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30 anos de Mortal Kombat e sua excelência nos jogos de luta

Por| Editado por Bruna Penilhas | 08 de Outubro de 2022 às 14h30

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30 anos de Mortal Kombat e sua excelência nos jogos de luta
30 anos de Mortal Kombat e sua excelência nos jogos de luta

Mortal Kombat é um dos nomes mais icônicos do mundo dos games. Celebrando 30 anos em outubro de 2022, este ainda é um dos principais títulos do gênero de games de luta. A seguir, relembramos a origem e curiosidades da franquia que nasceu em 1992, bem como discutimos a importância destes jogos para o mercado de videogames.

O Grande Dragão Branco e os filmes dos anos 80

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As similaridades entre Jean-Claude Van Damme e Johnny Cage já se tornaram uma grande brincadeira no universo de Mortal Kombat. Porém, a influência do ator e artista marcial não para no visual de um dos personagens. Com o sucesso do filme O Grande Dragão Branco, Ed Boon e John Tobias chegaram a cogitar em transformar Mortal Kombat em um jogo baseado no filme.

Caso você não se lembre desse clássico da Sessão da Tarde, o filme conta a história de um soldado americano, interpretado por Van Damme, que acaba se envolvendo em um torneio clandestino em Hong Kong, chamado Kumite. Lá, lutadores de várias partes do mundo se enfrentam em um torneio sangrento e mortal, para a chance de se tornar o maior lutador de todos.

Usando o torneio como base, o primeiro Mortal Kombat tem várias referências aos clássicos oitentistas. Kano possui o clássico olho vermelho de Arnold Schwarzenegger em O Exterminador do Futuro, enquanto Sonya Blade é, basicamente, a Sarah Connor. A relação entre o cinema e o game é sempre debatida por Ed Boon, que deixa claro a inspiração. Raiden e Shang Tsung, por exemplo, são baseados em Os Aventureiros do Bairro Proibido, produção estrelada por Kurt Russell.

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Mortal Kombat é o puro "suco" de filmes de Kung-Fu e ação dos anos 80, e os jogos não fazem questão de esconder suas raízes. Mesmo que a trama tenha seguido um clima mais sóbrio nos lançamentos mais recentes, é sempre bom lembrar que a franquia começou não se levando tanto a sério — e ainda bem que foi assim.

As controvérsias da franquia

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Não tem como deixar isso de forma leve: Mortal Kombat não esconde a brutalidade e a violência exagerada no seu estilo. O jogo buscava conquistar uma faixa etária mais adulta do que o já fenômeno Street Fighter II, e a trupe de Scorpion e Liu Kang tinha um diferencial muito grande comparado a Ryu, Ken e os outros lutadores do jogo da Capcom. Em Mortal Kombat, o "mortal" no nome é levado muito a sério pelos desenvolvedores.

Embora, atualmente, os jogos da saga levem a sanguinolência e os desmembramentos para um lado mais espalhafatoso e plástico, as primeiras versões de MK são sangrentas. E um ponto importante é que a franquia estreou em uma época em que a violência e o videogame não conversavam tão bem assim. Inclusive, o sistema de classificação indicativa para jogos foi criado por causa de Mortal Kombat.

O game é banido em várias partes do mundo, como Alemanha, Coréia do Sul, Indonésia, Japão e Ucrânia. Em 1993, Mortal Kombat chegou a ser discutido no Congresso Americano, graças ao teor dos combates e como os Fatalities ocorriam. Na época, a Nintendo lançou versões censuradas de Mortal Kombat, sendo amplamente criticada pelo público e acusada de censura. No Japão, Mortal Kombat II foi lançado já modificado: sem animações para o sangue e com os Fatalities se tornando telas pretas e brancas para omitir os golpes mais sangrentos.

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A franquia também aprendeu com alguns erros do passado e se tornou mais consciente quanto a forma de representar o visual de suas personagens femininas. Sempre criticada por ter lutadoras com os corpos expostos sem necessidade, a NetherRealm fez a atualização necessária para tornar o visual delas menos estereotipado.

Mortal Kombat acabou sendo o palco de muita discussão na década de 1990 e levantou o debate sobre a violência nos jogos, que já foi provado por estudos que não tem relação com comportamento violento de um jogador. O tópico é irrelevante atualmente, mas serve como registro histórico devido às controvérsias pelas quais o game teve que passar, ainda mais com o seu sucesso.

O sucesso em outras mídias

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Se Street Fighter recebeu seu próprio filme, era óbvio que Mortal Kombat também entraria na onda de adaptações cinematográficas baseadas em jogos. O primeiro filme, com toda certeza o mais icônico, foi dirigido por Paul W.S. Anderson. Usando elementos do jogo, como as vozes dos personagens em determinados golpes, Mortal Kombat se tornou um "clássico" trash, sendo mais uma experiência cômica do que qualquer outra coisa.

A adaptação acabou ganhando uma sequência em 1997, desta vez baseada nos eventos do terceiro jogo. Este longa também não conquistou a crítica e o público, fato que "adormeceu" a franquia nas telonas até 2021, quando foi adaptado outra vez. Uma sequência para a adaptação mais recente foi confirmada, mas ainda não existem novidades sobre.

Uma animação, chamada de Mortal Kombat: Defensores da Terra chegou a ser lançada, seguindo os eventos de Mortal Kombat: Aniquilação e também de Mortal Kombat III. A série teve somente 13 episódios e uma continuação nunca chegou a ser especulada.

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A importância de Mortal Kombat nos games

Alguns podem considerar polêmico, mas é impossível negar o impacto que o jogo teve ao longo desses anos. Seja trazendo figuras icônicas de outras franquias para entrarem no torneio, como no caso de Coringa, Rambo e do T-800, Mortal Kombat aprendeu a abraçar todos os lados de suas principais características e consegue ser um produto único que é muito difícil de ser reproduzido.

Personagens carismáticos e cheios de clichês, é impossível desgostar de Liu Kang, Sonya Blade e Jax, por exemplo. A série foi dando algumas derrapadas em sua história, isso é claro, mas nada que impedisse a jogabilidade de ser boa e também tentar inovar ao longo desses 30 anos. Mortal Kombat trilhou um caminho enorme e bem complicado para se tornar uma das referências do universo dos games, e merece todo o sucesso que faz desde 1992.

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O jogo serviu como um excelente contraponto para o até então sucesso inabalável Street Fighter e se tornou um dos gigantes dos jogos de luta. Com mecânicas que permitem uma curva de aprendizado satisfatória e personagens com visuais bem estilosos, Mortal Kombat não é só uma franquia de games, mas também um estilo. Tanto que a NetherRealm chegou a tentar replicar a fórmula em Mortal Kombat vs DC Universe, sem muito sucesso.

Porém, a fórmula deu certo no nascimento de Injustice, que colocou os poderosos heróis da DC Comics para caírem no soco. Mortal Kombat é um gigante cultural que consegue transcender o nicho dos games e se tornou uma marca de referência. Agora, esperamos que Raiden possa convocar mais guerreiros para lutar em defesa da Terra por muito mais tempo.

Com informações de: Den of Geek