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Intel promete corrigir falhas em CPUs de 13ª e 14ª geração em agosto

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Danilo Berti, Jones Oliveira / Canaltech
Danilo Berti, Jones Oliveira / Canaltech
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Há tempos problemas de instabilidade vêm assolando processadores Intel de 13ª e 14ª geração para desktops, com usuários apontando para falta de estabilidade em aplicações pesadas, como games. Nesta segunda-feira (22) a Intel veio a público detalhar o defeito dessas CPUs e prometeu corrigi-lo em agosto.

Em comunicado publicado em seu site oficial, a companhia alega estar conduzindo análises meticulosas dos processadores defeituosos devolvidos pelos clientes e que encontrou a raiz do problema. De acordo com a Intel, a instabilidade está relacionada a um microcódigo defeituoso, que leva as CPUs de 13ª e 14ª geração a operarem com voltagens excessivamente altas, degradando a estrutura do componente.

"Descobrimos que a operação sob voltagem elevada está causando problemas de estabilidade em alguns processadores de 13ª e 14ª geração para desktops. Nossas análises de CPUs devolvidas confirmam que essa voltagem elevada é derivada de um algoritmo de microcódigo que realiza solicitações incorretas de voltagem para o processador".

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Como funciona o gerenciamento de voltagem nas CPUs?

O gerenciamento de energia nos processadores atuais é feita por uma estreita colaboração entre software, firmware e hardware. Prova disso é que você provavelmente já definiu algo dessa natureza na BIOS da placa-mãe, essencialmente um software capaz de gerir os níveis de energia da CPU.

Qualquer problema nessa colaboração pode comprometer o desempenho do componente — ou ainda levar a travamentos indesejados, como estes que são relatados desde 2023 pela comunidade de hardware e que agora a Intel afirma estarem relacionados justamente a um algoritmo de microcódigo defeituoso.

Crise de instabilidade das CPUs Intel

A Intel começou a receber os primeiros relatos de problemas com seus processadores ainda em 2023, com as queixas escalonando para níveis preocupantes com a chegada das CPUs Raptor Lake Refresh de 14ª geração. Em poucos meses, o que pareciam problemas pontuais se transformaram na maior crise de instabilidade de CPUs já enfrentada pela fabricante.

Sem saber precisar a causa dos problemas, a companhia de Santa Clara começou a enfrentar um forte escrutínio público, com usuários exigindo uma explicação formal e correção para o problema.

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A pressão crescente fez a empresa apontar o dedo para as fabricantes de placas-mãe, que estariam colocando essas peças no mercado com configurações de BIOS fora do padrão recomendado. Guias, correções e sugestões de ajustes foram lançados e indicadas para a comunidade, mas nenhuma resolveu o caso completamente.

Agora que diz ter encontrado a causa definitiva do problema, a Intel prometeu corrigir o algoritmo de microcódigo com uma atualização que será lançada por volta da primeira quinzena de agosto.

Esse update será distribuído para as fabricantes de placas-mãe, que precisarão validar a atualização para só depois repassá-la para os usuários.