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Empresas apostam em telhas com grafeno para gerar energia elétrica

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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A Telite, empresa da cidade de Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro, criou uma telha feita com grafeno, capaz de transformar a luz solar em energia elétrica. A cobertura especial também consegue se manter produtiva por pelo menos 80 anos.

Segundo técnicos da empresa, com apenas quatro unidades dessas telhas é possível produzir 30 quilowatts de eletricidade por mês, energia suficiente para abastecer uma residência média durante todo esse período.

“Nosso objetivo foi desenvolver uma tecnologia que atingisse todas as classes sociais. Isso garante a possibilidade de levar energia limpa e renovável a lugares que ainda carecem de eletricidade por todo o país”, afirma o CEO da Telite, Leonardo Retto.

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Eficaz e ecológica

Para fabricar as telhas, a empresa deve utilizar cerca de 150 toneladas de plástico reciclado por mês. O material usado é o polietileno de alta densidade, que é impermeável, atóxico, resistente a altas temperaturas e não agride o meio ambiente.

As placas pesam 7 kg e têm pouco mais de 2 metros de comprimento, com um custo 40% mais baixo do que os painéis solares convencionais. A camada de grafeno pode ser aplicada em qualquer tipo e tamanho de telha, facilitando a instalação e a cobertura de áreas muito maiores.

Outra vantagem das telhas de grafeno é que elas também são capazes de absorver energia solar em dias nublados e chuvosos, sem comprometer sua capacidade fotovoltaica. Os primeiros testes com a nova telha serão realizados em duas casas, uma na região Sudeste e outra na região Sul do país.

“Estamos em fase de certificação no Inmetro e a ideia é ter regiões diferentes, com climas distintos, para comprovar nossos testes de mais de quatro anos. A partir dessa validação, começa o processo de vendas para o público e, depois de seis meses, devemos iniciar a produção em massa”, completa o CEO da empresa.

Outras iniciativas

Outra marca brasileira, a Eternit, também aposta no desenvolvimento de telhas solares capazes de produzir energia elétrica. Em vez de plástico e grafeno, o modelo da empresa utiliza uma base de concreto com pequenas placas fotovoltaicas instaladas na parte superior das telhas.

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Cada telha possui pouco mais de 36 cm de largura, com uma potência equivalente a 9,16 watts. Em casas pequenas, são necessárias aproximadamente 150 telhas solares para gerar 1,15 quilowatt-hora por mês, quantia suficiente para manter tudo funcionando sem queda no abastecimento.

A desvantagem é que, ao contrário do grafeno, as células fotovoltaicas de silício dependem da incidência direta da luz solar para captar e produzir energia elétrica de forma satisfatória, tendo perdas significativas em dias nublados e chuvosos.

Nos EUA, a empresa S2A também acredita que o grafeno será o material do futuro para a construção de painéis solares mais eficientes. A tecnologia batizada de PV Graph reduz o estresse térmico e acaba com as microfissuras resultantes do processo de fabricação das placas. Isso faz com a que as celulas feitas de grafeno absorvam muito mais energia.

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Além disso, essas camadas de grafeno são combinadas com tecnologias que utilizam silício cristalino, o que garante painéis solares 50% mais eficientes e com uma durabilidade muito maior. Telhados deste tipo podem continuar a produzir energia elétrica sem perdas, mesmo depois de sofrerem danos externos.

Os primeiros telhados funcionais de grafeno serão instalados em um condomínio ecológico de luxo na Califórnia. A ideia é que até o final deste ano, todas as casas do residencial estejam equipadas com a mesma tecnologia, fazendo com que elas sejam autossuficientes em energia elétrica.

Fonte: S2APortal Solar