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Cofundador da Intel e criador da "Lei de Moore" morre aos 94 anos

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Divulgação/Intel
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Em comunicado, a Intel confirmou que Gordon Moore, famoso cientista e cofundador da gigante de Santa Clara, faleceu na última sexta-feira (24) aos 94 anos. Lendário na indústria de semicondutores, o engenheiro e executivo é responsável pela "Lei de Moore", teoria que desenvolveu nos anos 60 e, mesmo após mais de 60 anos, ainda guia muitas das decisões da Intel e de outras gigantes do ramo.

Segundo as informações da Gordon e Betty Moore Foundation, organização criada em 2000 pelo empreendedor e sua esposa Betty Irene Whitaker como parte dos esforços do casal para fortalecer obras de caridade, Moore "partiu pacificamente ao lado da família em sua casa no Havaí". Fora Betty, com quem era casado desde 1950, o cientista deixa dois filhos e quatro netos.

Além de fundar a Intel ao lado dos também lendários Robert Noyce e Andrew Grove, em julho de 1968, Gordon Moore ficou conhecido pela "Lei de Moore". Sua teoria, publicada em 1965, previa que a quantidade de transistores (as estruturas responsáveis por fazer cálculos em um processador) incluída em um circuito integrado — ou como é mais conhecido, em um chip — dobraria todos os anos, enquanto a capacidade de processamento desses componentes dobraria a cada 18 meses.

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A previsão se provou correta e, ainda que tenha desacelerado drasticamente nos últimos anos diante do aumento da complexidade dos processos de fabricação de chips, segue atuando como um norte para a indústria de semicondutores, especialmente nos corredores da Intel. Em uma entrevista concedida em 2008, o cientista afirmou que, com sua teoria, “só estava tentando transmitir essa mensagem, de que ao colocar mais e mais coisas em um chip, nós faríamos todos os eletrônicos ficarem mais baratos".

Também ao lado de Robert Noyce, o especialista fundou em 1957 a Fairchild Semiconductor, responsável por fabricar o primeiro chip moderno a ser disponibilizado aos consumidores, e ainda hoje uma das principais companhias do Vale do Silício. Por suas contribuições, Gordon Moore chegou a receber a National Medal of Technology (Medalha Nacional da Tecnologia) do presidente George H.W. Bush em 1990, e a Presidential Medal of Freedom (Medalha Presidencial da Liberdade), maior honra civil dos EUA, do presidente George W. Bush em 2002.

A influência de Moore foi grande a ponto de levar especialistas de empresas concorrentes a prestarem condolências ao cientista, como foi o caso da CEO da AMD, Dra. Lisa Su. Comandante da principal rival da Intel no mercado de processadores, a engenheira destacou como Moore inspirou diversos estudantes e líderes da indústria de semicondutores, sendo "um visionário profundamente admirado".