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O metaverso do Facebook é extremamente preocupante, alerta ex-funcionária

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 11 de Novembro de 2021 às 15h13

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Divulgação/Facebook
Divulgação/Facebook
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O Facebookpode ter mudado de nome, mas ele ainda é o Facebook e, para a denunciante e ex-funcionária da empresa Frances Haugen, deixar o metaverso nas mãos da companhia de Mark Zuckerberg é bastante preocupante. De frente para o parlamento francês, a executiva se diz “extremamente preocupada” sobre a nova plataforma construída pela gigante da internet.

Segundo Haugen, a Meta (novo nome da empresa que controla Facebook, Instagram e WhatsApp) quer “encher o ambiente de sensores, microfones e vários outros meios para monitorar pessoas” — e o apoio de outras companhias nessa empreitada, como a colaboração da Microsoft, agravaria o problema ainda mais.

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“Imagine que você trabalhe em casa e seu empregador decida ‘eu quero ser uma empresa do metaverso'. Assim, você não poderia escolher se o Facebook pode espionar você ou não, tal qual faz na vida pessoal”, pontuou a ex-funcionária.

Empresas já fazem isso

Embora o nome “metaverso” esteja em alta como uma promessa, a entrega de dados para grandes companhias já acontece no trabalho remoto há tempos. Ao adotar uma plataforma como Workspace (Google), Microsoft Teams ou Workplace (Facebook), tanto a empresa quanto os funcionários estão sujeitos aos termos de uso da plataforma — e normalmente não há opção para o funcionário senão participar.

Ter o metaverso incluído no pacote só incrementaria a importância desses serviços para o home office. Usuários talvez tenham a obrigação de ter “presença virtual” diária na empresa para cumprir horários ou participar de reuniões, por exemplo — isso sem mencionar a questão sobre dados e privacidade, o que torna a situação ainda mais complexa, já que o escritório passa a ser no ambiente pessoal do trabalhador.

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Quem é Frances Haugen?

Há semanas, Frances Haugen tomou os holofotes da mídia internacional ao fazer uma série de denúncias contra o Facebook. A ex-funcionária acusa a companhia de priorizar lucro acima da saúde mental dos próprios usuários e até pediu que Mark Zuckerberg renunciasse ao cargo de CEO.

A exposição da companhia culminou no que hoje é conhecido como “Facebook Papers”, um conjunto de documentos vazados para um consórcio internacional de veículos de imprensa que contempla o Wall Street Journal, New York Times, Le Monde, The Guardian e Estadão.

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Foi a partir destes documentos que se constatou que conteúdo sobre política seria a principal fonte de desinformação do Facebook. A própria rede social teria chegado a essa conclusão a partir de estudos em sete países — incluindo o Brasil. Cerca de 60% dos entrevistados em solo brasileiro teriam apontado a plataforma como fonte principal de desinformação.

Fonte: Gadgets 360