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ChatGPT e outras IAs substituirão os programadores?

Por| Editado por Claudio Yuge | 04 de Abril de 2023 às 20h00

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Sigmund/Unsplash
Sigmund/Unsplash

Desde o seu lançamento, o ChatGPT trouxe diversos questionamentos sobre a sua influência no cotidiano das pessoas — desde o seu impacto no mercado de trabalho até no ensino das escolas. Atualmente a ferramenta já conta com mais de 1 bilhão de usuários ao redor do mundo.

Quando questionado sobre quais funções a inteligência artificial seria capaz de substituir, o bot listou 80 profissões e uma série de funções que poderiam ser reproduzidas de maneira integral pela tecnologia. Apesar de ter apontado que os advogados e funcionários administrativos são os cargos que correm mais risco, os programadores também estão na lista.

Considerando que a tecnologia ainda é falha e já foi pega cometendo erros, entende-se que ela não poderia fazer o trabalho inteiro sozinha sem algum tipo de supervisão humana. Além disso, ela ainda não é capaz de reproduzir algumas habilidades ligadas à criatividade e tomada de decisões — fundamentais para os profissionais da área de desenvolvimento.

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Diante deste cenário, o Canaltech convidou o CEO e fundador da Kenzie Academy Brasil, Daniel Kriger, para elucidar o tema e algumas das principais dúvidas de quem está atuando ou deseja iniciar uma carreira na área de programação.

O ChatGPT vai substituir os programadores?

1. Como a IA pode impactar na atuação dos programadores no mercado atualmente? E quais os riscos para os profissionais que estão entrando no mercado?

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Segundo o executivo, o impacto da IA na atuação dos programadores pode vir a ser significativo, mas não necessariamente negativo para quem atua na área. "A IA pode ajudar a automatizar tarefas rotineiras, permitindo aos desenvolvedores se concentrarem em problemas mais complexos e desafiadores. Isso pode aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho", afirma.

Ele reforça, porém, a importância de profissionais que estão no mercado se adaptarem e evoluírem de acordo com as mudanças tecnológicas. "Para isso é importante o aprendizado contínuo e o desenvolvimento de habilidades como criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas complexos", aconselha.

2. Considerando que o ChatGPT ainda apresenta falhas, até que ponto é possível confiar em uma IA para realizar uma tarefa no lugar de um humano?

Para Kriger, é importante lembrar que a Inteligência Artificial, como qualquer outra tecnologia, tem limitações e falhas, de maneira que é é essencial ter cautela e não confiar cegamente na ferramenta.

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O CEO ainda reforça que a supervisão humana continua sendo necessária e importante em muitos casos, especialmente quando se trata de decisões críticas e complexas — até porque os humanos possuem soft skills que a ferramenta não tem da mesma forma. "Os profissionais devem aprender a trabalhar em conjunto com a IA, utilizando-a como uma ferramenta complementar, e não como uma substituição total do trabalho humano", reforça.

3. Quais ferramentas considera interessantes, no atual cenário, para fazer essa substituição (do humano pela IA)?

O especialista cita que existem várias ferramentas e plataformas que auxiliam os desenvolvedores a utilizar IA, como "TensorFlow, PyTorch, AutoML e, mais recentemente, o ChatGPT e sua API — que têm gerado muito interesse devido aos seus diferenciais".

4. Como os programadores devem se preparar para esse futuro — aparentemente inevitável? Seria através dos estudos e do domínio da própria IA para obter melhores resultados?

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Para se preparar para esse futuro, Daniel Kriger sugere que os programadores devem investir no estudo e no domínio das próprias tecnologias por trás da Inteligência Artificial, além de outras habilidades complementares. "Manter-se atualizado sobre os avanços da IA e aprender a trabalhar em conjunto com ela são fatores fundamentais para o sucesso no mercado de trabalho", finaliza.