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Samsung recusa novos contratos de memória RAM; preço deve ficar ainda mais caro

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Samsung
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O cenário de memória RAM não está bem e não deve mudar tão cedo. Segundo reportagem do DigiTimes, a Samsung, maior fabricante de DRAM, está parando com os reajustes de preços de contratos em um momento em que os valores não param de subir como nunca antes, tudo por conta da altíssima demanda pelas Big Techs e seus data centers.

O ano de 2025 foi marcado por aumentos de preços de DRAM mês após mês. Atualmente, o "preço spot" (de compra imediata) de chips de 16 GB DDR5 atingiu um recorde de US$ 15,50, quase o dobro do que custava em outubro. Ou seja, os preços não estão só aumentando, como eles estão aumentando com muita velocidade também.

Demanda por IA é o principal causador desse fenômeno

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A causa principal é a explosão da IA. A produção de memória HBM, usada nas GPUs aceleradoras de IA, se tornou a prioridade máxima das fabricantes. No entanto, os servidores de IA também precisam de uma quantidade massiva de memória de sistema (RDIMM DDR5 nesse caso).

Com a capacidade de produção consumida pela IA, os provedores de nuvem como Amazon, Google e Microsoft, estão fazendo pedidos de uma magnitude que as fabricantes não previram, criando uma fila de prioridade onde o consumidor final é o último.

Essa priorização está esmagando o resto do mercado. Enquanto as gigantes da tecnologia conseguem receber cerca de 70% de seus pedidos (mesmo pagando 50% a mais), os distribuidores OEMs menores estão enfrentando uma taxa de preenchimento de pedidos de apenas 35% a 40%.

A previsão para o consumidor final não é boa. O presidente da Adata, Simon Chen, já havia alertado que esta é uma escassez "sem precedentes", afetando DRAM, NAND (SSDs) e até HDDs. E o pior dessa situação é que ela pode durar além de 2026, segundo estimativas de analistas do mercado. Com as fabricantes em contratos de longo prazo com os gigantes da IA, a situação para o mercado de varejo deve piorar antes de melhorar, e os preços devem continuar subindo.

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Fonte: DigiTimes