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Supercomputador dos EUA quebra barreira exascala e vira o mais rápido do mundo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 16 de Junho de 2022 às 14h03

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Reprodução/ORNL
Reprodução/ORNL

Engenheiros do Laboratório Nacional Oak Ridge (ORNL), pertencente ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, apresentaram o primeiro supercomputador do mundo a quebrar a barreira exascala — uma velocidade de processamento de 1,1 exaFLOPS (1,1 quintilhões de operações de ponto flutuante por segundo).

Segundo os pesquisadores, o resultado foi confirmado no teste de benchmarking High-Performance Linpack (HPL), dando ao Frontier a liderança no ranking TOP500, uma classificação realizada a cada seis meses elencando os supercomputadores mais poderosos do planeta.

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“Tecnicamente, a barreira exascala foi quebrada pela primeira vez em 2020 pelo projeto de computação distribuída folding@home que trabalha na solução de vários problemas médicos. No entanto, o Frontier é a primeira máquina exascale verdadeira porque os cálculos não foram espalhados por vários computadores domésticos”, explica o diretor do ORNL Thomas Zacharia.

Briga de gigantes

O Frontier derrotou o recordista anterior, um supercomputador chamado Fugaku, desenvolvido no RIKEN Center for Computational Science, em Kobe, no Japão, que alcançou 415,5 quatrilhões de FLOPS (415,5 petaFLOPS) de processamento de pontos flutuantes por segundo em 2020. Na época, esse número era quase três vezes melhor do que o atingido pelo Summit, construído pela IBM.

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Por mais impressionante que essa marca possa parecer, os cientistas acreditam que os limites finais do Frontier ainda não foram atingidos. Segundo a equipe do ORNL, o supercomputador, teoricamente, seria capaz de um apresentar um desempenho máximo de até 2 quintilhões de cálculos por segundo, quase o dobro do que foi demonstrado até agora.

“Considerando o fato de que o pico teórico do Fugaku está acima da barreira de 1 exaFLOP, há motivos para também chamar esse sistema de máquina exascala. No entanto, o Frontier é o único supercomputador capaz de demonstrar isso no teste de benchmark HPL”, acrescenta Zacharia.

Potência custa caro

Calcula-se que para construir essa monstruosidade computacional, que entre outras especificações técnicas surreais, possui mais de 9.400 CPUs integradas e cerca de 37 mil GPUs, foram gastos aproximadamente US$ 600 milhões (equivalente a R$ 3 bilhões na cotação atual).

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Segundo seus desenvolvedores, esses valores astronômicos podem ser justificados pelos avanços consideráveis que o supercomputador pode trazer na resolução de cálculos matemáticos e na elucidação de problemas científicos que afligem a humanidade há séculos.

“O Frontier está inaugurando uma nova era de computação exascala para resolver os maiores desafios científicos do mundo. Este marco oferece apenas uma prévia da capacidade incomparável desse supercomputador como ferramenta para descobertas incríveis”, encerra Thomas Zacharia.