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Análise | Stardew Valley no Switch é prova de grande potencial com port malfeito

Por| 04 de Junho de 2019 às 13h17

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Wagner Wakka/Canaltech
Wagner Wakka/Canaltech

Quando Stardew Valley foi lançado em 2016 para consoles e PC, foi extremamente bem-recebido pela crítica. Ele remonta, de forma muito competente e até carismática, à época de jogos como Harvest Moon.

Neste game criado por Eric Barone, você é colocado na pele de um personagem que, vivendo em um emprego qualquer, recebe uma fazenda de seu falecido avô como herança. É aí que, junto com esta pixelada criatura, o jogador precisa descobrir como se vive em uma fazenda.

A beleza de Stardew Valley é exatamente o aprendizado constante. Saber plantar, colher, criar um vínculo com aquela comunidade em volta da sua fazendo com os mais variados nomes é realmente gostoso e apaixonante.

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Ciclos

Um dos pontos principais de Stardew Valley é que ele é um jogo lento e que requer dedicação. Assim como se ter uma horta em casa, não é do dia para a noite que você poderá expor um belo jardim para lhe adornar o fundo de casa.

Ele conta com um sistema de dias nos quais você pode regar seus pés de variados tipos de plantas, legumes, sementes e afins. A cada dia, ele mostra o quanto você ganhou em dinheiro e evoluiu em sua relação com cada um dos moradores do ambiente em volta de sua fazenda.

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Tendo um sistema de ciclos, isso faz Stardew Valley o jogo ideal para se ter em um console como o Switch. O título não pede muito empenho de você e constante lembrança mecânica que não lhe permita, vez ou outra, simplesmente desligar o console e continuar outra hora.

Assim, ele chega como um título que poderia ser perfeito para o Switch. Aquele jogo que você pega um pouquinho, curte uns bons cinco minutinhos enquanto espera uma fila de banco, ou a série começar ou qualquer outra ação rápida.

O sistema de ciclos é quase um convite para impor um limite e ter uma relação saudável no console para uma duradoura jornada em Stardew Valley. Não parece perfeito?

Quase lá

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Stardew Valley tem um potencial incrível para ser um jogo perfeito para um console como Switch. Contudo, a falta de investimentos ou até braços para desenvolver o título para a plataforma fazem com que isso chegue somente à página 2.

Veja bem, o game conta com um sistema de escolha de itens em um menu para eles serem usados ou colocados nos locais indicados. Assim, sempre é preciso utilizar uma seta para ir até a barra superior de itens e selecionar o que o jogador quer.

Isso, de cara, já denota como Stardew Valley foi produzido pensando na dinâmica de PCs. A própria permanência de uma seta nos menus revela que o desenho para experiência do usuário não permeou inicialmente consoles.

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A solução para isso tanto no PlayStation 4 quanto no Xbox One (ambos também lançados depois da versão de PC) foi usar os botões de gatilho para escolha de itens selecionados no menu. O mecanismo funciona e agiliza o processo, já que é possível movimentar o personagem enquanto você já seleciona os itens que pode usar.

O mesmo acontece aqui no Switch com os botões R e L. Ainda é possível, com o analógico direito, habilitar a seta (mais uma vez o resquício da influência de PC) para selecionar o que você quiser pelo mapa.

Toda essa adaptação para o Seitch, assim como aconteceu para o PlayStation 4 ou Xbox One, não seria um problema se o console da Nintendo não tivesse uma característica particular: a tela sensível ao toque.

Estamos falando de um console voltado para um game casual, rápido, que você joga entre compromissos e por períodos curtos. Assim, é de se esperar que a gameplay seja centrada no modo portátil do Switch, com o console na mão.

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Pelo menos nesse momento, o jogo deveria ser adaptado para controle por toque em tela, o qual seria muito mais vantajoso que as opções de R e L ou mesmo a seta no analógico direito.

Confesso que a falta desta opção de controle para Stardew Valley é bastante irritante, já que a ferramenta poderia muito bem elevar a qualidade de vida dentro do jogo. Não contar com isso denota que a empresa acredita que o custo-benefício de criar uma tecnologia de controle só para isso não vale o esforço só para portar o game para o Switch.

Com isso, o jogo se torna aquele quase perfeito título para o console da Nintendo. Ele tem um potencial incrível de ser um game casual com o ciclo que casa certinho com o tipo de rotina de quem não tem lá tanto tempo assim para games, mas pode despender 10 minutos diários para isso.

Melhor versão?

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Com isso, é preciso dizer: a melhor versão de Stardew Valley, com certeza é a do PC. Primeiro, porque o Steam permite adicionar uma série de mods ao título. Em se tratando de um jogo com um end game duradouro, a adição de novos itens e possibilidades parece bastante tentador para os mais aficcionados.

Ainda, como todo o layout do game é direcionado para se jogar com mouse e teclado, isso também traz mais conforto para controlar o personagem.

Mesmo assim, a versão de Switch pode ser recomendada para quem não tem tempo e pode levar o console consigo para jogar entre um compromisso e outro. Contudo, tenha em mente esses pequenos problemas que, apesar de incomodar, não atrapalha tanto assim a jogatina.

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Outro fator também pode ser o preço. No console da Nintendo, comprado em dólar, o game sai pelo equivalente a algo perto de R$ 60. Na versão de PC, no Steam, é possível comprar o game por R$ 25, menos da metade do preço.

No mais, Stardew Valley, como um game de 2016, oferece uma excelente experiência para os fãs de um bom game de construção e cotidiano como Harvest Moon.

No Canaltech, a análise de Stardew Valley foi realizada com uma cópia para Switch gentilmente cedida pela Chucklefish Games. O game também está disponível para PC, Mac, Xbox One, PlayStation 4 e Android.