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IA está prestes a simular o cérebro humano, segundo ex-Facebook

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Pixabay/Gerd Altmann
Pixabay/Gerd Altmann

John Carmack — criador do jogo Doom e ex-executivo da Meta/Facebook — disse recentemente em uma entrevista ao sita Dallas Innovates que acredita que a humanidade está muito perto de atingir um conceito conhecido como Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês).

Segundo ele, quando esse objetivo for alcançado, agentes de IA terão a habilidade de aprender, perceber, compreender e funcionar completamente como um ser humano, sendo capazes de construir de forma independente várias competências e formar conexões, reduzindo drasticamente o tempo necessário de treinamento.

“Acho que, quase certamente, as ferramentas que obtivemos com o aprendizado profundo nesta última década poderão ser levadas à inteligência artificial geral em breve, com máquina altamente capazes de desempenhar funções como nós fazemos hoje em dia”, disse Carmack.

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Falta de consciência

Durante a entrevista, o programador e ex-chefe de tecnologia da divisão Oculus VR da Meta afirmou que a única coisa que precisa ser feita a médio prazo é descobrir como dar às máquinas um tipo de “consciência” e, com isso, simular o funcionamento do cérebro humano.

Carmack acredita que esse feito está prestes a acontecer devido aos avanços conquistados até agora pela Inteligência Artificial Estreita (ANI), em que as máquinas não podem fazer nada além do que foram programadas para fazer e, portanto, têm uma gama muito limitada de competências.

"O que ainda não temos é a consciência, a memória associativa, as coisas com vida, objetivos e planejamento. Quero dizer, esqueça os cérebros humanos, pois nem mesmo temos coisas que possam agir como um rato ou um gato", continuou Carmack.

Futuro inevitável

O ex-executivo pondera que existe um caminho que leva os assistentes virtuais de hoje, como Siri, Alex e Google Assistente, a serem mais úteis, assumindo cada vez mais tarefas. No entanto, essas são implementações frágeis e especializadas, não passando de representações do conhecimento humano.

Ele diz ainda que dar consciência às máquinas é algo inevitável frente aos avanços conquistados até agora pelos sistemas de aprendizado profundo e redes neurais convolucionais. O problema é que ninguém sabe como atingir esse objetivo com a tecnologia disponível atualmente.

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“A meu ver, acho muito provável que esse futuro tecnológico aconteça na década de 2030. Hoje você pode implantar um exército de engenheiros, psicólogos e cientistas para estudar essas máquinas. Porém, como ainda não temos isso, não somos capazes de simular algo que seja um ser humano”, completou Carmack.

Fonte: Dallas Innovates