Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Privada inteligente tira foto das fezes para encontrar doenças intestinais

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 25 de Maio de 2021 às 14h50

Link copiado!

Reprodução/Envato
Reprodução/Envato

Uma ferramenta de Inteligência Artificial, criada por pesquisadores da Universidade Duke, nos EUA, pode ajudar os médicos no diagnóstico de doenças gastrointestinais. Instalada nas privadas comuns, a nova tecnologia consegue analisar a aparência das fezes e auxiliar no tratamento de problemas crônicos.

A Smart Toilet foi projetada para atuar em tubulações comuns de vasos sanitários comerciais ou residenciais. Depois que uma pessoa evacua e dá descarga, o sistema fotografa os dejetos dentro do cano de forma automática, armazenando as imagens para análises futuras.

“Normalmente, os gastroenterologistas dependem de informações relatadas pelos próprios pacientes sobre suas fezes para ajudar a determinar a causa de seus problemas. Mas eles, muitas vezes, não conseguem se lembrar da aparência de suas fezes. A tecnologia Smart Toilet permite reunir as informações de longo prazo necessárias para fazer um diagnóstico mais preciso”, explica a professora Deborah Fisher, uma das autoras do estudo da Duke University sobre a tecnologia.

Continua após a publicidade

Número dois

Os pesquisadores usaram uma rede neural convolucional, um tipo de algoritmo de aprendizado profundo capaz de analisar as imagens em tempo real. Eles treinaram a Inteligência Artificial com mais de três mil fotografias de fezes encontradas na internet ou fornecidas pelos voluntários da pesquisa.

Nos testes feitos em laboratório, o algoritmo conseguiu classificar com precisão se as fezes eram soltas, normais ou constipadas em 85% das vezes. A IA também foi capaz de detectar sangue entre os dejetos em 76% das imagens analisadas.

Continua após a publicidade

“Estamos otimistas quanto à disposição do paciente em usar essa tecnologia porque é algo que pode ser instalado nos canos de seus vasos sanitários e não exige que ele faça nada além de dar descarga”, afirma a pesquisadora Sonia Grego.

Próxima fase

Apesar de ter uma viabilidade promissora, o dispositivo de Inteligência Artificial ainda precisa de mais testes antes de ser disponibilizado para o público. Os pesquisadores pretendem adicionar outros recursos, como a análise de marcadores bioquímicos, para fornecer dados mais precisos sobre a composição das fezes.

Continua após a publicidade

Um sistema mais robusto de avaliação poderia ajudar os médicos no diagnóstico precoce de doenças inflamatórias intestinais ou da síndrome do intestino irritável, problemas que dependem de imagens precisas e também de análises químicas para terem um tratamento mais adequado, com medicamentos ou dietas específicas.

“Isso pode ser especialmente útil para pacientes que podem não ser capazes de relatar suas reais condições clínicas para um médico, como aqueles que vivem em instituições de cuidados de longo prazo ou não conseguem se comunicar de forma efetiva”, completa a professora Sonia Grego.

Fonte: Duke University