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O que é whitelist e qual a sua importância para os NFTs

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Dezembro de 2021 às 15h08

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 Meryl Katys/Pexels
Meryl Katys/Pexels

A whitelist é um termo usado no mundo dos tokens não fungíveis (NFTs) para designar uma lista que permite o acesso exclusivo ou antecipado à compra de alguma criptomoeda, recurso ou arte digital. Essa "lista branca" criada pelos desenvolvedores possibilita que apenas as carteiras cadastradas consigam participar de leilões ou vendas privativas.

O termo deriva de whitelisting, uma expressão usada por profissionais de tecnologia da informação e cibersegurança para designar uma listagem de “permissão” ou de “segurança” na qual apenas os autorizados podem acessar. A premissa é a mesma, embora o enfoque seja um pouco diferente no mundo do NFT.

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A abertura de uma whitelist costuma ser um momento importante no lançamento de NFTs, porque ela ajuda a mensurar o quão esperado é aquele projeto. Se o hype está elevado, a disputa pela entrada costuma ser alta, por isso garantir a participação nela assegura o direito a cunhar NFTs em datas e horas especificadas previamente.

Na prática, estar em uma whitelist de NFT é como ser um testador beta, com ingresso para participar de experimentos abertos ou fechados no caso de games play to earn, ou sair na frente dos demais para comprar uma moeda nova, arte digital, música exclusiva ou qualquer outra coisa que possa ser comercializada como um token.

Vantagens de estar na whitelist

Ingressar em whitelists garante ao usuário uma série de vantagens, que podem ou não gerar lucro para ele. Quando se fala em criptomoedas, cada unidade costuma ser vendida a preços bem menores para esses felizardos, afinal quando ela é listada publicamente para a compra a tendência do preço é crescer.

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Já no caso dos jogos em NFT, essas listas podem ter duas utilidades básicas: oferecer a compra de personagens ou itens exclusivos ou permitir a compra dos tokens (moedas virtuais) que serão usadas para adquirir coisas no game. Aqui vale a mesma regra das criptos tradicionais: você terá a vantagem de adquirir sua moeda por um preço possivelmente menor do que na venda pública.

Veja o exemplo de uma das whitelists mais concorridas do universo crypto:

Para evitar a entrada de baleias (investidores muito ricos) ou traders de criptos (pessoas que compram e vendem moedas rapidamente apenas para lucrar), muitas dessas listas costumam limitar a quantidade de NFTs cunhados ou criptomoedas comercializadas. Alguns criadores evitam que esses perfis entrem porque eles conseguem manipular muito facilmente a economia no início, o que pode definir o sucesso ou o fracasso dos projetos.

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Para que serve uma whitelist?

A lista de permissões é usada para três finalidades gerais:

  1. Recompensar os primeiros apoiadores de um projeto NFT;
  2. Evitar disputas simultâneas, que podem elevar o preço do gás (taxa paga por operação) e sobrecarregar redes/sites;
  3. Funcionar como estratégia de marketing para atrair criadores de conteúdo, streamers e influenciadores.

Whitelist é sucesso, mas nem sempre

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É claro que isso não é necessariamente uma regra, pois há dezenas de casos em que as whitelists foram um fracasso e os compradores levaram prejuízo. Isso pode acontecer quando o projeto não é sólido, quando há falta de confiança nos desenvolvedores ou se houver uma tendência forte de vendas causada por pânico, desinformação ou dúvidas.

Um caso recente ocorreu no cenário brasileiro, quando um desenvolvedor listou — supostamente por engano — a moeda oficial do seu projeto por um valor inferior ao comercializado na whitelist. Isso fez com que os compradores iniciais (que geralmente entram com quantias mais elevadas) ficassem indignados e vendessem os tokens para evitar um prejuízo ainda maior, o que fez a cotação da moeda despencar. O resultado, é claro, foi a falência do projeto e o prejuízo de quem apostou.

Como entrar em uma whitelist?

Cada projeto de NFT estabelece regras próprias para ingresso em whitelists, por isso é fundamental estudar bastante antes de aportar dinheiro ou se submeter a essas disputas. Para ser incluído na lista de permissões de um projeto, você geralmente precisa ingressar em um grupo específico no Discord ou no Telegram do projeto para descobrir os critérios de inclusão.

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Quando as listas são para entrada em leilões, a exigência normalmente é ter fundos suficientes na carteira para arrecadar os itens desejados. Já quando é para compra de moeda digital, essa regra pode ser realizar um aporte mínimo em dólares ou realizar depósitos antecipados (chamados stakes).

Se houver muita procura por uma listagem específica, uma prática comum é o sorteio de vagas. Nesse caso, mesmo que você siga todos os passos listados, existe uma chance de não conseguir o seu "lugar ao sol". Para whitelists baseadas em sorte, não há muito o que fazer exceto torcer para ser um dos felizardos.

O segredo para entrar em uma whitelist é acompanhar projetos desde a sua concepção, ler toda a documentação, acompanhar a rotina dos desenvolvedores e colher o máximo de informações possíveis sobre a proposta. Se você considerar ser uma boa oportunidade, siga todas as instruções e garanta a sua vaga entre os apoiadores, caso contrário deixe passar e procure algo mais sólido. Lembre-se: ninguém consegue gerir melhor o seu dinheiro do que você mesmo.

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NFT (Non Fungible Token) ou, em português, “token não fungível”. Em palavras simples, um código digital único, imutável e, de certa forma, intransferível. Saiba mais sobre o conceito de NFT, entenda a função da tecnologia e a relação com as criptomoedas. Assista ao vídeo O QUE É NFT? e se inscreva no Canaltech no YouTube.