Criador do PlayStation critica o metaverso
Por Lucas Arraz • Editado por Bruna Penilhas |

Inventor do PlayStation, Ken Kutaragi questionou a proposta do metaverso em entrevista ao Bloomberg News. Kutaragi criticou movimentos e ideias de empresas como Facebook, que promovem o conceito como uma forma de conectar as pessoas. Segundo o inventor, o uso de fones de ouvido e óculos VR para interagir no metaverso “isolam usuários do mundo real”.
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“Estar no mundo real é muito importante. O metaverso é tornar algo quase real no mundo virtual. Não vejo sentido em fazer isso”, disse Kutaragi. "Você prefere ser um avatar polido em vez do seu verdadeiro eu? Isso não é essencialmente diferente de sites de mensagens anônimas”, completou.
Como alternativa ao Metaverso, Kutaragi defendeu o trabalho de sua empresa, a start-up Ascent. O projetista acredita que a robótica avançada será capaz de “misturar o mundo real com o ciberespaço de uma maneira perfeita e sem gadgets, semelhante aos hologramas de Star Wars.
Bastante famosa em jogos como Second Life, Fortnite, Minecraft, Roblox e filmes de ficção científica como Matrix e Jogador Nº 1, a palavra metaverso apareceu pela primeira vez no livro Snow Crash, escrito por Neal Stephenson, em 1992. Desde então, o conceito avançou bastante e se incorporou à realidade tecnológica.
“O metaverso é um mundo 3D virtual compartilhado, ou mundos que são interativos, imersivos e colaborativos. Assim como o universo físico é uma coleção de mundos conectados no espaço, o metaverso também pode ser considerado um aglomerado de mundos”, explicou o gerente de marketing da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina Marcelo Pontieri. “Em breve, o conceito se tornará uma plataforma que não está vinculada a nenhuma aplicação ou lugar único, digital ou real. É como se criássemos outra realidade e outro mundo que pode ser tão rico quanto o mundo real”.
Fonte: ComicBook