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Novo supercomputador da Microsoft está entre os cinco mais poderosos do mundo

Por| 19 de Maio de 2020 às 20h00

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A nuvem Azure é atualmente um dos setores mais prósperos da Microsoft e a complexidade de sua inteligência artificial (IA) tem trazido novos horizontes, especialmente quando falamos em multitarefas realizadas automaticamente. O que faltava para se aprofundar nesse campo era uma máquina poderosa o suficiente para processar todos os algoritmos. E eis que ela chegou: a companhia anunciou nesta terça-feira (19) um supercomputador exclusivo para isso. A apresentação foi realizada na versão virtual do evento para desenvolvedores Build 2020.

Para entender melhor como esse “monstro” opera, é preciso lembrar que, anteriormente, os especialistas em aprendizado de máquina criavam modelos de IA independentes e menores, para uma única tarefa, a exemplo de traduzir idiomas, reconhecer objetos e trechos de textos ou identificar sons, especialmente a fala.

Contudo, uma nova classe de IA provou que essas tarefas são realizadas melhor quando esses fragmentos se juntam em um único conjunto. Um modelo mais parrudo aprende mais, ao examinar bilhões de palavras disponíveis em páginas públicas, e consegue compreender nuances de linguagem, gramática, conhecimento, conceitos e contexto. Isso permite, por exemplo, resumir um discurso longo, moderar o conteúdo em bate-papos ao vivo e até gerar código a partir do GitHub.

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O supercomputador desenvolvido para a plataforma aberta OpenAI é um sistema único com mais de 285 mil núcleos de CPU, 10 mil GPUs e 400 gigabits por segundo de conectividade de rede para cada servidor GPU. Segundo o Top 500 de máquinas mais poderosas do mundo, a da Microsoft já estreia entre as cinco primeiras.

Novos modelos de IA da Microsoft

O supercomputador faz parte de uma iniciativa em toda a empresa, a partir de uma nova leva de modelos de IA. O objetivo, diz a Microsoft, é disponibilizar esses conjuntos com ferramentas de otimização de treinamento e recursos de supercomputação por meio dos serviços de da nuvem Azure e da plataforma de desenvolvimento GitHub, para que programadores, cientistas de dados e clientes comerciais possam aproveitar facilmente o poder autônimo escalável.

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Na conferência desta terça, a Microsoft revelou que em breve deve abrir aos desenvolvedores modelos de IA como o de linguagem natural Microsoft Turing. Esses conjuntos teriam o acervo de uma versão atualizada do DeepSpeed, uma biblioteca de aprendizado profundo de código aberto do PyTorch que reduz a quantidade de poder de computação necessária para o treinamento de grande porte. O aprendizado profundo fica por conta da Azure Machine Learning. Com isso, é possível ensinar um bloco de IA até 15 vezes maior e 10 vezes mais rápido do que anteriormente.

Isso tudo vem com o suporte de treinamento a partir de o ONNX Runtime, uma biblioteca de código aberto projetada para permitir que os modelos sejam portáteis em hardware e sistemas operacionais. Com a atualização mais recente, essa ferramenta tem um desempenho 17 vezes melhor do que a versão atual.

E o que isso significa na prática para a IA?

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Segundo a Microsoft afirma que, há um ano, os maiores modelos de IA possuíam 1 bilhão de parâmetros, cada um equivalente a uma conexão sináptica do cérebro humano. O Microsoft Turing, que gera a linguagem natural de bots, por exemplo, possui agora 17 bilhões de parâmetros — é a maior do mundo.

Com a novidade, a própria IA consegue supervisionar o seu próprio aprendizado, algo que é feito por humanos, que precisam rotular manualmente e de forma precisa cada pacote de dados. Ao realizar isso automaticamente, a partir de bilhões de páginas disponíveis na web, a exemplo da Wikipedia, o modelo consegue perceber muito melhor como cada palavra se relaciona. Ou seja, o sistema fica muito mais rico em gramática, conceito e contexto.

Outra grande vantagem para essa nova geração de grandes modelos de IA é que eles só precisam ser treinados uma vez, com enormes quantidades de dados e recursos de supercomputação. Dessa forma, uma empresa poderia, por exemplo, adotar um sistema “pré-treinado” e ajustar multitarefas em conjuntos de dados e recursos muito menores.

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O Microsoft Turing já vem sendo utilizado dessa forma no Office, no Word e no Outlook, permitindo localização e pesquisas mais ágeis, além de análise aprimorada do texto. O Bing passou a compreender melhor o que há no conteúdo de vídeos e imagens, e as respostas às buscas melhorou até 125% com relação às performances anteriores, segundo a companhia.

Ou seja, essa tecnologia tem trazido resultados importantes nas últimas temporadas e, agora, com o poder desse novo supercomputador, deve estar cada vez mais presente nos serviços relacionados a linguagem natural criada pela IA nos próximos anos.

Fonte: Microsoft