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Evento da Qualcomm traz novidades para VR e laptops de baixo custo

Por| 05 de Dezembro de 2019 às 20h00

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Reprodução
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Tudo sobre Qualcomm

Durante um evento da linha Snapdragon, que ocorreu nesta quinta (5) em Maui, no Havaí, a Qualcomm anunciou algumas novidades para suas linhas de processadores: o XR2, que é a nova plataforma da empresa para dispositivos de realidade aumentada, e os 7c e 8c, dois novos chips ARM para computadores de baixo custo.

Qualcomm Snapdragon XR2

O grande destaque do evento foi a revelação do Snapdragon XR2, a primeira plataforma de realidade estendida (XR) com suporte ao 5G no mundo. Ao contrário do que o nome sugere, o XR2 não é um sucessor do já existente XR1, mas uma versão “premium” do mesmo. Assim, a Qualcomm passará a atuar com duas diferentes plataformas no mercado: o XR1 para operações mais simples, e o XR2 para aqueles que necessitam da última geração em tecnologias para realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA).

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Entre as melhorias de processamento de IA, o XR2 oferece suporte para até sete câmeras “pass through” do tipo usadas em dispositivos de realidade mista (como o HoloLens) ou então um processamento muito mais rápido e com menor chance de causar enjôo ao usuário em experiência de RV.

O XR2 dá suporte a telas com resolução de até 3K por 3K trabalhando à 90 quadros por segundo, ou então vídeos 360º de até 8K transmitidos à 60 quadros por segundo. A plataforma ainda conta com um sistema de rastreamento dos movimentos das mãos baseado em 26 pontos de contato, além da habilidade de mapear todo o ambiente ao redor do aparelho.

Mas a grande inovação mesmo proporcionada pelo XR2 é o suporte à redes 5G. Essa tecnologia é considerada como algo crucial para o sucesso das tecnologias de RV e RA, pois conseguiria permitir a transmissão de vídeos em streaming para esses aparelhos com a latência necessária para o usuário realmente se sentir imerso no conteúdo.

Processadores 7c e 8c

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Durante o mesmo evento, a empresa também anunciou dois novos processadores ARM para computadores, o Snapdragon 7c e o Snapdragon 8c. Ambos são versões mais básicas do Snapdragon 8cx e foram desenvolvidos para o uso em notebooks mais básicos, com preço abaixo de U$ 300 dólares. O objetivo da empresa é que esses processadores sejam usados em computadores de baixo custo, que podem ser usados em ambientes comerciais ou corporativos, para sistemas que funcionam como bases de trabalho remotas onde tudo é operado através da nuvem.

Segundo a Qualcomm, o Snapdragon 7c utiliza uma CPU Kryo 468 de até 2,4 GHz e uma GPU Adreno 618, com um modem LTE embutido que suporta conexões de até 800 MBps. O chip também dá suporte a memórias LPDDR4 e sistemas de armazenamento UFS 3.0, conseguindo também rodar resoluções de 2048 x 1536 pixels em 60 Hz, gravar vídeos em 4K a 30 fps e já vem com suporte ao Wi-Fi 6 e ao Bluetooth 5.0. A Qualcomm afirma que esse processador é 20% mais rápido do que a média dos usados em computadores de entrada, mas sem revelar os números de desempenho é impossível fazer uma comparação.

Já o Snapdragon 8c utiliza uma CPU Kryo 490, que oferece uma performance 30% superior à do Snapdragon 850 usado em smartphones, e já vem com um modem LTE X24 que consegue operar nas maiores velocidades existentes neste tipo de conexão. Ele também dá suporte a memórias LPDDR4 e a drives de armazenamento que utilizam a tecnologia NVMe SSD, consegue operar três saídas de vídeo em 4K (a tela do notebook mais dois monitores externos), capturar vídeos em 4K HDR a 30 fps e transmitir vídeos na mesma qualidade à 120 fps. O ponto mais estranho é que ele não possui suporte ao Wi-Fi 6, mas é possível utilizá-lo junto com o modem X55 da Qualcomm para desenvolver um notebook com conexão 5G.

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Desde que a Qualcomm iniciou uma parceria com a Microsoft, ambas as empresas tem se esforçado para acabar com o domínio da Intel nos notebooks de entrada, mas até agora os esforços têm esbarrado em um grande problema: o fato desses computadores com processadores de arquitetura ARM não rodarem a maioria dos programas que os usuários necessitam. Isso porque boa parte dos programas de computador são baseados na tecnologia x86 e x64, e muitos deles ainda não desenvolveram versões compatíveis para ARM. Por exemplo, nem o Google Chrome e nem nenhum programa da Adobe roda nesses aparelhos, o que é um enorme problema para que utiliza esses computadores para rodar desktops virtuais em ambientes profissionais.

Fonte: TechCrunch, PC Mag