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No mobile, Nintendo quer adotar formato ‘free to start’

Por| 06 de Julho de 2015 às 09h50

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Mesmo sem uma data de lançamento confirmada, o anúncio de Pokémon Shuffle para iOS e Android despertou a curiosidade de todo mundo exatamente por ser a tão esperada entrada da Nintendo no mundo mobile. No entanto, mais do que determinar sua chegada nesse segmento, o anúncio também revelou outro detalhe igualmente interessante: seus lançamentos nessa plataforma serão gratuitos.

Apesar da empresa nunca ter comentado muito sobre seus planos no meio mobile, o CEO comentou um pouco de a estratégia para essa nova investida durante uma conversa com acionistas da Big N. Segundo Satoru Iwata, a ideia é se afastar do formato free-to-play que já ganhou uma conotação negativa entre os jogadores e adotar o chamado "free to start". Mas o que isso significa?

Em termos práticos, quase não há diferença entre o velho free-to-play com o que é proposto pela Nintendo. O ponto é que, ao invés de trazer limitações de recursos — ou vidas, como acontece na maioria dos títulos que adotam esse modelo —, a companhia optou por criar uma espécie de barreira para a própria progressão. Assim, caso você queira avançar, será preciso pagar por ele. Em outras palavras, é como se você baixasse uma demo e tivesse de comprar o restante do game.

Para Iwata, essa diferenciação é importante para que o jogador não se sinta enganado quando precisar comprar moedas e outros benefícios dentro do game. Segundo ele, o free-to-play ou freemium são famosos pela baixa qualidade e a Nintendo quer evitar que isso afete seus jogos, preferindo uma denominação diferente para dizer quase a mesma coisa.

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Só que isso não é uma exclusividade da Casa do Mario. Outra japonesa que veio dos videogames já tinha adotado esse formato há algum tempo. Vários jogos da Capcom para mobile, como Phoenix Wright e Ghost Trick, por exemplo, já haviam adotado esse formato free to start, oferecendo os primeiros capítulos gratuitos, mas só liberando o restante da história a partir da venda de seus capítulos.

Por outro lado, a empresa não quer seguir o modelo de vendas por achar que isso tem o mesmo apelo entre o usuário, principalmente se lembrarmos que os títulos da Square Enix, por exemplo, chegaram ao iOS e Android por um preço bem salgado em relação ao que estamos acostumados a ver nestas plataformas.

Apesar de tudo, não podemos dizer que essa iniciativa da Nintendo é uma surpresa. Primeiro porque o próprio Pokémon Shuffle foi lançado no 3DS já com essa proposta e outra porque a empresa já havia deixado mais do que claro seus planos ao abraçar também o mercado mobile.

Fonte: Gamasutra, SlashGear