Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Sensor de capacete é capaz de prever e evitar lesões cerebrais em atletas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 13 de Abril de 2021 às 17h08

Link copiado!

Chris Chow/Unsplash
Chris Chow/Unsplash

No filme Um Homem entre Gigantes, de 2015, o ator Will Smith mostra os riscos das lesões cerebrais sofridas por jogadores de futebol americano. No cinema, o protagonista usou a ciência para provar que os danos causados colocavam as vidas dos atletas em risco. Agora, os cientistas da Universidade Heriot Watt, na Escócia, em parceria com a startup HIT, querem utilizar a tecnologia para evitar futuros casos de concussão.

O sensor de impacto que se encaixa em qualquer tipo de capacete foi desenvolvido na incubadora da escola de negócios da universidade. Ele é usado em conjunto com um aplicativo para detectar a Força G, registrando movimentações bruscas que ocorrem na cabeça após o choque com algum objeto ou pessoa ou até mesmo ao cabecear uma bola.

Continua após a publicidade

Ao receber o impacto, o sensor manda os dados para o aplicativo que emite uma notificação de alerta sobre a força do tranco sofrido. “Como jogador de rúgbi, eu passei a pesquisar formas de evitar lesões cerebrais depois que um amigo se machucou. Na época eu achei pouca tecnologia disponível para monitorar o impacto na cabeça, apesar da gravidade do problema que ocorre em diferentes esportes” disse o responsável pelo projeto, Euan Bowen.

Na prática

O HIT Impact monitora e identifica em tempo real vários tipos de impactos que o usuário sofre durante a prática da atividade esportiva. Quando o nível de força aplicada à cabeça atinge um limite predeterminado, a equipe médica recebe um alerta e o jogador é retirado de campo para evitar danos mais severos.

Ao rastrear esses impactos, informações são coletadas para um banco de dados que vai auxiliar na pesquisa e no diagnóstico de lesões cerebrais traumáticas, criando protocolos de concussão muito mais eficientes.

Continua após a publicidade

Os esportes de alto impacto estão se concentrando cada vez mais na mitigação de concussões através de estudos sobre a influência do futebol americano nos casos de demência. "Esses estudos já descobriram que ex-jogadores têm até três vezes e meia mais chances de morrer de demência do que a população em geral”, explica Euan Bowen.

Veja o HIT Impact em ação:

Vaquinha virtual

Continua após a publicidade

O sensor que vem acompanhado de um aplicativo especial tem um alcance de 150 metros e é capaz de gravar os dados em vários dispositivos ao mesmo tempo. Além de monitorar os dados individuais de cada jogador, o HIT Impact também possui um modo “time” para ser usado em esportes coletivos como rúgbi e futebol.

Para começar a produzir os sensores em escala comercial, foi lançada uma campanha de financiamento coletivo que pretende arrecadar 63 mil libras (quase R$ 500 mil) até maio deste ano.

Os pesquisadores esperam que a iniciativa também seja financiada pela indústria esportiva ao redor do mundo, que teria total interesse em proteger seus atletas. “O HIT Impact é uma tecnologia muito necessária para rastrear e apoiar os esforços atuais para aumentar a segurança esportiva em um momento em que os órgãos dirigentes dos esportes de alto impacto estão cada vez mais focados em minimizar os traumas na cabeça”, disse o gerente da incubadora de negócios, Kallum Russel.

Continua após a publicidade

Você acredita que dispositivos tecnológicos podem aumentar a segurança esportiva? Comente.

Fonte: Heriot Watt UniversityHIT