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Review FIFA 23 | Um “feijão com arroz” incrementado

Por| Editado por Bruna Penilhas | 27 de Setembro de 2022 às 18h15

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Review FIFA 23 |  Um “feijão com arroz” incrementado
Review FIFA 23 | Um “feijão com arroz” incrementado

FIFA 23 está entre nós e você, fã de futebol no videogame, deve estar se perguntando se a edição deste ano dá um salto em relação à anterior ou se é apenas mais do mesmo. Respondendo rapidamente a essa questão, sim e não, como basicamente toda nova edição de FIFA.

O jogo traz uma nova tecnologia de movimentação que promete renovar a forma com a qual você joga o futebol eletrônico, tem uma grande novidade no Ultimate Team, mas não passa aquela sensação de uma grande mudança se você estava jogando o FIFA 22. Quem pula do FIFA 21 ou de alguma edição anterior deve sentir mais a mudança, o que, convenhamos, não é novidade e é até esperado dado o nível altíssimo alcançado pela Electronic Arts a cada lançamento.

Mas será que FIFA 23 vale o investimento? É o que descobriremos nas próximas linhas.

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Simulador com pitada de arcade?

FIFA sempre se diferenciou de Pro Evolution Soccer/Winning Eleven/eFootball por ter uma pegada mais de simulador do que de arcade. Este ano, porém, ao dar os primeiros passos dentro do jogo, parece que houve um passo em direção a um mix muito funcional das duas modalidades.

Não que FIFA 23 tenha abandonado a pegada de simulação, mas o “jeitão” do game em 2022 está com uma pegada que em alguns momentos lembra os últimos lançamentos do rival da Konami. Longe de ser um ponto negativo, isso acaba por reforçar a posição do FIFA como um game capaz de agradar diferentes públicos sem deixar de lado a parte mais técnica e elaborada de dribles.

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Hypermotion 2: a grande estrela em campo

Sem dúvida, após jogar a primeira partida em FIFA 23 (especialmente com um time mais qualificado), você vai perceber como o jogo está mais inteligente e realista. A EA Sports prometeu recursos avançados nesse sentido graças à captura de movimento em partidas reais e isso realmente faz diferença.

É possível reparar a novidade não apenas na movimentação dos atletas que você controla, mais realistas e fidedignas do que nunca, mas também nos bonecos controlados pela máquina. A movimentação do time é mais coerente e as jogadas manjadas acabam menos evidentes — aqui, vale a ressalva de que “cacoetes” do jogo invariavelmente devem aparecer conforme horas e horas de jogo são acumuladas por todos os gamers.

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Inicialmente, a nova tecnologia de movimento e inteligência até causa um pouco de espanto, mas tudo flui bem e, na prática, funciona tal qual o jogo do ano passado. É notória a evolução, mas não há uma grande curva de aprendizado, garantindo a adaptação rápida para quem já conhece a franquia e para quem está chegando agora.

O futebol feminino não ficou fora da renovação e segue evoluindo de um jeito legal e único dentro da franquia. No FIFA 23, as novas animações e algumas especificidades do esporte praticado pelas mulheres estão aqui e tornam a experiência mais realista. Mais uma vez, ponto para a EA Sports pelo cuidado.

O segredo da bola parada

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Confesso que, a princípio, a nova forma de cobrar faltas e escanteios me incomodou um pouco, mas isso acabou se mostrando mais um ranço gratuito da minha parte do que um problema da plataforma em si. No FIFA 23 está mais fácil executar essas cobranças graças a um novo método que permite escolher exatamente o ponto da bola em que o pé do atleta vai bater na hora da cobrança.

Isso, que é identificado na tela e conta com uma linha auxiliar que indica a direção que a bola deve tomar, dá mais poder ao jogador na hora de executar a cobrança. Claro que jogadores com mais habilidade (no controle, no caso, não os atletas em campo) conseguirão tirar mais proveito disso, mas a mecânica é amigável e não deve demorar para ser compreendida por qualquer pessoa.

Aqui, vale destacar que os gols de cabeça estão mais complexos de serem executados novamente, o que pessoalmente eu acho interessante porque torna menos aleatório o ato de tomar um gol de cabeça. Com algum treino, e também contando com a sorte, qualquer um poderá executar cobranças de escanteio perfeitas.

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O ponto alto da renovação das bolas paradas de FIFA 23, porém, está nos pênaltis. Sai aquele mecanismo bizarro de posicionar um círculo no gol na hora de bater um penal, entra um sistema no qual você direciona o analógico e precisa apertar o botão de chute no momento exato em que um círculo se fecha em torno da bola.

Isso torna as cobranças de pênaltis mais simples, especialmente se você tem um bom cobrador no seu time, mas não torna a coisa desleal para os goleiros, que tentam defender por meio da movimentação do analógico direito do controle.

FUT: Química renovada

A grande novidade do FIFA Ultimate Team (FUT), carro-chefe do game da EA Sports, está na química renovada. Agora, em vez de ligações que variam entre três cores apenas entre atletas adjacentes para definir o nível de encaixe de um jogador no time, o jogo leva em conta a presença geral no time de jogadores de um mesmo time, país e/ou liga.

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O entrosamento de cada atleta vai de zero a três, logo o entrosamento geral do time vai de zero a 33. Tudo está mais visual, apesar de parecer confuso no início — essa talvez seja a maior curva de aprendizado do FIFA 23 em relação ao FIFA 22 —, mas não é difícil de entender como tudo funciona.

Uma parte ruim aqui é que jogadores colocados em posições próximas às identificadas no seu card (como um volante de meia central ou um lateral de ala) agora não são compensadas pelo entrosamento geral. Isso também interfere no bônus de pontuação dos jogadores, o que não é um ponto negativo, pois torna tudo mais desafiador, mas pode ser um tanto menos divertido.

Conclusão

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FIFA 23 consegue renovar uma parte que já pedia por alternativas mais compreensíveis, como é o caso das novidades do FUT, além de melhorar aspectos básicos do jogo, como inteligência artificial e movimentação dos atletas.

Visualmente, o jogo está impecável, especialmente quando falamos dos atletas mais famosos de grandes times. A parte negativa segue sendo a discrepância enorme de desempenho entre times como Manchester City, Bayern de Munique e PSG na comparação com times dos continente americano.

Obviamente que na vida real essa diferença existe, mas, no game, quando você manda a campo um clássico entre River Plate e Boca Juniors logo depois de jogar um Barcelona e Real Madrid, por exemplo, sente como é gritante a diferença em termos de mobilidade e velocidade dos atletas. Isso não inviabiliza o jogo, mas também deixa a experiência bem menos interessante para quem busca se divertir com times menos óbvios, digamos assim.

O saldo geral, entretanto, é positivo, mesmo que jogadores do FIFA 22 não sintam uma profunda diferença ao experimentar a edição deste ano. FIFA 23 parece um "feijão com arroz" incrementado, ou seja, nenhuma revolução em relação à versão do ano passado, mas com retoques que deixam a jogatina mais divertida e precisa, o que é bem positivo.

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Vale citar que a EA Sports lançará DLCs gratuitos com a Copa do Mundo masculina de 2022 e a Copa do Mundo feminina de 2023 para ampliar a jogatina, dois pontos muito positivos. Assim, FIFA 23 chega mostrando que ainda tem muita lenha para queimar, especialmente para quem joga no PC e em consoles de nova geração.

Se vale a pena? Aí vai do seu bolso. Se você está lendo este texto em setembro de 2022, quando ele foi publicado, a resposta imediata é: não, salvo você seja um grande entusiasta ou jogador profissional. As cópias de FIFA 23 tem valores partindo de R$ 300, o que, convenhamos, não é nada convidativo.

FIFA 23está disponível para Xbox Series XXbox Series SXbox OnePlayStation 5PlayStation 4 e PC. No Canaltech, o jogo foi testado no PlayStation 5 em cópia gentilmente cedida para análise pela Electronic Arts.