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The Division Ressurgence leva a experiência dos consoles para o seu celular

Por| Editado por Jones Oliveira | 12 de Junho de 2023 às 15h15

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Divulgação/Ubisoft
Divulgação/Ubisoft
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A grandiosidade de mundos e a ambição costumam ser as marcas dos jogos da Ubisoft. Agora, a empresa quer levar essa abordagem também aos celulares com The Division Ressurgence, versão mobile de uma de suas franquias recentes mais conhecidas. A ideia, aqui, é transportar a experiência vista nos consoles e PC da forma mais completa e fiel possível, ainda que, nessa transição de plataformas, algumas concessões tenham que ser feitas.

O Canaltech teve acesso prévio à versão versão beta do game, que traz uma experiência bastante similar à do primeiro The Division. Estamos de volta a Nova York no momento em que o protocolo que dá nome ao título é ativado; após a disseminação da “Febre do Dólar” e do caos instaurado na cidade, agentes de elite escondidos em meio à população comum, formando a tal “Divisão”, são acionados para restaurar o que resta da sociedade.

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Enquanto a doença ainda se espalha e uma cura parece estar em desenvolvimento, nosso personagem deixa o gato de estimação para pegar em armas e livrar as ruas de saqueadores, bandidos e outros vilões. Da mesma forma que eles, porém, agimos quase que no improviso, com o conjunto inicial de equipamentos evoluindo na medida em que encontramos itens como coletes, roupas, armas de diferentes calibres e, principalmente, pontos de experiência que são obtidos cumprindo objetivos e enfrentando oponentes.

A cidade dividida em zonas traz diferentes objetivos, normalmente envolvendo salvar alguém ou limpar um lugar de malfeitores, enquanto a chamada Dark Zone traz a porradaria franca, sem as regras que regem os membros da Divisão e com oponentes fortalecidos, mas compensando o risco considerável com loots melhores e equipamentos mais potentes.

Quem jogou os títulos da série deve estar achando que tudo soa semelhante à experiência original e, na medida do possível, é isso mesmo. O que temos, agora na palma da mão, é um The Division com razão de fazer parte da franquia e, mesmo que remeta ao primeiro game, não necessariamente se propõe a ser uma adaptação dele, mas sim, seu próprio título, ainda que com elementos e coração compartilhado.

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A batalha nunca é bonita

Entretanto, como dito anteriormente, foi preciso abrir mão de algumas coisas para que a experiência funcionasse no celular. E a principal mudança está no conjunto visual, com gráficos chapados e texturas de baixa qualidade, enquanto quedas na taxa de quadros por segundo podem atrapalhar nos momentos em que o jogador desejar ser mais preciso nos disparos.

O Canaltech experimentou o game em um iPhone XR. De início, a experiência foi configurada para a menor qualidade possível. Mesmo na maior, porém, ainda assim dá para perceber um jogo que roda com dificuldade e que soa mal otimizado, algo evidenciado pela mensagem de erro assim que optamos pela preferência gráfica máxima — nela, o game alerta que pode travar, mas isso não aconteceu durante nossa experiência com a beta.

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É um contraste dos grandes, principalmente no início, quando somos apresentados a belas e artísticas cutscenes que exibem o caos social e chegam a ter ares até filosóficos. Claro, não dá para esperar visuais dignos de um console de atual geração de um game que precisa rodar em aparelhos das mais diferentes categorias, mas há, sim, uma sensação de que The Division Ressurgence poderia entregar mais.

O mesmo também pode ser sentido na jogabilidade. Ela funciona de forma quase adequada ao que se propõe, ainda que os jogadores que optarem por usar a tela de toque passarão por maus bocados. A interface cheia de elementos e botões pequenos incomoda, enquanto os diferentes comandos necessários podem confundir, principalmente quando a tela fica lotada de indicadores, marcadores de objetivo e botões para serem pressionados.

A sensação ao jogar o game em um celular é de que ele deve ser melhor em um tablet, que não estava acessível durante nossos testes, mas também que dá para ter uma boa experiência em uma tela menor. Entretanto, isso vai exigir um pouco mais de calma na leitura de informações e costume com as interfaces, que também ficam cheias de elementos nos menus de personalização de kits e personagens.

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Existem opções de simplificação, que permitem se esconder automaticamente em uma cobertura ou mirar e disparar com um único pressionamento, enquanto um auxílio de mira ajuda a atingir inimigos à distância. Por outro lado, é aqui, também, que aparece o maior reflexo negativo do conjunto gráfico abaixo do esperado, quando as taxas de quadros baixas são perceptíveis em inimigos à distância.

É um elemento comum de otimização, reduzir texturas e a movimentação de quem está longe para privilegiar quem aparece próximo. Entretanto, logo em uma de suas primeiras missões, The Division Ressurgence entrega um rifle de franco-atirador ao jogador e o incentiva a usar, o que faz com que esse aspecto seja plenamente perceptível e, acima de tudo, um desafio adicional e inesperado para quem procura a precisão.

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Outro aspecto que causou estranheza foi a necessidade de pressionar alguns botões na tela mesmo usando um joystick. Ações como abrir portas ou coletar loots, por exemplo, exigem toques diretos, enquanto que com um DualShock 4 e no restante do tempo a experiência seguiu exatamente da forma como The Division se comporta nos consoles.

Pequenas adições, por outro lado, são feitas para aproveitar as possibilidades que uma tela sensível ao toque é capaz de trazer. Puzzles simples exigem que o jogador abra uma placa com parafusos para ter acesso aos fios de uma bomba a ser desarmada, com esse processo e também o corte dos fios usando o recurso para trazer um pouco de frescor e mais interatividade para o título.

A amplitude da experiência, como já era de se esperar, se traduz na forma de um consumo relativamente elevado de bateria, com mais de um quarto da carga disponível no celular sendo drenada em apenas duas horas de jogo. Além disso, como não pode deixar de ser, a quantidade de dados necessários para que uma experiência ampla e de mundo aberto funcione também traz seus impactos na memória, com mais de 8 GB ocupados após o fim do download de todos os pacotes necessários.

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Vale a pena conhecer The Division Ressurgence

Na maior parte do tempo, porém, o jogador estará explorando a cidade e trocando tiros com oponentes, e é nisso que The Division Ressurgence acaba se destacando mais. Ainda que problemas de conexão tenham acontecido aqui e ali durante os nossos testes com a Beta, a sensação que ficou é de uma experiência sólida e que tenta efetivamente emular o que já vimos e esperamos da franquia, ainda que falhe em alguns aspectos.

O principal, entretanto, está aqui, e caso o jogador esteja procurando uma experiência de tiro com um foco um pouco mais narrativo, pode encontrar exatamente isso em The Division Ressurgence. Dá para jogar sozinho, é possível se unir a amigos para desbravar essa Nova York sitiada e, principalmente, dá para entender o que fez da franquia da Ubisoft um sucesso em outras plataformas.

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Anunciado em 2022 e um dos destaques do evento Ubisoft Forward 2023, The Division Ressurgence ainda não tem data de lançamento. Entretanto, testes beta fechados estão marcados para começar no dia 13 de junho, permitindo que os jogadores também deem sua primeira olhada nesta nova versão da franquia.