Toalete ecológico separa os dejetos para destinação correta - e com pouca água!
Por Fernanda Morales | 16 de Julho de 2012 às 15h05
A reciclagem se tornou hábito para muitas pessoas, mas o que você acha de separar também os seus dejetos? Sim, separar suas fezes e urina para economizar água e utilizar esses resíduos como adubo?
A ideia pode parecer um pouco estranha, mas pesquisadores da Nayang Technological University, em Cingapura, desenvolveram uma privada capaz de fazer essa seleção e sem consumir muita água durante o processo, o No-Mix Vacuum Toilet.
O No-Mix Vacuum Toilet utiliza apenas uma fração da quantidade de água necessária atualmente (Foto: Reprodução/Tech Today Show)
Além disso, uma pesquisa recente afirma que em média cada pessoa do globo utiliza quatro mil galões de água tratada por ano. 13% desse montante são utilizados para mandar as fezes e a urina embora do vaso sanitário.
A ideia do No-Mix Vacuum Toilet surgiu aí, como uma tentativa de diminuir o desperdício de água e também reciclar o material considerado nojento, mas muito rico em propriedades.
O vaso sanitário criado pelos pesquisadores separa a urina das fezes utilizando apenas uma fração da quantidade normal de água. Para eliminar a urina, a nova privada usa apenas 190 ml e para as fezes é necessário cerca de 1 litro. Se comparados com os 4 a 6 litros de água consumidos por descarga atualmente, o mecanismo criado pelos pesquisadores é muito econômico.
“Tendo os dejetos humanos separados na fonte e processados no local reduziriam os gastos necessários em recursos de recuperação, como o tratamento de resíduos mistos, que gasta muita energia e não traz grande custo-benefício”, afirmou Wang Jing-Yaun, diretor de Centro de Pesquisa de Resíduos e Recursos da Universidade. “Com o nosso sistema higiênico inovador, podemos usar métodos mais simples e mais baratos de colher produtos químicos úteis e até mesmo reduzir o consumo de combustível e energia a partir dos resíduos”.
Alguns exemplares do vaso sanitário já estão sendo testados em diversos locais na Europa, mas uma pesquisa de mercado aponta que mesmo com a preferência das pessoas por designs inovadores, o custo de manutenção do novo produto pode fazer com que elas o rejeitem.