FIFA cobra R$ 5,5 bilhões para EA usar marca nos jogos
Por Lucas Arraz • Editado por Bruna Penilhas |

Após décadas de parceria, a EA parece estar disposta a seguir com seus jogos de futebol sem a marca FIFA. O motivo seria o valor cobrado pela organização mundial do esporte. Uma reportagem do The New York Times revelou que a FIFA pede mais de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5,5 bilhões em conversão direta, para continuar o contrato de licenciamento da marca.
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O preço dobra o que foi pago pela EA atualmente e levou a desenvolvedora da Califórnia a divulgar um comunicado declarando que está pensando em aposentar a marca FIFA nos videogames. O estúdio planeja continuar lançando os simuladores de futebol com um novo nome e já registrou a marca EA Sports FC.
As vendas da franquia, que ganha uma edição atualizada a cada ano, ultrapassaram US$ 20 bilhões nas últimas duas décadas, cerca de R$ 110 bilhões na cotação atual. A FIFA teria lucrado cerca de US $ 150 milhões por ano com os lançamentos, se tornando o contrato comercial mais valioso da organização.
O fim do casamento entre FIFA e EA não é apenas sobre dinheiro. Segundo o The New York Times, as negociações foram paralisadas porque a empresa e a entidade não chegaram a um acordo sobre outros direitos de exclusividade ligados à marca.
A FIFA quer limitar os direitos de exploração do contrato com a EA, muito provavelmente em um esforço para buscar novas fontes de receita para os direitos que possui. Enquanto isso, a EA Sports afirma que a empresa deveria ter permissão para explorar financeiramente outros empreendimentos dentro do ecossistema da marca, incluindo torneios de videogame de arena e produtos digitais, como NFTs.
A licença da FIFA concede a EA Sports o uso do nome e logotipo da organização e os direitos da Copa do Mundo de futebol. Para a FIFA, uma ruptura com a EA e a perda dos pagamentos de licenciamento de nove dígitos podem ameaçar algumas das inovações propostas pelo presidente da entidade, Gianni Infantino.
A organização busca levantar até US$ 2 bilhões para financiar um novo formato para Copa do Mundo, maior e com mais clubes, e em uma frequência também maior, ocorrendo a cada dois anos.
Fonte: The New York Times