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AMD anuncia Ryzen PRO 4000 e sobe a barra da concorrência no mercado corporativo

Por| 07 de Maio de 2020 às 10h00

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Divulgação/AMD
Divulgação/AMD
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Quase um mês depois de revelar três novos processadores Epyc de segunda geração para data centers, a AMD anunciou nesta quinta-feira (7) novos Ryzen PRO 4000 voltados para o mercado notebooks corporativos: Ryzen 7 Pro 4750U, Ryzen 5 PRO 4650U e Ryzen 3 PRO 4450U.

Diferentemente dos Ryzen 4000U, focados em médias e pequenas empresas, os novos processadores da série Ryzen PRO 4000 fabricados no processo de 7 nm e com arquitetura Zen 2 são voltados para grandes companhias e corporações que buscam plataformas robustas capazes de atender a necessidades bem específicas de negócios, produtividade, desempenho e, acima de tudo, segurança. Falando especificamente sobre esse último quesito, os componentes empregam um novo conjunto de recursos e funcionalidades sob o nome AMD PRO Technologies, que surge para competir em pé de igualdade com o Intel vPro.

O AMD PRO Business Ready é uma espécie de "selo de garantia" oferecido pela fabricante californiana para indicar que os gerentes e departamentos de TI podem planejar e investir na infraestrutura de TI e parque tecnológico de suas corporações sem medo de que o suporte chegue ao fim subitamente. Nesse sentido, a AMD garante 18 meses de estabilidade planejada de software, dois anos de disponibilidade planejada e garantia de qualidade e consistência de padrão corporativo para todos os modelos.

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Outra característica embarcada nos novos Ryzen PRO 4000 é o PRO Manageability, um equivalente ao Intel AMT que garante suporte a soluções tradicionais e modernas de gerenciamento de dispositivos na infraestrutura corporativa. Graças a essa funcionalidade, não importa se o departamento de TI utiliza soluções mais antigas baseadas em DASH ou mais recentes, como o Microsoft Endpoint Manager, os novos processadores permitirão a execução remota de tarefas de manutenção e backups até distribuição proativa de patches de segurança sem qualquer problema.

Por fim, os componentes virão com o PRO Security, o recurso de segurança mais extensivamente abordado pela AMD na apresentação realizada à imprensa. Equivalente ao vPro Security, ele é um sistema de proteção multicamada implementado a nível de arquitetura para evitar acesso não-autorizado a dados e downtime dos equipamentos. Dessas camadas, a que merece mais destaque é o Memory Guard, um recurso que aplica criptografia à memória do computador para evitar que ataques físicos resultem em extração indevida de informações armazenadas temporariamente na RAM.

Desempenho e inteligência de sobra

Com esse leque de funcionalidades e recursos, a AMD deixou claro que o foco dos novos Ryzen PRO 4000 são plataformas voltadas para produtividade, independentemente do local escolhido pelo usuário para trabalhar; segurança, destacado pela fabricante como um dos elos mais importantes de qualquer negócio; e capacidade de atender a múltiplas necessidades de negócios, desde o custo-benefício a máximo desempenho, passando por durabilidade e confiabilidade.

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Exatamente por isso os três modelos estão distribuídos para atender desde o público corporativo de entrada até os que demandam por mais poder e capacidade de processamento.

O Ryzen 3 PRO 4450U é o modelo de entrada e traz incrementos interessantes de clock e número de núcleos lógicos em relação a seu antecessor, o Ryzen 3 PRO 3300U. Ao todo, são 4 núcleos e 8 threads rodando a 2,5 GHz, mas que podem a chegar a até 3,7 GHz, e 6 MB de cache L3.

Por sua vez, o Ryzen 5 PRO 4650U traz melhorias ainda mais notáveis em relação ao Ryzen 5 PRO 3500U, seu predecessor. Se antes tínhamos um chip com 6 MB de cache L3, 4 núcleos e 8 threads rodando a 2,1 GHz e alcançando frequência máxima de 3,7 GHz, agora entra em cena um componente mais robusto, com 11 MB de cache L3, 6 núcleos e 12 threads. O clock base é o mesmo, mas ele é capaz de atingir 4 GHz.

Para fechar, o topo de linha Ryzen 7 PRO 4750U é para quem realmente precisa de poder de fogo. Aqui, o incremento foi em relação ao 7 PRO 3700U, saindo dos 4 núcleos, 8 threads, 2,3 GHz de clock base, 4 GHz de boost e 6 MB de cache L3 para nada menos que 8 núcleos e 16 threads operando a uma frequência base de 1,7 GHz, mas com capacidade para chegar a até 4,1 GHz.

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AMD Ryzen PRO 4000 x AMD Ryzen PRO 3000
ModeloNúcleosThreadsClock baseBoostCacheTDP
AMD Ryzen 7 PRO 4750U8161,7 GHz4,1 GHz12 MB15 W
AMD Ryzen 7 PRO 3700U482,3 GHz4,0 GHz6 MB15 W
AMD Ryzen 5 PRO 4650U6122,1 GHz4,0 GHz11 MB15 W
AMD Ryzen 5 PRO 3500U482,1 GHz3,7 GHz6 MB15 W
AMD Ryzen 3 PRO 4450U482,5 GHz3,7 GHz6 MB15 W
AMD Ryzen 3 PRO 3300U442,1 GHz 3,5 GHz6 MB15 W

Os números são claros e mostram que houve incremento tanto em termos de capacidade de processamento quanto em poder de fogo bruto. Mas e na prática? Como os novos Ryzen PRO 4000 se saem em relação a seus irmãos mais velhos e, sobretudo, à concorrência?

Durante a apresentação, a AMD mostrou alguns dados relativos a benchmarks sintéticos que ajudam a dimensionar os ganhos de desempenho obtidos graças à litografia de 7 nm e à arquitetura Zen 2. No comparativo entre gerações, o Ryzen 7 PRO 4750U obteve desempenho até 132% superior em tarefas multi-thread em relação ao Ryzen 7 PRO 3700U, fabricado em 12 nm e com microarquitetura Zen+. O componente também apresentou maior perfomance em testes single-thread (29%) e gráfico (13%). Já em testes utilizando aplicativos de escritório, como os do Microsoft Office, o ganho foi de, em média, 37%.

O que mais chama a atenção mesmo é o comparativo entre os novos Ryzen 7 PRO e Ryzen 5 PRO com o concorrente Core i7-10710U, flagship da Intel para o segmento. No confronto direto entre os topo de linha, o Ryzen 7 PRO 4750U se sobressaiu em seis dos sete testes apresentados, ficando atrás apenas no benchmark single-thread do Cinebench. Mesmo assim, cabe notar um dado interessante aqui: na geração passada, a AMD tinha dois dígitos de desvantagem nesse quesito; agora, virtualmente se equiparou ao adversário.

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Mas o mais curioso ainda está por vir: o intermediário Ryzen 5 PRO 4650U também conseguiu superar o topo de linha da Intel em alguns testes, além de virtualmente igualar o resultado no teste de produtividade do PCMark 10. Em outras palavras, a AMD está colocando no mercado um processador intermediário capaz de bater de frente com o que a concorrência tem de melhor, mas com um custo bem menor.

Para quem está preocupado que todo esse ganho de performance foi obtido às custas da eficiência energética, pode ficar tranquilo. A AMD fez questão de destacar que tudo isso foi alcançado em associação a uma maior economia de energia. Os três novos processadores têm TDP de apenas 15W e se beneficiam diretamente da litografia de 7 nm e das melhorias de IPC e de design implantadas pela fabricante. Entre elas, cabe destacar aperfeiçoamentos feitos nos sistemas de detecção de componentes ociosos, que rapidamente tanto entram em suspensão quando não estão em uso quanto são ativados quando são solicitados pelo sistema.

Esses ganhos de responsividade são tão sensíveis que a AMD não ter precisado sacrificar desempenho nem autonomia de bateria. Pelo contrário, a fabricante garantiu até duas vezes mais tempo longe da tomada em relação às plataformas equipadas com Ryzen PRO de segunda geração. Em equipamentos premium equipados com Ryzen 7 Pro 4750U, isso se traduz em até 20 horas de funcionamento sem necessidade de recarga.

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Com esse conjunto, a AMD replica o que vem fazendo no mercado consumidor, subindo a barra da concorrência e colocando a rival Intel em maus lençóis. Como temos visto ultimamente, a trocação entre as duas companhias está bonita de se ver e quem ganha, no fim das contas, são os clientes. Resta esperar para ver qual será e de onde virá o próximo movimento.

Disponibilidade

Os Ryzen PRO 4000 equiparão notebooks voltados para o mercado corporativo e não poderão ser adquiridos à parte no varejo. Por esse motivo, a disponibilidade dos novos processadores depende do lançamento de máquinas feitas por marcas parceiras da AMD.

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Até o momento, apenas a Lenovo confirmou um novo lineup de cinco notebooks que virão equipados com os novos processadores. Entre eles estão os topo de linha ThinkPad T14 e ThinkPad T14s, dois ultrafinos com acabamento e especificações premium e com duração de bateria de 16 e 20 horas, respectivamente; e os basicões ThinkPad L14 e ThinkPad L15, com baterias capazes de aguentar até 14 horas de trabalho longe da tomada.

Embora já tenham sido confirmados, os modelos ainda não receberam uma data exata para chegarem ao mercado internacional, tampouco nacional. A promessa da Lenovo é que eles estarão disponíveis em algum momento deste segundo trimestre de 2020.