Microsoft lança novas formas de monetização para canais do Mixer
Por Felipe Demartini | 06 de Novembro de 2018 às 09h52
Com seu próprio sistema de streaming para jogos, o Mixer, a Microsoft não esconde sua intenção de se tornar uma voz ativa nesse segmento, fazendo frente ao YouTube e Twitch. Nesta semana, a empresa anunciou o que está chamando de “segunda temporada” do serviço, introduzindo duas novas formas de monetização e geração de receita para os donos de canais, de forma a tornar seu serviço mais atrativo aos criadores de conteúdo.
São dois os caminhos possíveis para ganhar dinheiro com o Mixer e o primeiro envolve os Sparks, a moeda virtual que já existe no serviço desde o começo do ano. Ela pode ser obtida por usuários que assistirem ou realizarem transmissões, a uma razão de duas unidades por minuto, e é utilizada para aquisição de stickers e efeitos no chat dos streamings, gerando novas maneiras de interação entre a comunidade.
A diferença é que, agora, ao incentivar essa conversa, o criador de conteúdo também ganha. Uma tabela padrão converterá a utilização de Sparks em dinheiro, enquanto eventos sazonais poderão ampliar esses ganhos ou gerar bônus extras em casos específicos, aumentando a renda de acordo com a utilização de um sticker ou efeito específico, por exemplo.
Na imagem de divulgação publicada pela Microsoft, por exemplo, o criador recebe US$ 1 a cada 2.500 Sparks investidos no canal, com US$ 3 adicionais ao chegar em 12.500 e 25.000, e US$ 8 na marca dos 100.000. Para se ter uma noção, os stickers do chat custam de 100 a 500 unidades, em média, o que torna os números não tão absurdos assim. Para a empresa, como se trata de uma unidade gratuita, os usuários podem se sentir mais impelidos a contribuírem, aumentando a renda dos donos dos canais.
Os stickers e efeitos, chamados de “Habilidades”, também serão atualizados periodicamente, em outra forma encontrada pela Microsoft para incentivar o uso e a interação. Nos exemplos exibidos pela empresa, algumas possibilidades são a detonação de fogos de artifício para simbolizar doações ou bolas de praia que ficam saltando pela tela em comemoração a um momento interessante do jogo.
Já a segunda moeda do Mixer, a Ember, ainda não foi lançada, mas funciona de forma semelhante às Bits do Twitch. Compradas com dinheiro de verdade, as unidades servem para habilitar stickers e efeitos exclusivos no chat das transmissões, com tais interações funcionando como uma espécie de doação aos criadores de conteúdo.
A doação também está ligada às metas de Sparks, podendo servir para ajudar o dono de um canal a atingir mais rapidamente suas metas de ganhos em um evento, principalmente. Novamente, em uma imagem de divulgação, a Microsoft exibiu os valores, que vão de US$ 1 por 69 Embers até US$ 50 por 3.499 unidades.
A todo momento, os espectadores poderão conhecer o status da meta de Embers de um criador, enquanto um sistema de progressão no perfil dos próprios usuários demonstra o quanto eles já doaram para a comunidade. Assim, a ideia é que, na vontade de evoluir suas contas, os espectadores se sintam incentivados a utilizarem as moedas virtuais e doarem aos criadores. Na teoria, pelo menos, todos saem ganhando.
Junto com as novidades, a Microsoft também lança novos padrões e protocolos para transmissão, além de um sistema automático de mudança de bitrate de acordo com a conexão de criadores e espectadores, tudo para tornar a experiência de assistir mais veloz e com menos esperas para carregamento. Usuários também poderão reportar problemas de visualização ou questões relacionadas ao vídeo, compondo um relatório que permitirá à empresa abordar as questões mais comuns.
Oficialmente, a segunda temporada do Mixer começou na última semana, apesar de alguns de seus recursos, nos bastidores e também o sistema de monetização baseado em Embers, ainda não estarem disponíveis. A previsão é que o lançamento do recurso aconteça em breve.
Fonte: Microsoft