5 motivos pra jogar House of Ashes
Por Felipe Goldenboy • Editado por Bruna Penilhas |
O terceiro jogo da série The Dark Pictures Anthology, House of Ashes, chegou às lojas na última sexta-feira (22), trazendo uma nova história de terror que coloca o jogador contra a parede em decisões morais.
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Desenvolvido pela Supermassive Games, o título se passa no ano de 2003, durante a Guerra do Iraque. O jogador controla um grupo de militares estadunidenses cujo objetivo é investigar as suspeitas de uma instalação subterrânea de armas químicas. Porém, chegando no local, um terremoto os deixa soterrados sob os escombros de um templo sumério, repleto de criaturas sanguinárias.
O Canaltech jogou The Dark Pictures Anthology: House of Ashes no PlayStation 5, por meio de uma cópia digital gentilmente cedida pela BANDAI NAMCO. Na nossa opinião, esse é o melhor jogo da antologia. Se você gostou de Until Dawn, mas não curtiu muito Man of Medan e Little Hope, talvez seja uma boa oportunidade para você dar uma chance ao novo jogo da franquia. Abaixo, nós listamos cinco motivos para você jogá-lo.
5. Suporte a multiplayer local e online
A oferta de jogos de campanha com multiplayer é baixa na indústria de games. Porém, em House of Ashes, até cinco pessoas diferentes podem jogar em simultâneo localmente, cada um controlando um personagem. Essa é uma boa oportunidade para reunir amigos em frente à televisão para compartilhar alguns sustos.
Também é possível dividir a jogatina no modo online, mas apenas com um amigo. Assim, cada um controla um grupo diferente de pessoas. Em momentos de ação, o próprio jogo faz pausas longas e cinematográficas para trocar o personagem em controle na tela.
4. Atmosfera sombria e "lovecraftiana"
House of Ashes lembra alguns filmes famosos durante a jogatina. O principal é Abismo do Medo, com os personagens indo cada vez mais fundo no subsolo e se esgueirando por corredores escuros e apertados. Outras referências são Alien, o 8º Passageiro e Predador, mas essas não iremos explicar para evitar spoilers.
No entanto, a maior referência citada pelo diretor Will Doyle é Nas Montanhas da Loucura, livro de H.P. Lovecraft de 1936. A história acompanha uma expedição científica à Antártida, em que um grupo encontra indícios de civilizações muito anteriores à humanidade.
A tensão e o medo de ter alguém atrás de você é constante, principalmente se algum grau de claustrofobia. Mas o jogo também sabe intercalá-los com bons momentos de ação e alguns jump scares (quando algo aparece do nada para dar um susto).
3. Personagens mais carismáticos e realistas
Como comentamos no nosso preview, a antologia The Dark Pictures sempre trouxe personagens um tanto quanto… bocós. Eles sempre falavam coisas desnecessárias em lugares inapropriados, e traziam discussões bestas mesmo em pleno risco de morte. Em House of Ashes, isso melhorou um pouco.
Cada personagem tem uma personalidade bem marcada (às vezes até estereotipada), mas eles estão bem mais frios e “realistas” que os dos jogos anteriores. Mesmo quando agem sob emoção, não parecem meros adolescentes infantis. Alguns NPCs (personagens não jogáveis) ainda são um tanto idiotas, mas o jogo dá a oportunidade de dar belos “cortes” neles, o que é muito prazeroso.
Outra característica positiva é que o game não faz propaganda militar norte-americana, ou seja, não coloca os estadunidenses como os “bonzinhos” da guerra nem os iraquianos como monstros sem coração. Pelo contrário: um dos personagens jogáveis, o iraquiano Salim, é o mais carismático e simpático do game. Ele é apenas um pai que quer sair daquele conflito o mais rápido possível para reencontrar o filho e dar um feliz aniversário a ele. Por vezes, é ainda o mais racional do jogo, dando a ideia de unir forças contra um mal comum. Afinal, “o inimigo do seu inimigo é seu amigo”.
2. Tem vários finais (e jeitos de matar os personagens)
Como House of Ashes é um jogo de escolhas e quick-time events (em você precisa apertar os botões que aparecem na tela rapidamente), o destino dos seus personagens pode mudar em questão de segundos. Basta uma decisão ou botão errado para colocar a vida deles em risco.
Mas é claro que isso não é fácil de se fazer. Decisões que você toma no início do jogo realmente trazem consequências a longo prazo — algumas aparecem no fim da história. Às vezes, o próprio game induz o jogador a trair, abandonar ou atacar seus companheiros; por isso, vá com calma e pense duas vezes antes de qualquer ação.
Como o jogo é relativamente curto, com cerca de cinco horas de duração, é interessante jogá-lo de novo tomando decisões diferentes. Assim, você pode desbloquear cenas, diálogos e até mortes que não apareceram na primeira jogatina.
1. Tem a Ashley Tisdale!
Os jogos da Supermassive sempre têm a presença de grandes estrelas internacionais. Until Dawn conta com o ator Rami Malek (Bohemian Rhapsody, Mr. Robot). Man of Medan, a de Shawn Ashmore (The Boys, X-Men - O Filme); já Little Hope, a de Will Poulter (Black Mirror: Bandersnatch, Midsommar - O Mal Não Espera a Noite).
Com House of Ashes, não poderia ser diferente: uma das personagens principais é interpretada por Ashley Tisdale! Sim, a icônica Sharpey de High School Musical. Infelizmente, ela não está acompanhada de Lucas Grabeel, ator que interpretava seu irmão Ryan… seria tudo para nós.
Ashley interpreta Rachel King, uma oficial de campo da CIA. As características da personagem são “dominante” e “aspereza”, ou seja, ela sempre busca controlar a situação e agir com cautela, sem demonstrar emoções ou fraquezas.
Em uma entrevista cedida à BANDAI NAMCO, distribuidora do jogo, ela revelou que House of Ashes foi o seu primeiro trabalho no gênero de terror. E precisamos admitir: ela mandou muito bem! A atriz entrega uma das personagens mais sensatas e “pé no chão” do jogo. Confira a seguir a entrevista (legendas disponíveis em português do Brasil):
The Dark Pictures Anthology: House of Ashes foi lançado em 22 de outubro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X, Series S e PC.
Com informações: Game Informer