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AMD anuncia seu primeiro chip ARM para servidores: o Opteron A1100

Por| 29 de Janeiro de 2014 às 16h13

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A AMD prometeu processadores baseados na arquitetura ARM voltados especificamente para servidores ainda em 2012, e o Opteron A1100 é o primeiro modelo anunciado oficialmente. O A1100 vem com nada menos do que 8 núcleos Cortex-A57 – o modelo mais poderoso da ARM, atualmente – rodando a 2,0 GHz e com suporte para massivos 128 GB de memória RAM (não precisamos nem dizer que ele é um modelo 64 bits, correto?), padrão DDR3 ou DDR4 nos padrões SODIMM (pentes de memória de notebook), UDIMM ou RDIMMM.

Cada par de cores contará com 1 MB de cache L2 compartilhado entre ambos, totalizando 4 MB, e 8 MB de cache L3 compartilhado entre todos os cores. O SoC também suportará 8 portas SATA III, o que faz com que cada chip suporte até 36 TB de armazenamento, 2 portas ethernet padrão 10GbE (10 vezes superior ao padrão gigabit ethernet) e PCI Express de 8 linhas, o que pode variar entre 1 slot utilizando 8 linhas ou 2 slots com 4 linhas – isso em uma placa-mãe padrão microATX com suporte a fontes de alimentação convencional.

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As especificações acima mostram um foco no grande volume de dados I/O, o que torna o A1100 ideal para operações de Big Data, em especial pelo suporte ao grande número de discos e quantidade de memória RAM. Segundo o Anandtech, não se sabe se o SoC incluirá uma placa de vídeo como as APUs da AMD, mas acreditamos que sim, já que isso faria desse modelo uma opção ideal para workstations de baixo custo, já que o valor estimado para ele é de menos de US$ 100 por chip. Outro ponto é a já anunciada tecnologia TrustZone, resultado da parceria entre AMD e ARM que foca em segurança via hardware e criptografia.

O ramo de servidores atualmente conta com uma enorme participação da Intel com sua linha Xeon, mas estes são chips extremamente caros e que não trazem a mesma eficiência energética da arquitetura ARM. A AMD tem um excelente know-how na área de servidores, mesmo com uma participação pequena, e a união entre as duas empresas pode ser determinante para que a arquitetura ARM fique cada vez mais popular nesse setor.

Chips ARM trazem uma eficiência energética consideravelmente superior aos x86, apesar da performance relativa ser menor. Porém, como estamos falando de centenas ou milhares de máquinas funcionando 24 horas por dia e de um alto poder de paralelismo, em especial pelas melhorias da arquitetura ARM em relação ao desempenho nos últimos anos, o ARM está ficando cada vez mais interessante para novos data centers.

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Outro ponto a se considerar é o preço. A AMD, em especial nos últimos anos, está ficando cada vez mais agressiva em sua política de preços, algo que pode ser observado nos seus processadores para desktops e notebooks. O setor high-end ainda é dominado pela Intel, tanto nos servidores quanto em computadores pessoais, mas a eficiência energética aliada ao baixo preço dos chips pode fazer essa balança pender para o lado da AMD.

Segundo a AMD, em 2019 teremos 25% do mercado de servidores dominado pela ARM pela combinação da eficiência energética e baixo preço mencionada acima. Nesse cenário, bastante otimista, por sinal, a AMD pretende sair ganhando como principal fabricante de chips ARM desse segmento, utilizando o know-how que já possui no ramo e melhorando os componentes com suas próprias tecnologias já utilizadas em sua linha Opteron de processadores x86.