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GPU AMD Instinct MI210 para data centers pode ser 100% mais potente que MI100

Por| Editado por Wallace Moté | 14 de Dezembro de 2021 às 07h30

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Divulgação/AMD
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Novas informações sobre a GPU AMD Instinct MI210 foram divulgadas pelo cientista-chefe do departamento de HPC da CSC-IT, George Markomanolis, que teve a oportunidade de acessar remotamente a solução nesta semana. A placa foi oficializada pela AMD no início de novembro, mas até então não teve detalhes sobre especificações e nível de performance revelados, ainda que houvesse promessas de saltos marcantes de desempenho graças à nova microraquitetura CDNA 2.

AMD Instinct MI210 tem primeiros detalhes divulgados

Markomanolis trabalha no LUMI (Large Unified Modern Infrastructure), supercomputador do consórcio europeu EuroHPC JU totalmente equipado com hardware da AMD que promete se tornar um dos mais poderosos do mundo, atingindo 0,55 ExaFLOPs de poder computacional. Através do Twitter, o especialista confirmou ter experimentado a nova GPU remotamente, e respondeu a perguntas de outros usuários confirmando algumas das características da MI210.

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Ao que parece, a solução de entrada para data centers traz 104 Unidades Computacionais (CUs), para um total de 6.656 Stream Processors ou núcleos, acompanhadas de 64 GB de RAM HBM2e, com largura de banda próxima aos 1,4 TB/s. O componente emprega um único die, e há alguns núcleos desativados, quando levamos em conta que cada die da MI250 e MI250X oferece 110 CUs.

Analisando essas especificações, e assumindo que a MI210 apresenta o mesmo clock de 1.700 MHz das irmãs mais robustas, podemos esperar que a GPU ofereça cerca de 23 TFLOPs em algoritmos FP64, e algo próximo de 46 TFLOPs em FP32. Em comparação, a Instinct MI100, aceleradora da geração anterior baseada na microarquitetura CDNA, oferece 11,5 TFLOPs em FP64 e 23 TFLOPs, o que indica que a MI210 é 2 vezes mais potente que a antecessora.

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Ao menos em memória, os saltos parecem ser mais conservadores — segundo Markomanolis, a nova GPU para data centers da AMD é 40% mais veloz que a MI100 no benchmark BabelStream, destinado a avaliar a velocidade de transferência da memória da GPU para a do sistema, e vice-versa.

Ainda que seja necessário aguardar a estreia da placa para sabermos seu real desempenho em uma gama maior de testes, a novidade já se mostra uma competidora à altura da Nvidia A100, que deve se manter como a solução mais potente do time verde para processamento bruto de dados por pelo menos mais alguns meses.

Linha Instinct MI200 é primeira com design MCM

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A família Instinct MI200 marca uma nova fase para AMD no mercado de computação de alta performance ao estrear a microarquitetura CDNA 2, que promete saltos expressivos de desempenho aos moldes do visto com a microarquitetura RDNA 2 da empresa para as GPUs gamer Radeon. Além da MI210, a linha traz ainda a MI250 e a MI250X, oferecidas apenas no formato OAM para grandes servidores e supercomputadores.

As placas são as primeiras a chegar ao mercado utilizando o design Multi-Chip Module (MCM), em que a GPU é composta por mais de um chip (die), sendo configuradas com até 2 dies de 110 CUs cada. O destaque vai para a topo de linha MI250X, com 220 CUs, 14.080 Stream Processors, 880 Matrix Cores para cálculos de IA e 128 GB de RAM HBM2e, com 3,2 TB/s de largura de banda.

A solução da AMD consegue entregar até 47,9 TFLOPs de poder computacional em FP64, ou cerca de 96 TFLOPs em FP32, superando por enormes margens a atual rival Nvidia A100, que em comparação entrega 9,7 TFLOPs em FP64 e 19,5 TFLOPs em FP32, algo próximo de 5 vezes menos desempenho.

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Fonte: WCCFTech