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Pista de atletismo de Tóquio tem tecnologia que melhora desempenho do atleta

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 02 de Agosto de 2021 às 17h34

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 江戸村のとくぞう/Wikipedia
江戸村のとくぞう/Wikipedia

Quando se fala em pista de atletismo, talvez você imagine um cimentão seco, faixas brancas e um circuito ovalado, mas, assim como em outros esportes, o atletismo também se rendeu à tecnologia para garantir a máxima performance dos competidores. Esqueça as pistas básicas e empoeiradas e pense mais em uma pista de automobilismo, porque é mais ou menos isso que elas se tornaram.

O Estádio Olímpico de Tóquio teve uma pista especialmente criada pela empresa Mondo, que existe desde 1948 e já foi a criadora de percursos em 12 jogos olímpicos. Mas essa, feita para o evento japonês, teve um diferencial importante sob a ótica tecnológica, o que pode dar uma “forcinha” para os atletas quebrarem recordes mundiais.

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A superfície apresenta grânulos de borracha tridimensionais projetados especificamente para o chamado sistema polimérico — macromoléculas formadas a partir de unidades estruturais menores. Essa novidade fica na camada superior da MONDOTRACK WS, como foi chamada a pista, e traz um composto covulcanizado.

Se você tem carro, já teve ter ouvido falar em pneus vulcanizados, nos quais a borracha é aquecida para formar uma ligação molecular muito mais forte. Quando a substância passa por esse processo, a tendência é se tornar mais compacta, eficiente e durável. A técnica é a mesma aplicada à pista e o resultado disso é uma superfície emborrachada, macia, porém sem atrapalhar a passada do corredor.

Por se tratar de uma tecnologia mais avançada, a instalação levou mais de quatro meses: de agosto a novembro de 2019. De lá para cá, até por conta da COVID-19, o percurso ficou praticamente intocável, razão pela qual os atletas estão tendo o privilégio de experimentar algo 100% novo, feito sob medida para as suas necessidades.

Pista emborrachada

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Você já tentou correr em cima de um colchão? É horrível e provavelmente não chegaria a um décimo da velocidade atingida em chão firme. Será, então, que uma superfície de borracha não daria esse feito de ressalto?

Na verdade, a pista não é projetada para ninguém afundar ou quicar sobre ela, mas para maximizar a velocidade por meio da elasticidade. Abaixo da borracha vulcanizada há camadas de ar para absorver o choque na pisada, armazenar energia e oferecer uma resposta cinética imediata. Ou seja, na prática, a pista pega a energia gerada pelo passo e a joga de volta contra o corredor.

Só que ela faz isso de forma tão macia que não é nada agressiva para pés, pernas e joelhos dos atletas. Esse talvez seja o principal diferencial dessa pista para as outras — normalmente, as pistas de atletismo mais tecnológicas prezam pelo amortecimento do impacto.

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O atleta estadunidense dos 400 metros com obstáculos Sydney McLaughlin explica a sensação de pisar sobre a pista tecnológica: “Algumas pistas absorvem seu movimento e sua força. Esta a regenera e devolve para você. Definitivamente dá para sentir isso”, disse ao site da Associated Press.

Se a pista facilita ou não a quebra de recordes, isso não importa muito. O fato é que os atletas estão lá para dar o seu melhor e têm alcançado índices incríveis, como ocorreu com a velocista jamaicana Elaine Thompson-Herah — quebrou um recorde olímpico de 33 anos nos 100 metros femininos.

O que você acha dessa iniciativa? Ela é válida, visto que a tendência de equipamentos e do esporte em geral é evoluir, ou deveria ser desconsiderada para fins competitivos? Comente.

Fonte: Associated Press, Mondo