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Preview | Dawn of Ragnarök intensifica fórmula de Assassin's Creed Valhalla

Por| Editado por Bruna Penilhas | 10 de Fevereiro de 2022 às 14h00

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Divulgação/Ubisoft
Divulgação/Ubisoft

Dawn of Ragnarök, futuro conteúdo inédito para Assassin's Creed Valhalla, foi intitulado pela Ubisoft como "a expansão mais ambiciosa da franquia até hoje". Esse título não vem por acaso. A novidade trará mais de 30 horas de gameplay para o jogo lançado em 2020, com a missão de mergulhar ainda mais na cultura viking, mas sem deixar de ser uma aventura Assassin's Creed.

A convite da Ubisoft, o Canaltech assistiu a duas sessões de jogabilidade da nova expansão, prevista para chegar a todas as plataformas em 10 de março, e entrevistou o diretor do DLC, Georgi Popov.

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A porção do jogo mostrada na apresentação parece cumprir a promessa da Ubisoft de que Dawn of Ragnarök avança significativamente em inovações de mecânicas, profundidade da história e no combate. Tudo isso, sem abandonar a essência de Valhalla e da própria franquia.

Na trama, vamos acompanhar Eivor decidindo aceitar o destino como Odin e entrando em Svartalfheim. O belo, mas hostil mundo mítico dos anões, será introduzido em Valhalla durante uma invasão. Controlando Odin, o jogador terá a missão desesperada de resgatar o filho Baldur, feito prisioneiro.

“A cultura nórdica é absolutamente vasta e muito difícil de ser mensurada. As crenças das pessoas eram tão sólidas na cultura que seria impossível não dar atenção a esses mitos na nossa segunda expansão. Em Dawn of Ragnarök, queríamos dar mais espaço para as histórias nórdicas e fazer isso de forma justa, como algo grandioso com uma jogabilidade única”, falou Georgi Popov ao Canaltech.

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Assassin's Creed: Simulador de Pai Triste

Para equilibrar a balança e entregar ao jogador o controle de um Deus, mantendo a dificuldade e a história com um tom palatável de urgência, Odin de Dawn of Ragnarök enfrentará um problema humano e inimigos igualmente poderosos.

Sim, a expansão de Valhalla é essencialmente um simulador de pai triste e foi muito interessante acompanhar trechos da história que apresentavam Odin, uma das figuras mais poderosas da cultura viking, em uma faceta mais sóbria. Em algumas cenas mostradas, o protagonista tem que negociar informações e parece tomar atitudes desesperadas para salvar o filho.

Na cruzada para salvar Baldur, Odin enfrentará os Jornais, monstros de gelo de Jotunheim, e os Muspels, novos adversários de fogo de Muspelheim. No comando deste exército inimigos está Surtr, um gigante de fogo que não pode ser morto.

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Os adversários vão apresentar uma grande variedade de arquétipos, mas igualmente poderosos. Batalhar contra os Muspels de fogo, por exemplo, causa uma verdadeira explosão nos cenários, exigindo máxima atenção dos jogadores, mesmo no controle de uma divindade. Durante o gameplay guiado, o diretor Georgi Popov classificou as lutas de Dawn of Ragnarök como as mais exigentes e estratégicas apresentadas até agora em Valhalla.

Combate em Dawn of Ragnarök

O jogador que dominou a arte de lutar em Valhalla, precisará aprender novos truques durante a jornada em Svartalfheim. Entre as mecânicas de combate adicionais, Odin poderá absorver habilidades de inimigos derrotados e utilizar poderes consumíveis, que são perdidos após a ativação.

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Entre esses poderes estão ações mais agressivas, como golpes elementais fortes, mas também opções para jogadores que preferem a furtividade e a estratégia, com a possibilidade de transformar o protagonista em um corvo assassino ou ressuscitar inimigos para lutar ao lado do jogador.

“Queríamos refrescar a experiência de Valhalla a ponto da jogabilidade parecer distinta do jogo base em alguns momentos. Foi desafiador equilibrar essas mudanças no combate, para ele parecer único, mas ao mesmo tempo consistente com o que nossos jogadores aprenderam a amar até aqui”, descreveu Popov.

“Em Dawn of Ragnarök, enfrentaremos inimigos poderosos, o que levará a batalhas para situações em que constantemente será necessário o jogador prestar atenção na posição que ocupa e nas ações ofensivas e defensivas”, continuou o diretor.

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Unindo a ideia de dar continuidade a jornada de Eivor, mas apresentando novidades consistentes, Dawn of Ragnarök deixará que jogadores elevem armas adquiridas ao longo da campanha principal para os patamares inéditos de divindade.

O arsenal ainda ganha peças inspiradas em mitos vikings e a possibilidade de serem transformadas em gelo para desferir ataques devastadores. “Os novos elementos adaptam o combate e fazem ele parecer diferente, sem fundamentalmente alterar as mecânicas que funcionaram em Valhalla”, afirma Popov.

Odin conta com poderes criativos e limitados

É interessante a reviravolta no combate e exploração causada pelo carácter temporário de cada poder mostrado na demonstração de Dawn of Ragnarök. De forma criativa, a mecânica que poderia parecer impositiva, faz o jogador pensar muito bem e planejar quando utilizará cada poder que recolheu, seja o escudo de magma ou a possibilidade de fugir de uma situação perigosa como uma águia.

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Vale um destaque para a habilidade de transformar Odin em águia, que além de combativa, deve agradar os jogadores que gostam de caçar tesouros nos mapas da série da Ubisoft. Controlando o animal, é possível, momentaneamente, ter uma melhor visão de pontos de interesse, além de aproveitar as estonteantes paisagens compostas por vegetação e picos dourados.

Um Assassin's Creed diferente, mas ainda um Assassin's Creed

Apesar de Dawn of Ragnarök afastar-se do clima mais sóbrio da série que costuma acompanhar eventos históricos, a expansão ainda se preocupa muito em ser um jogo Assassin’s Creed.

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A DLC abraça novamente a jogabilidade mista da franquia, ainda sendo possível aproveitar a estadia em Svartalfheim com uma abordagem focada em exploração, eliminações furtivas ou em uma atitude mais combativa, mas estratégica. É curioso, mas Odin conta com poderes para infiltrar-se na terra dos anões como qualquer outro protagonista de jogos anteriores — com direito até a capuz.

Popov defendeu que o mergulho em um lado mais místico no conteúdo a ser lançado, não necessariamente significa uma descaracterização. A ideia é que Dawn of Ragnarök funcione como um Assassin's Creed dentro da mitologia nórdica e não o contrário.

“Nos preocupamos em honrar jogadores veteranos, ao mesmo tempo que criamos novos desafios. Se o jogador ficou muito bom em jogar Valhalla, ele ainda pode fazer tudo que fazia em Dawn of Ragnarök, mas de novas formas”, argumentou o diretor.

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Valkyrie Arena e um conteúdo competitivo para Valhalla

Uma das maiores novidades será o palco de combates Valkyrie Arena. A apresentação da expansão para imprensa não revelou mais detalhes do coliseu focado no desafio de enfrentar personagens de Valhalla, mas o diretor compartilhou suas expectativas para o espaço:

“Quem adorar os aspectos de combate de Valhalla vai poder provar que é o melhor combatente na Valkyrie Arena. É um lugar para jogadores se colocarem fora da zona de conforto e explorar todas as mecânicas de luta e estratégia. Imagino que amigos vão competir para ver quem se sai melhor nos desafios e espero que isso gere histórias pessoais de como vencê-los."

O que esperar de Assassin's Creed Valhalla: Dawn of Ragnarök?

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Jogos ambientados na mitologia nórdica sempre foram um sucesso de público e estão mais populares do que nunca. God of War, Valheim e Tribes of Midgard são apenas alguns dos exemplos do panteão das adaptações que Valhalla irá se aproximar com a expansão Dawn of Ragnarok.

Apesar de se aproximar desses outros jogos em temática, o conteúdo inédito de Assassin's Creed mostrou ter o suficiente para reafirmar que tem personalidade própria. As mecânicas pensadas para adaptar a realidade mais lúdica dos mitos para o funcionamento de um jogo da franquia é promissor, com destaque para o uso limitado e estratégico de diferentes poderes absorvido de inimigos.

Ao mesmo tempo que o jogador controla o todo poderoso Odin, o desafio nos combates parece estar nivelado ao enfrentado por outros protagonistas de AC. A possibilidade de utilizar diferentes abordagens de gameplay se junta a poderes criativos e de uso limitado, para colocar Dawn of Ragnarok em pé de igualdade com outras aventuras Assassin's Creed.

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O jogo também parece amadurecer, ainda mais, toda a linha de RPG que a Ubisoft adotou na franquia em Origins, com diferentes armas que fazem diferença na mão do jogador, árvore de habilidades e relacionamentos e diálogos ramificados com NPCs (personagens não jogáveis).

Para quem gosta da nova fase de Assassin's Creed e aproveitou todos os conteúdos de Valhalla, Dawn of Ragnarök serve novamente um banquete. Para quem busca novidades na fórmula, ideias inéditas parecem não faltar. Se eu fosse o Kratos, ficaria preocupado com o quanto Dawn of Ragnarök pode dominar a mitologia nórdica na cabeça dos jogadores.

Assassin's Creed Valhalla está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series e PC. A expansão Dawn of Ragnarök estreia em todas essas plataformas em 10 de março de 2022. Não será necessário terminar a campanha do jogo base para acessar o novo conteúdo. Toda a história de Dawn of Ragnarök é liberada logo no começo de Valhalla.