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Meta anuncia supercomputador de IA mais rápido do mundo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 25 de Janeiro de 2022 às 08h31

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Reprodução/Meta AI
Reprodução/Meta AI
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A Meta Platforms — empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp — anunciou que sua equipe de pesquisa desenvolveu um novo supercomputador de inteligência artificial (IA). Segundo a companhia, o AI Research SuperCluster (RSC) será a máquina mais rápida do mundo quando estiver pronta até o final de 2022.

O RSC imita a arquitetura contida no cérebro humano, sendo capaz de processar padrões em grandes quantidades de dados. De acordo com um post feito em seu blog, a Meta disse que o supercomputador ajudará na construção de modelos de IA que podem aprender com trilhões de exemplos, trabalhar em centenas de idiomas e analisar textos, imagens e vídeos para detectar conteúdos prejudiciais.

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"As experiências que estamos construindo para o metaverso exigem um enorme poder computacional (quintilhões de operações por segundo!) e o RSC vai permitir a criação de novos modelos de inteligência artificial capazes de aprender e entender sob essa demanda" afirma o fundador do Facebook Mark Zuckerberg.

Supercomputador

A fase atual do RSC possui 760 sistemas Nvidia DGX A100 contendo 6.080 GPUs conectadas para treinar e resolver problemas de aprendizagem de máquina. Até o final de 2022, a Meta pretende contar com 16.000 GPUs capazes de processar mais de um trilhão de parâmetros em conjuntos de dados tão grandes quanto um exabyte (equivalente a 1 bilhão de gigabytes).

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Para se ter uma ideia dessa capacidade absurda de processamento, o RSC conseguiria renderizar cerca de 36 mil anos de arquivos de vídeo em alta resolução em apenas alguns minutos. Só a camada de armazenamento do supercomputador possui 175 petabytes (1 petabyte equivale a 1.024 terabytes), além de uma memória cache de 46 petabytes.

“Esperamos que o RSC nos ajude a construir sistemas de IA totalmente novos que possam, por exemplo, fornecer traduções de voz em tempo real para grandes grupos de pessoas, cada uma falando um idioma diferente, para que elas possam colaborar perfeitamente em um projeto de pesquisa ou jogar um game de realidade aumentada juntas”, explica o engenheiro da Meta Kevin Lee.

E a privacidade?

Segundo a equipe que trabalha no desenvolvimento do supercomputador, todos os dados dos usuários serão criptografados de ponta a ponta antes de serem usados para treinar o RSC, passando por um processo de revisão de privacidade para certificar que são realmente anônimos e impossíveis de decodificar.

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A ideia é que a máquina seja à prova de vazamentos de dados e se torne um caminho seguro para a construção da próxima grande plataforma de computação a ser criada pela empresa — o metaverso. É lá que aplicativos e produtos orientados por sistemas de inteligência artificial terão um papel cada vez mais importante nos próximos anos.

“Esperamos que essa mudança na capacidade de computação nos permita não apenas criar modelos de IA mais precisos e eficientes para os nossos serviços já existentes, mas também construir experiências para os usuários completamente novas e inimagináveis, especialmente no metaverso”, prevê Mark Zuckerberg.

Fonte: The VergeMeta