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Primeiro salmão vegano impresso em 3D chega aos supermercados europeus

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Setembro de 2023 às 13h42

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Revo Foods GmbH/Divulgação
Revo Foods GmbH/Divulgação

A companhia alimentícia austríaca Revo Foods criou o primeiro alimento impresso em 3D a chegar nas prateleiras de supermercados como qualquer outro produto — é uma alternativa vegana ao filé de salmão, como o nome deixa bem claro. Ela se chama “The Filet — Inspired by Salmon”, ou, em tradução livre, “O Filé — Inspirado pelo Salmão”. Entre as novidades da tecnologia, está um processo de extrusão que imita a textura em “flocos” do peixe, com as fibras características de sua carne.

O salmão artificial é feito de micoproteína, também chamada de proteína fúngica, já que vem de fungos filamentosos. Nele, estão contidos ácidos graxos ômega-3, assim como a carne do peixe no qual é inspirado. Além disso, o alimento é rico em proteínas, com 9,5 g a cada 100 g, embora contenha menos do que o salmão “original”. O filé também não contém açúcar, glúten ou colesterol e traz as vitaminas A, B2, B3, B6, B12 e D2 e nove aminoácidos.

Alimentos em 3D, parcerias e sustentabilidade

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A Revo Foods se aliou a outra startup para criar o produto — é a Mycorena, responsável pela engenharia que permitiu a chegada da micoproteína às impressoras 3D. Métodos de produção de alimentos impressos têm sido o foco de pesquisadores da área há muito tempo, dando origem a processos como o cultivo de carne de porco, frango e cordeiro em laboratório (e até no espaço), produção de leite artificial e criação até de almôndegas de carne de mamute, cuja carne foi recriada a partir de seu DNA.

Entre os motivos que levaram a companhia a buscar a alternativa alimentícia, estão movimentos que apontam a impressão de alimentos como uma opção mais sustentável à nutrição mundial, principalmente no que tange à indústria pesqueira.

Segundo um comunicado enviado à imprensa pela Revo Foods, até 60% dos estoques globais da pesca são fruto de sobrepesca, ou seja, quando os animais marinhos são capturados mais rápido do que conseguem se reproduzir, causando um declínio populacional perigoso ao ecossistema.

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A empresa também comenta a preocupação com emissões de carbono na produção de alimentos, cuja indústria seria responsável por mais de um quarto de todas as emissões de gases do efeito estufa do planeta. Até 31% viriam da criação de gado e fazendas pesqueiras, além de mais 18% vindo da cadeia de suprimento, como o processamento e transporte dos alimentos.

De acordo com a companhia, o filé de salmão vegano chega a produzir de 77% a 86% a menos de dióxido de carbono na sua produção, além de 95% menos água potável do que a pesca e processamento do salmão orgânico. Em seu website, 130g do produto saem por € 6,99, cerca R$ 37 na cotação atual.

No comunicado, o CEO da empresa, Robin Simsa, também comenta que o marco da impressão de alimentos em 3D em escala industrial está levando a uma revolução nas comidas criativas, onde serão produzidas de acordo com as necessidades dos consumidores. A demanda por frutos-do-mar só tem aumentado, e, para evitar a contaminação do ecossistema marinho e perda de recifes de corais, alternativas sustentáveis podem ser um caminho, segundo a Revo Foods.

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Fonte: Revo Foods