YouTube diz que treinar IA com os seus vídeos viola termos de uso
Por Ricardo Syozi • Editado por Douglas Ciriaco |
O CEO do YouTube, Neal Mohan, parece ter direcionado um comentário à OpenAI ao dizer que usar os vídeos da plataforma para treinar modelos de inteligência artificial configura violação das regras do site. É verdade que já se tornou um hábito de companhias de IA utilizarem dados e trabalhos de outros profissionais sem permissão, mas o aviso de Mohan pode implicar em algo mais sério.
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Preocupação do YouTube é com os criadores
Durante uma entrevista para o site Bloomberg, o CEO do YouTube destacou que os esforços dos criadores de conteúdo não podem ser tratados levianamente.
"Do ponto de vista de um criador, quando o usuário carrega seu trabalho duro em nossa plataforma, ele tem certas expectativas. Uma dessas expectativas é que os termos de serviço sejam cumpridos", ressalta Mohan. "O criador de conteúdo não permite o download de itens como transcrições ou bits de vídeo, ou seja, fazer isso seria uma clara violação de nossos termos de serviço. Essas são as regras em termos de conteúdo em nossa plataforma", finaliza o executivo.
Mesmo sem mencionar diretamente a OpenAI na conversa, Mohan claramente aponta para a empresa de inteligência artificial. Apesar de não ter citado a companhia liderada por Sam Altman, é possível associar o comentário ao surgimento da Sora, a IA da empresa que cria vídeos e vem chamando a atenção desde que foi anunciada, e até mesmo ao ChatGPT — há rumores de que o possível GPT-5 será capaz de lidar com conteúdo em vídeo, ou seja, pode ser que ele consiga "ler" conteúdo do YouTube.
GPT-5 promete revolucionar
Enquanto o YouTube presta bastante atenção nos trabalhos da OpenAI, a empresa de inteligência artificial planeja o lançamento do GPT-5, futuro modelo de linguagem da marca, mas ainda não informou quando a IA chegará.
No entanto, segundo o CEO da empresa por trás do ChatGPT, Sam Altman, a próxima empreitada do chatbot será "um pouco melhor em tudo" do que o existente atualmente. Resta aguardar pelo anúncio oficial.
Fonte: Bloomberg