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Leite feito em laboratório dispensa vacas e tem sabor parecido com o de verdade

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 06 de Outubro de 2021 às 16h10

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LightFieldStudios/Envato
LightFieldStudios/Envato

A startup Perfect Day, especializada em tecnologia de alimentos, desenvolveu uma nova técnica que elimina as vacas do processo de produção do leite. Segundo os pesquisadores, o sistema que utiliza proteínas do leite cultivadas em laboratório, reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 97%.

Em comparação com métodos tradicionais de produção de leite natural, o sistema inovador desenvolvido pela Perfect Day consome 99% menos água. Além disso, o processo de fabricação do alimento artificial requer 60% menos energia elétrica para produzir a mesma quantidade de leite.

“Existem alternativas lácteas com alto teor de proteína, muitas vezes produzidas a partir de plantas, mas elas normalmente possuem um gosto muito diferente, e algumas pessoas simplesmente não querem desistir dos produtos verdadeiros”, afirma o fundador e CEO da Perfect Day Ryan Pandya.

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Leite de laboratório

O processo de produção do leite começa com o cultivo de uma microflora geneticamente modificada para fermentação das proteínas sintéticas. Esses microrganismos são alimentados com açúcares, permitindo o crescimento das moléculas que darão origem ao leite de laboratório.

As proteínas resultantes desse processo são molecularmente idênticas às encontradas no leite natural. Ao misturá-las com a quantidade certa de gordura, água e outros ingredientes, é possível criar sorvetes, queijos e outros produtos com um sabor muito semelhante ao leite de verdade.

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“Acho que há uma mudança radical que está acontecendo agora. Com essa tecnologia, podemos realmente alcançar o mesmo tipo de perfil visual e sabores que os consumidores estão acostumados a encontrar quando procuram por um alimento feito à base de laticínios”, acrescenta Pandya.

Mais testes

O relatório divulgado pela Perfect Day foi elaborado por pesquisadores independentes e especialistas externos, mas não foi submetido a uma análise mais profunda sobre sua viabilidade ou limitações para uma produção de leite artificial longe do laboratório e em escala industrial.

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Os cientistas reconhecem que não é possível comparar o desempenho de todo o sistema usando apenas a produção de proteínas como base, já que elas representam somente 3% dos ingredientes encontrados no leite da vaca, composto também por água, gordura e outros nutrientes.

“Estamos cientes da necessidade da realização de mais testes, mas o que demonstramos até aqui é que existe uma maneira mais ecológica e sustentável de produzir uma proteína de leite sem abrir mão do sabor que encontramos no produto natural, com um ganho ambiental enorme”, encerra Ryan Pandya.

Fonte: Perfect Day