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Cópias piratas de Bored Ape Yacht Club são banidas de mercados de NFTs

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 03 de Janeiro de 2022 às 11h36

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Reprodução/Bored Ape Yacht Club
Reprodução/Bored Ape Yacht Club

Dois projetos de tokens não fungíveis (NFTs) foram banidos do mercado OpenSea por copiar a famosa coleção Bored Ape Yacht Club (BAYC). As imagens dos macacos são os avatares em NFTs mais caros do mundo: o mais barato é vendido por US$ 217 mil (R$ 1,23 milhões). As versões comercializadas, embora se declarassem como propostas independentes, eram idênticas aos NFTs da BAYC, o que poderia confundir alguns desavisados.

A estratégia usada pela Phunky Ape Yacht Club (PAYC) e pela PHAYC era apenas modificar alguns detalhes das imagens originais, como virar o avatar da direita para a esquerda, associá-los a tokens de criptomoeda e revendê-los como obras exclusivas. Por serem bastante similares, usuários reclamam terem sido enganados por pensarem que compraram um item da coleção original dos macacos entediados, quando se tratava de uma mera cópia.

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O PAYC foi lançado no começo de dezembro e prometeu descentralizar das mãos dos "babacas ricos" os NFTs dos populares símios. Os interessados poderiam se inscrever em uma whitelist para cunhar macacos com rostos voltados para esquerda de graça a partir do dia 28 de dezembro ou por 0,042 ETH se feito após isso. A ideia seguia o mesmo conceito do CryptoPhunk, versão alternativa do CryptoPunks, que também tem uma das artes mais caras do planeta.

Já o PHAYC anunciou sua chegada com um site carregado de ironia e dizia oferecer uma "coleção limitada de NFT onde o token em si não oferece adesão e fidelidade". Essa era uma promessa do criador do BAYC, a Yuga Labs, mas que foi criticada pela comunidade por criar uma certa burocracia para um mercado que preza pelo oposto.

Cópias do Bored Yatch

A parte mais curiosa é que tanto o PAYC e o PHAYC travam uma batalha nas redes sociais para definir quem é a "cópia autêntica" do Bored Ape. O PAYC inclusive disse que o rival seria apenas um "projeto de fraude e captura de dinheiro fácil", porque o PHAYC teria cobrado das pessoas para cunhar os macacos e com isso arrecadado cerca de 500 ETH (R$ 10,2 milhões) em vendas.

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A verdade é que ambos estão em um território cinzento e perigoso, porque a Yuga Labs detém os direitos autorais de suas imagens de macaco — tanto que os rivais copiados foram banidos da OpenSea, Rarible e Mintable. Como os precedentes legais de NFTs são quase nulos, e a maioria deles é associado a obras de arte, é bem provável que o BAYC vença uma eventual batalha judicial sem grandes dificuldades.

Por enquanto, as versões "legalmente pirateadas" seguem à venda em outras plataformas menores e na luta para se manterem negociáveis online. É preciso, contudo, que hajam formas de alertar o comprador de que aquela obra seria apenas inspirada em outra e sem tanto valor, assim os usuários não sentiriam lesados. As cópias de obras de arte são um problema recorrente na web, o que levou o quadrinista Liam Sharp a abandonar a internet para evitar plágio do seu trabalho.

Fonte: The Verge