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Prévia | Resident Evil 2 é o remake que queremos e merecemos

Por| 03 de Agosto de 2018 às 13h46

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Capcom
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O fervor que Resident Evil 2 causou em seu anúncio durante a E3 deste ano ainda não passou. Ele ainda é um dos jogos mais comentados em redes sociais e vídeos no YouTube, com novos conteúdos como teorias, boatos e notícias de imagens, entrevistas e trailers saindo a todo momento. E, já que o aguardado título esteve presente na WB Games Summit 2018 e o Canaltech foi um dos veículos convidados para o evento que aconteceu na quarta-feira (1º) em São Paulo, nada mais justo do que compartilhar nossas impressões sobre o game.

A demonstração disponível era a mesma da E3 2018, ou seja, os jogadores só podiam testar o trecho inicial da delegacia de polícia na pele de Leon S. Kennedy, que chega à Raccoon City para seu primeiro dia de trabalho e se depara com o mais completo caos, com variados monstros à solta graças a um vírus mortal.

A jogatina já se inicia dentro da delegacia, mas aparentemente é possível passar pela entrada e vasculhar o pátio, apesar de não haver nada nesse trecho – retornar para a cidade, entretanto, é impossível. Na recepção do local, é preciso mexer no computador para que os eventos tenham início. Ao ver o vídeo do policial, uma nova locação é aberta no mapa e Leon poderá rumar para lá.

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A partir daqui, é necessário passar por um corredor avidamente escuro para encontrar o policial e, após a iminente tragédia cuja violência gráfica é capaz de separar homens e mulheres de meninos e meninas, inicia-se o trajeto de volta. E é aqui que as coisas se complicam para os jogadores novatos e veteranos.

Mas antes de comentar este trecho, vale ressaltar como a jogabilidade está robusta e ao mesmo tempo fácil. Leon se movimenta com naturalidade, mas controlá-lo passa uma sensação de peso sendo carregado, só que num bom sentido. Explicando melhor: os comandos lembram um pouco os de Resident Evil 7: Biohazard, com o personagem sendo controlado no analógico esquerdo enquanto o direito movimenta a câmera em cima do ombro (um tanto quanto limitada para dar aquela sensação de claustrofobia).

Os direcionais continuam sendo um menu rápido para as armas e os gatilhos superiores da esquerda são responsáveis pela mira e pela faca. Para atirar ou manejar a lâmina, porém, é preciso apertar apenas o gatilho superior da direita do controle. Entre os botões, há ainda um para ação, outro para o giro em 180º (necessita de um toque rápido no analógico esquerdo) e um último para acessar o menu. O mapa pode ser acessado no touchpad do controle do PlayStation 4.

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Outro detalhe que colabora para a sensação de peso ao controlar Leon é a corrida. Para que o personagem corra, basta dar dois toques no analógico e então segurá-lo. Porém, o policial novato fica tão ofegante correndo que parece que ele não vai aguentar por muito tempo, o que o humaniza e ao mesmo tempo traz um sentimento de carga para a jogatina, com comandos rápidos e precisos, mas com um personagem crível. É possível que Claire e Ada sejam mais rápidas, já que não estão carregando muitos equipamentos e também para dar um contraponto interessante nessa característica.

Voltando ao primeiro encontro com zumbis na demonstração, o retorno para o hall da delegacia se prova um momento bastante impactante. Primeiro porque tudo está escuro e é difícil enxergar para onde estamos indo. E em segundo lugar por conta dos próprios zumbis, que pareciam difíceis, levando de cinco a seis tiros para deitarem definitivamente no chão. Todavia, a passagem por esse trecho é relativamente rápida, e, ao final dela, o jogador é salvo por Marvin, o último dos policiais vivos na delegacia de temos notícia.

Ele explica algumas coisas para Leon, fornece itens e dá pistas do que pode ser explorado a partir dali. Daquele instante em diante, a exploração se resume ao jogador conhecer alguns recursos do game, como o baú (que pareceu ser limitado, inclusive), salvar na máquina de escrever, usar sprays, combinar ervas, combinar pólvoras, como usar a faca de combate, checar portas e marcar os símbolos no mapa, etc. Os puzzles também são fortes protagonistas nesse trecho, e é possível resolver alguns deles, mas o tempo de jogatina era cerca de vinte minutos apenas, então apressar o passo era essencial.

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Caso o jogador consiga avançar bastante, dá para chegar aos andares superiores da delegacia, mas, como muitas passagens e portas estão trancadas, a exploração ficou um tanto limitada e bastante linear. Ainda assim, é gratificante dar uma olhada em como está ficando a icônica delegacia, já que ela realmente foi reformulada. Tudo está lá, igual ao original, só que diferente: modernizado e com algumas novidades. Os itens, inimigos e enigmas foram todos realocados e, portanto, a sensação que fica é a de deja vu; parece que já vimos esse cenário todo antes, só que é tudo novo.

A demonstração acaba obrigatoriamente no reencontro com Marvin no hall da delegacia. Ele avista uma garota nos portões de trás do local e Leon comenta que aquela é Claire, ficando feliz em revê-la, o que dá indícios de que muita coisa já aconteceu até aquele ponto da história. Resta saber agora o que a Capcom irá mostrar a seguir, ou se irá manter um cronograma parecido com o do sétimo jogo principal da série, revelando muito pouco para o público para manter todas as surpresas para quando o game chegar.

Resident Evil 2 parece primoroso. Ele é um verdadeiro remake, ao nível do primeiro, só que com uma repaginada não apenas nas mecânicas e no visual, mas em especial na história. Haverá novos elementos e o universo será expandido aqui, afinal, existem citações a personagens de jogos menos apreciados como o Resident Evil: Outbreak; mas o que exatamente foi adicionado permanece um mistério.

O game chega em 25 de janeiro de 2019 para PC, Xbox One e PlayStation 4 e, segundo a própria Capcom, Resident Evil 2 será totalmente legendado em português.