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9 ports de jogos que chegaram quebrados aos PCs

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Se você é PC gamer, já deve ter se frustrado com algum jogo no lançamento, pelo menos uma vez. Infelizmente, a verdade é que muitos de nós já nos frustramos com vários ports de jogos para PCs e dificilmente isso mudará tão cedo. Alguns chegam em um estado tão quebrado, que simplesmente nos impossibilitam de jogá-lo, já outros são extremamente pesados até para hardware de ponta.

De qualquer forma, nosso desejo como PC gamer é instalar um jogo e rodá-lo em seguida sem muita dificuldade, mas parece que os estúdios se esforçam para entregar o pior port possível, como se existisse algum prêmio para isso. Separamos aqui aqueles títulos que deram verdadeira dor de cabeça aos jogadores dessa plataforma.

1. Batman: Arkham Knight

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Se você jogava em PC há 10 anos, sabe que o lançamento de Batman: Arkham Knight em 2015 foi um marco negativo histórico, a ponto de a Warner Bros. suspender as vendas do jogo na Steam, algo inédito para um título AAA desse calibre.

O port, terceirizado para o estúdio Iron Galaxy, chegou com um limitador de 30 FPS que, mesmo quando desbloqueado via arquivos de configuração, revelava um gerenciamento de memória desastroso, causando "stuttering" agressivo enquanto o jogo tentava fazer o streaming de texturas do HD para a VRAM. Mesmo PCs topo de linha da época, com GeForce GTX 900, lutavam para rodar o jogo.

Hoje, Batman: Arkham Knight roda em qualquer PC moderno, mas isso não é mérito dos desenvolvedores, já que o hardware evoluiu a um ponto em que os bugs são esmagados pela força bruta.

2. The Last of Us Part I

Um grande concorrente ao título de Pior Port de PC da História, The Last of Us Part I chegou em 2023 como um "simulador de compilação de shaders", deixando os usuários esperando horas no menu principal com o processador em 100% de uso antes de conseguir jogar.

A Naughty Dog e a Iron Galaxy (olha ela aí de novo) entregaram um jogo que devorava VRAM sem piedade; placas com 8 GB de memória de vídeo sofriam (minha RX 6600 até chorava) com texturas de baixa qualidade e crashes constantes, já que o jogo tentava alocar mais memória do que o hardware físico possuía, resultando em travamentos constantes e stuttering nos PCs que conseguiam rodá-lo.

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3. Saints Row 2

Provavelmente um dos códigos mais quebrados já lançados para computadores, Saints Row 2 sofre de um erro bizarro onde a velocidade do jogo está atrelada à frequência do processador, especificamente aos 3.2 GHz do Xbox 360, algo que acontecia em jogos da primeira metade da década de 1990!

Em CPUs modernas, que operam em frequências muito superiores, o jogo rodava acelerado, fazendo com que veículos e personagens se movessem em velocidade turbo, tornando a física incontrolável e as missões impossíveis de completar sem modificações da comunidade.

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4. Dark Souls: Prepare to Die Edition

A FromSoftware pode ser genial em design, mas sua estreia no PC foi tecnicamente vergonhosa com a Dark Souls: Prepare to Die Edition. O jogo chegou com a resolução interna travada em 1024x720 pixels, independentemente da resolução que você escolhesse no menu ou da capacidade do seu monitor, resultando em uma imagem borrada e esticada.

Para piorar, o framerate vinha com um hard lock de 30 FPS, e o cursor do mouse permanecia visível na tela durante o gameplay, atrapalhando a imersão. A salvação veio da comunidade, especificamente do modder "Durante", que lançou o famoso DSfix horas após o lançamento, permitindo renderização em resoluções nativas (como 1080p ou 4K) e desbloqueio da taxa de quadros.

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5. NieR: Automata

Durante anos após seu lançamento em 2017, NieR: Automata no PC sofreu com um bug de resolução onde o jogo, em modo tela cheia, renderizava a imagem em uma resolução inferior (esticada) e depois a redimensionava, causando borrões que não deveriam existir em configuração nativa. Além disso, usuários de placas AMD, especificamente da série RX 400/500, enfrentavam o infame "White Screen Crash", que travava completamente o sistema, exigindo rollbacks de drivers antigos para conseguir rodar o game.

A Square Enix ignorou esses problemas por um tempo inaceitável, obrigando os jogadores a dependerem de mods para corrigir a resolução, o framerate e a iluminação global, que consumia recursos desnecessários. Foi apenas anos depois, com o lançamento de uma versão "Game of the YoRHa", que o estúdio finalmente aplicou patches oficiais que deveriam estar presentes no dia um, provando o descaso com a plataforma.

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6. Grand Theft Auto IV

Antes de GTA V rodar até em torradeiras, a Rockstar entregou em 2008 um dos ports mais mal otimizados da história com GTA IV. O jogo exigia um processador quad-core para rodar de forma aceitável em uma época em que dual-cores eram o padrão, e mesmo em hardware entusiasta, sofria com stuttering constantes e vazamentos de memória.

A falta de opções gráficas escaláveis significava que as configurações "High" eram projetadas para hardwares que ainda nem existiam, resultando em performance horrível nas placas da época como a série GeForce 8800. Até hoje, rodar GTA IV em sistemas modernos requer o uso de patches da comunidade, caso contrário, o jogo continua apresentando engasgos inexplicáveis mesmo em uma RTX 50, pro exemplo.

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7. Resident Evil 4 (2007)

Esqueça o excelente remake ou a versão HD: o port original de Resident Evil 4 lançado, pela Ubisoft (tinha que ser ela) em 2007, é uma aula de como não trazer um jogo de console para o PC. O título chegou sem suporte a mouse para mirar, obrigando os jogadores a usarem apenas o teclado para controlar Leon, o que transformava a jogabilidade precisa em um exercício de frustração.

Além disso, toda a iluminação dinâmica e os efeitos de sombra presentes no GameCube e PS2 foram removidos, deixando o visual sem detalhes, lavado e graficamente inferior às versões de console. Para piorar a situação, as cutscenes não eram renderizadas em tempo real, mas sim arquivos de vídeo pré-gravados em baixa resolução e com compressão horrível, destoando completamente do gameplay.

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8. Need for Speed Rivals

A Electronic Arts cometeu um grave erro em port de jogos para PC com Need for Speed Rivals: atrelar a física do jogo diretamente à taxa de quadros. O título vinha travado em 30 FPS por padrão, o que já é inaceitável para um jogo de corrida arcade no PC.

Porém, a "solução" dos jogadores — desbloquear o framerate via comandos de inicialização — revelava o verdadeiro horror: ao rodar a 60 FPS, o jogo rodava literalmente em dobro da velocidade, tornando os carros incontroláveis (como mostra o vídeo abaixo).

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9. Cyberpunk 2077

Embora o desastre nos consoles tenha dominado as notícias em 2020, o lançamento de Cyberpunk 2077 no PC foi tudo, menos tranquilo. O jogo chegou infestado de bugs que quebravam a imersão, desde NPCs em "T-pose" e carros voadores até falhas críticas em scripts de missões que impediam o progresso. A otimização era inexistente e o jogo foi um dos primeiros a tornar o uso de upscaling (DLSS) praticamente obrigatório, já que rodar em resolução nativa com Ray Tracing era uma tarefa impossível até para a então toda-poderosa RTX 3090.

Além dos problemas de performance, a REDengine demonstrava instabilidade, com crashes aleatórios e um uso ineficiente de processadores com muitos núcleos. Foi preciso mais de dois anos de patches, incluindo uma reformulação completa do sistema de polícia e da árvore de habilidades na versão 2.0, para que o jogo finalmente entregasse a promessa técnica que foi vendida, deixando para trás um rastro de desconfiança.

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Esses ports para PC foram marcantes por serem muito ruins, mas todos eles ainda são antes do uso massivo da Unreal Engine 5, que trouxe ainda mais jogos problemáticos para os PCs gamers. Mas, por enquanto, eles não superam essa lista:

  1. Batman: Arkham Knight
  2. The Last of Us Part I
  3. Saints Row 2
  4. Dark Souls: Prepare to Die Edition
  5. NieR: Automata
  6. Grand Theft Auto IV
  7. Resident Evil 4 (2007)
  8. Need for Speed Rivals
  9. Cyberpunk 2077

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