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Macaco com implante cerebral usa a mente para jogar videogame

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Reprodução/Neuralink
Reprodução/Neuralink

A Neuralink, companhia de neurotecnologia cofundada por Elon Musk, publicou um vídeo no qual um macaco aparece jogando videogame de forma telepática. O animal chamado Pager recebeu um implante cerebral há alguns meses e, segundo a empresa, tornou-se capaz de manipular o software do jogo usando apenas o cérebro.

A tecnologia de interface cérebro-máquina vem sendo desenvolvida desde 2017 pela Neuralink e tem como objetivo, no futuro, usar nanotecnologia para superar deficiências físicas de seres humanos e permitir interação com aplicativos e dispositivos sem qualquer tipo de interação física.

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O processo para Pager chegar ao ponto de controlar o clássico game Pong de maneira telepática começou com o animal aprendendo a usar as mãos para fazer isso. A máquina que aparece no vídeo contém um joystick e, conforme realiza a tarefa proposta, a primata ganha um creme de banana como recompensa.

Contudo, em certa altura do vídeo, apesar de ela seguir realizando o movimento no controle para completar o desafio, o joystick é desplugado. Neste momento, a narração da publicação feita pela Neuralink afirma que a máquina agora responde única e exclusivamente aos impulsos cerebrais de Pager.

Na reta final da apresentação, o animal aparece jogando um game estilo Pong, o clássico título da Atari lançado originalmente em 1972. Como se pode notar, Pager supostamente controla as tábuas que rebatem a bolinha também usando apenas seus impulsos cerebrais transmitidos para a máquina, tudo sem qualquer tipo de contato físico ou conexão com fio — o controle chegou a ser removido do “fliperama”.

Mapeando botões no cérebro

A Neuralink explica que a tecnologia de sua interface cérebro-máquina (BMI, na sigla em inglês) mapeia o padrão de atividade cerebral do macaco. Essa atividade é transmitida pelo implante localizado no cérebro do primata até a sua contraparte física — o computador —, que usa um decodificador para transformar os impulsos recebidos em movimentos. E tudo isso usando dispositivos sem fio.

Apesar de não ser capaz de replicar essa técnica em um ser humano com paralisia neste momento, a Neuralink cita pesquisas anteriores que identificaram que o cérebro de pessoas com esse tipo de impossibilidade física ainda é capaz de produzir os mesmos padrões de atividade cerebral. Com isso, a expectativa é de que existe a possibilidade de replicar uma versão dessa técnica em um ser humano.

Futuro da medicina

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A Neuralink reconhece que se trata de uma “uma demonstração inicial do potencial dessa tecnologia”, mas ressalta ser relevante tomar isso como "uma pequena parte do que o nosso dispositivo tem a intenção de alcançar.”

Para Elon Musk, o futuro dessa tecnologia pode envolver pessoas com problemas motores movendo as próprias partes do corpo com o auxílio de uma BMI.

“Versões posteriores serão capazes de transmitir sinais dos Neuralinks no cérebro para os Neuralinks para os Neuralinks em grupos de neurônios motores/sensoriais do corpo, permitindo, por exemplo, que paraplégicos voltem a andar”, celebrou o executivo.

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Fonte: Neuralink