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Preview Saints Row | Um caminho explosivo até o topo

Por| Editado por Bruna Penilhas | 18 de Maio de 2022 às 11h00

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Divulgação/Deep Silver
Divulgação/Deep Silver

O novo Saints Row chega às lojas neste ano para contar um novo capítulo de uma história que vem se desenhando há duas gerações. Entre apresentações de customização e a jogabilidade descolada que já aprendemos a esperar dele, o que temos agora é uma ideia de renovação altamente familiar, com o reboot chegando com a ambição e o desejo de inaugurar um outro momento na saga e iniciar seu caminho em uma nova cidade e em ares inéditos.

A desenvolvedora Volition faz isso a partir de uma mistura de elementos, que une o tradicional da série e também o que há de contemporâneo nos videogames. A promessa é entregar um jogo altamente aberto, com a maior gama de customizações já vista em um título de mundo aberto e, ao mesmo tempo, uma aventura de subida ao poder por uma gangue criminosa que deve gerar o mesmo amor pelos Saints que, em um passado não tão distante, Johnny Gat e sua trupe operaram.

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“Sentimos que havíamos fechado um capítulo com os últimos games [da franquia] e era hora de iniciar uma nova etapa”, explica Brian Traficante, diretor criativo da franquia Saints Row, em apresentação do jogo feita para imprensa, da qual o Canaltech participou. Para ele e sua equipe, isso se traduz em dar um passo para trás, não em termos de recursos, mas de abordagem, assumindo uma pegada mais realista, ainda que trazendo a mesma loucura de sempre. “Nosso mundo aberto é familiar, mas também novo, representando a nossa proposta de reimaginação e liberdade. Queremos ser acessíveis, mas ao mesmo tempo, gigantescos.”

Para fazer isso, a equipe de produção fez com que a cidade de Santo Illeso se tornasse um personagem tanto quanto os próprios membros da quadrilha da qual o jogador faz parte. A inspiração está no sudoeste americano, com estados como Texas e Nevada servindo para compor os diferentes “biomas” deste local, que mistura áreas rurais, cidades pequenas e centros financeiros ou de jogos de azar.

Isso se encaixa, por exemplo, no filtro dourado que sempre aparece em produções que têm o árido como plano de fundo e também na caminhada para a grandeza do bando principal de Saints Row. O que começa com crimes pequenos e um leve incômodo às gangues que já fizeram de Santo Illeso seu lugar, ganha ares cada vez mais grandiosos na medida em que o balanço de forças vai se alterando. E, de acordo com Traficante, a ideia é que a cidade evolua junto e entregue personalidade à jornada, além de servir como elemento central, quase como um quinto jogador.

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Uma longa subida

O Canaltech teve acesso a uma demonstração assistida de gameplay do novo Saints Row, que exibiu o game em diferentes momentos. Primeiro, vimos o que parecia ser uma das missões iniciais do game, com a gangue formada por quatro membros — que pode ser completada por parceiros online ou pela IA (inteligência artificial) — assaltando uma loja de conveniência como forma de conseguir dinheiro para uma conta das mais mundanas: o aluguel.

Não há nada de cotidiano, entretanto, quando o assalto dá errado e se transforma em uma perseguição policial na qual o jogador passa por canais e estradas vicinais, usando também uma das características centrais de Saints Row: as habilidades veiculares. Neste caso, de início, estamos falando de um movimento lateral capaz de jogar as viaturas para fora da pista, gerando grandes explosões que culminam em um momento “massa véio”, no qual uma cutscene mostra a protagonista sendo salva por uma companheira de equipe que, com seu próprio carro, derruba um outdoor sobre os tiras.

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O termo, aliás, é ótimo para definir os diferentes estilos de combate e tiroteio apresentados por Saints Row, que também quer trazer “o sistema de combate mais complexo da franquia”, nas palavras de Traficante. São elementos como habilidades passivas e bizarrices típicas da série, como a possibilidade de deitar no teto do carro para atirar contra os inimigos ou usar pedestres como trampolim durante o uso do wingsuit, que dá mais liberdade na navegação pelos cenários.

Entra em cena também um pouco de estratégia, com alguns destes elementos podendo ser trabalhados pelo jogador para trazer mais vantagem competitiva. É o caso, por exemplo, de outra missão demonstrada ao Canaltech, na qual os Saints invadem o esconderijo de uma gangue adepta das armaduras e do uso do fogo, pedindo, assim, habilidades passivas de resistência e a preferência por armas mais pesadas.

Alguns problemas, entretanto, puderam ser percebidos aqui, como uma queda perceptível na taxa de quadros por segundo quando há muitos personagens na tela e os inimigos "esponja de bala", que reagem pouco mesmo quando recebem disparos na cabeça. Por outro lado, parece existir uma satisfação especial na ideia de que absolutamente tudo contribui para o crescimento da gangue, para o desenvolvimento do personagem e, principalmente, seu status de controle sobre Santo Illeso.

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Para a Volition, isso serve como incentivo para que o jogador explore a cidade e seus diferentes locais, com segredos e trabalhos extras escondidos, assim como as missões secundárias que dão acesso a dinheiro, experiência, roupas, armas ou itens. Há, ainda, um sistema de domínio dos bairros da cidade, envolvendo a criação de empresas de fachada que servem para lavar dinheiro e espantar os rivais.

É o caso, por exemplo, da loja de tunagem de veículos, que quando possuída pelos Saints, reduz o preço de melhorias e dá acesso a novos recursos, e outros tipos de empreitadas criminosas. Ao mesmo tempo, claro, a dominação de distritos chama a atenção dos oponentes e se entremeia à história, levando aos momentos bizarros que são a chave da trama do novo Saints Row.

Subindo com estilo

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Um reflexo direto da dominação de Santo Illeso aparece em outra missão da história, na qual um membro da gangue é sequestrado. Com sangue nos olhos, o jogador decide tirar a informação na marra do oponente, ao melhor estilo Saints Row: o capturando durante o uso de um banheiro químico, que é arrastado pela cidade batendo em construções e outros carros até que o rival decida falar.

Bombas e explosões acompanham o usuário durante toda a missão de resgate, que termina com o refém e o próprio jogador escapando de uma torre usando wingsuits, com a cidade ao fundo. É o tipo de imagem que apenas a geração atual poderia trazer a Saints Row, conforme apontam os desenvolvedores e também um elemento de beleza e loucura que é a chave do DNA desta nova versão.

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Entre minigames clássicos da franquia, como o Mayhem, em que o jogador tem uso liberado de lançadores de foguetes e compete pela maior pontuação possível, e novidades que a Volition faz questão que os jogadores descubram jogando, está um jogo que mostra potencial. A customização e a personalidade são, justamente, a resposta dos produtores para diferenciar Saints Row de tantas outras opções disponíveis no mercado atual e criar uma série tão longeva como a que existiu entre as duas gerações anteriores de consoles.

Está quase na hora de as portas de Santo Illeso se abrirem, já que, segundo Traficante, os times estão atualmente em um processo de polimento do título. Saints Row tem lançamento marcado para 23 de agosto no PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S e Xbox Series X.