o alcance de perfis que espalharem mentiras.

Fonte: YouTube