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ARM traça plano ambicioso e quer superar performance de processadores Intel

Por| 17 de Agosto de 2018 às 08h19

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ARM traça plano ambicioso e quer superar performance de processadores Intel
ARM traça plano ambicioso e quer superar performance de processadores Intel

A ARM revelou pela primeira vez nesta quinta-feira (16) seu plano de desenvolvimento de CPUs, definindo qual será a evolução dos processadores da marca até 2020. Normalmente as fabricantes mantêm esse tipo de planejamento escondido do público, mas, ao contrário das concorrentes, a marca resolveu deixar bem claro como será o futuro de sua linha de processadores.

Ao contrário da Intel e da AMD, a arquitetura dos processadores ARM não é baseada no x86, o que permite a criação de chips de alta performance com baixo custo de energia, ideal para dispositivos móveis. É por isso que a ARM fornece seus processadores para marcas como Qualcomm, Samsung e Nvidia, além de várias outras.

A novidade apresentada pela empresa é o novo design Cortex-A76, com um núcleo de processamento que permitirá desempenho 35% superior em relação a modelos anteriores. O objetivo é que esse novo design permita que os processadores da marca tenham a mesma capacidade dos concorrentes, mas com um gasto de energia equivalente ao de um smartphone. Isso permitiria criar uma linha de laptops que poderiam ficar mais de 20 horas funcionando apenas na bateria sem nenhum sacrifício de performance.

O Cortex-A76, que deverá entrar em produção ainda este ano, é comparado pela empresa com o Core i5-7300U da Intel. Lançado no início de 2017, o processador de dois núcleos possui uma velocidade máxima de até 3,5 GHz e consumo de energia de cerca de 15W.

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As projeções são que o Cortex-A76 alcançará uma velocidade de 3 GHz com consumo energético de apenas 5W. Ainda que não seja exatamente a mesma velocidade de um processador antigo da Intel, a diferença no consumo de energia será o principal fator da comparação — principalmente se lembrarmos que estamos comparando um processador de laptops com um para smartphones.

Esse salto é devido a algo que a fabricante chama de DynamicIQ, um tipo de design que permite que até oito núcleos sejam colocados num único processador e programados para executar tarefas específicas. Um dos exemplos utilizados pela companhia é um processador que usaria seis núcleos de baixa performance para lidar com navegação na internet e uso de programas básicos, enquanto os outros dois núcleos, de alta performance, só seriam utilizados para jogos e outras atividades que necessitam de alto rendimento.

Mas esse é apenas um de toda uma linha de chipsets desenvolvidos pela ARM. Além do Cortex-A76, que será lançado em 2018 em modelos de 10nm e 7nm, a empresa também já prepara para 2019 a linha Deimos, que terá um aumento de pelo menos 15% da capacidade de processamento em relação à novidade deste ano.

Já para 2020, o plano da empresa será a linha Hercules, com modelos de 7nm e 5nm e que serão pelo menos 10% mais rápidos e mais econômicos do que os do ano anterior, com a mesma capacidade estimada dos processadores Intel em 2020.

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Por enquanto, não é possível saber se os processadores terão toda essa capacidade mesmo, mas não há como negar que é um plano ousado da ARM para tentar dominar o mercado.

Fonte: Digital Trends