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Espuma vegetal é a nova alternativa verde para colchões e bancos de carro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Janeiro de 2023 às 19h35

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Imagem: Srikanth Pilla, CC BY-ND
Imagem: Srikanth Pilla, CC BY-ND

Uma alternativa mais sustentável ao poliuretano, substância da espuma de bancos de carro e colchões, foi desenvolvida a partir de plantas por pesquisadores da Universidade Clemson, nos Estados Unidos. Além de mais amigável ao meio ambiente, a nova espuma elimina o uso de substâncias que podem oferecer riscos à saúde humana.

Espumas de poliuretano estão por toda parte no nosso dia a dia, presentes em diversas situações em que se faz necessário um material leve capaz de prover suporte estrutural. Porém, seu processo de fabricação envolve químicos que podem ser carcinogênicos.

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O polímero é sintetizado pela reação entre um poliol e um isocianato. O primeiro químico já tem diversas alternativas, mas o segundo, um potencial causador de câncer, ainda não tinha substitutos viáveis. Agora, espumas vegetais podem evitar essa substância. A alternativa utiliza a lignina, um subproduto da indústria de papel. Outra substância de origem vegetal, um óleo, é introduzido para conferir flexibilidade e resistência ao material.

Entre os vários méritos da inovação, está o próprio emprego da lignina. Sua estrutura complexa torna a substância difícil de ser usada. A espuma ainda pode ser reciclada, já que seus componentes podem ser separados para uma nova utilização.

Por que isso importa

Apesar de ser o sexto plástico mais produzido no mundo, o poliuretano está entre os materiais menos reciclados. Além disso, sua decomposição é extremamente lenta, já que a espuma é feita para durar bastante tempo. O material também contribui para o problema de plásticos no oceano.

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A alternativa é mais sustentável pois utiliza matéria-prima renovável e que pode ser reutilizada. Esse fator é chave para uma abordagem de economia circular, quando resíduos podem ser reintroduzidos na cadeia produtiva a fim de diminuir sua pegada ecológica.

Para os cientistas responsáveis pela inovação, um material plástico deve ser projetado não apenas de acordo com sua aplicação, mas também com sua destinação final. Eles esperam que seu estudo inspire outros cientistas a encontrarem alternativas sustentáveis aos materiais que utilizamos hoje e são descartados sem possibilidades de reutilização.

Fonte: Nature Sustainability Via: Phys.org