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Deepfake permite que "Steve Jobs" conceda entrevista 11 anos após sua morte

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Outubro de 2022 às 18h12

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Reprodução/play.ht
Reprodução/play.ht
Steve Jobs

Uma empresa de inteligência artificial usou técnicas de deepfake para permitir que "Steve Jobs" (ou uma versão digital dele) concedesse uma entrevista a um podcast. O objetivo da iniciativa foi revelar como é possível criar sons tão realísticos quanto as fotos e vídeos criados com as ferramentas modernas.

O podcast foi criado pela Play.ht, empresa especializada na criação de ferramentas de geração de texto para voz com IA. O material fictício traz o falecido fundador da Apple, Steve Jobs, sendo entrevistado pelo polêmico influenciador Joe Rogan — que teve110 episódios do podcast The Joe Rogan Experience excluídos recentemente, acusado de disseminar informações negacionistas sobre a pandemia de covid-19.

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A voz de Jobs ainda parece meio estranha em alguns momentos, mas a IA consegue recriar as nuances da fala, o timbre e até o jeito de falar do ex-CEO da Maçã. A fala de Joe Rogan é mais realista, mas há muito mais materiais disponíveis atualmente do que de uma pessoa falecida há 11 anos.

Roteiro também foi criado por IA

Segundo a Play.ht, o roteiro foi totalmente criado pela inteligência, algo impressionante para um conteúdo sem intervenção humana. Aparentemente, a tecnologia é similar à usada em aplicativos de geração de vídeo e imagem a partir de roteiros, como o DALL-E.

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Para chegar ao resultado, a empresa treinou seu algoritmo com dados da biografia de Steve Jobs. Foram usadas diversas gravações obtidas online, a partir de vídeos e palestras em áudio, para que o sistema fosse capaz de trazê-lo de volta à vida com certa precisão.

A empresa garante que o plano agora é ultrapassar o patamar atual de síntese de fala, aprimorando não somente a qualidade da voz, como a eloquência e a habilidade de criar discursos mais "inspiradores e impactantes no mundo da tecnologia".

Os deepfakes são técnicas de recriação de fotos, vídeos ou vozes de pessoas para simular a realidade. Esse recurso é visto com muita preocupação pelo mercado de tecnologia, já que poderia ser usado para disseminar notícias falsas, incriminar figuras públicas e atentar contra desafetos.