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Xiaomi anuncia Surge C1, novo chip para câmeras que estreia no Mi Mix Fold

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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Divulgação/Xiaomi
Divulgação/Xiaomi
Mi Mix Fold

A semana tem sido bastante agitada para a Xiaomi, que realizou nos últimos dois dias seu maior evento de lançamento de 2021 até o momento. Além de anunciar os novos modelos da família Mi 11, a companhia resgatou a linha Mi Mix para anunciar seu primeiro smartphone dobrável, o Mi Mix Fold. Com especificações potentes e design premium, o aparelho chega estreando diversas novidades, incluindo o mais novo chip próprio da Xiaomi.

Conhecido como Surge C1, o componente foge do visto em seu antecessor, o Surge S1, deixando de ser um chipset para ser apenas um processador de sinal de imagem (ISP), responsável, entre outras coisas, pelas câmeras do celular. No caso do Mi Mix Fold, o Surge C1 trabalhará em conjunto com o Hexagon 780 do Snapdragon 888 para entregar uma performance de fotografia e gravação superiores.

Algoritmo 3A e investimento milionário

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De acordo com a Xiaomi, o Surge C1 é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento e de um investimento de mais de 140 milhões de yuan, algo em torno de 122,3 milhões de reais, em conversão direta. O chip é soldado diretamente na placa-mãe do Mi Mix Fold e conta com seu próprio algoritmo de processamento de imagem, prometendo aprimorar os resultados das imagens ao mesmo tempo em que reduz o consumo de energia e de memória.

O algoritmo do chip é referido pela Xiaomi como 3A, que representa os três pontos principais, em Inglês, em que o processamento estará concentrado: Foco Automático (Autofocus - AF), Balanço de Branco Preciso (Accurate White Balance - AWB) e Exposição Automática (Automatic Exposure - AE). O ponto de foco automático visa entregar foco rápido e lidar com os problemas em ambientes escuros, especialmente de objetos pequenos.

Enquanto isso, o ponto de balanço de branco preciso se concentra em entregar, como sugere o nome, balanço de branco correto mesmo em cenário mais desafiadores, como aqueles em que há alta complexidade de iluminação no local. Por fim, o ponto de exposição automática foi desenvolvido para aumentar a capacidade de processamento de alcance dinâmico ao atingir os níveis de exposição corretos de uma cena.

Ainda segundo a fabricante, o chip conta com filtro duplo, para processar sinais de baixa e alta frequência simultaneamente. O recurso, combinado ao algoritmo 3A, promete entregar um aumento de 100% na eficiência de processamento de sinal.

Lente líquida e futuros smartphones

O Surge C1 também se concentra em outro recurso inédito que estreia no Mi Mix Fold: as lentes líquidas. Essa é a primeira vez que um smartphone conta com esse tipo de lente, mais comum em câmeras profissionais e no mercado industrial. De maneira simplificada, a lente líquida foge do vidro tradicional para adotar um filtro preenchido por líquido. Além de "simular o comportamento do olho humano", que conta com estrutura parecida nas córneas, a lente líquida é munida de um motor, capaz de modificar seu formato para aumentar ou diminuir a distância focal.

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No caso do Mi Mix Fold, a lente líquida usada pela Xiaomi promete entregar 3x de zoom óptico e até 30x de zoom híbrido, bem como distância focal mínima de 3 cm. Na prática, isso permite que apenas uma câmera aja como uma lente telefoto e uma lente macro, bastando apenas ajustá-la nas configurações, escolhidas no app de câmera e então gerenciadas pelo Surge C1.

Considerando as declarações do CEO da Xiaomi, Lei Jun, o desenvolvimento de novos chips da família Surge ainda deve persistir e ganhar novas formas no futuro. Além disso, é bastante provável que futuros topos de linha da empresa contem com o processador de imagem auxiliar proprietário da marca, ainda que não haja confirmação até o momento.

Fonte: Gizmochina, Gizchina, Xiaomi