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Conheça a MyMe, uma câmera portátil que acompanha sua vida social

Por| 21 de Dezembro de 2018 às 10h09

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Conheça a MyMe, uma câmera portátil que acompanha sua vida social
Conheça a MyMe, uma câmera portátil que acompanha sua vida social

Imagine ter um acessório vestível, mais precisamente uma câmera que acompanha sua vida social e seus relacionamentos. Parece assustador, mas existe. O gadget em questão, chamado de MyMe, está sendo lançado pela OrCam, uma empresa com foco em inteligência artificial, após uma campanha de crowdfunding bem-sucedida no Kickstarter. A previsão é que o gadget chegue ao mercado em março de 2019.

Segundo o cofundador Amnon Shashua, o acessório é descrito como um “Fitbit para a vida social”, quase como um tipo muito específico de realidade aumentada e foi baseado em um dispositivo que ajudava pessoas com deficiência visual a andarem pelo mundo. Diferente do modelo original, contudo, esta nova câmera é voltada para todas as pessoas.

A MyMe é pequena, mas conta com uma câmera grande angular embutida, e pode ser acoplada na roupa do usuário. Ela funciona junto de um smartphone, tirando uma foto a cada segundo; caso haja um rosto conhecido nas imagens, o app irá cruzar com os contatos do usuário em redes sociais ou com fotografias tiradas anteriormente pelo acessório.

O hardware lembra a câmera Narrative Clip lançada no início dos anos 2010 e que se tornou relativamente popular até catalogar filmagens em grande parte inúteis; e o software lembra o NameTag, um app de reconhecimento facial feito para o Google Glass em 2014 que foi taxado de invasivo de assustador. Contudo, Shashua prevê que a MyMe pode ter sucesso onde ambos os produtos falharam.

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Em suma, o executivo acredita nisso porque a principal função da câmera é a relação entre rostos e nomes de contatos. O software também permite ao usuário identificar pessoas em grupos, adicionar notas sobre suas conversas e ver as últimas postagens em rede sociais. Com todos esses dados, a MyMe analisará quanto tempo seu proprietário está gastando na internet ou com grupos ou indivíduos específicos.

Em teoria, o gadget observaria quanto tempo o usuário está passando com colegas de trabalhos e comparando com o tempo gasto com a família e os amigos, por exemplo. Além disso, ele também deve observar quanto tempo a pessoa gasta olhando para outros indivíduos em telas de computador ou de celular ao invés de interagir ao vivo.

Shashua explica que o usuário pode medir esses dados por etapas e quantificar sua saúde física, além de definir metas semanais para quanto tempo quer passar com pessoas significativas em sua vida. A MyMe se torna mais um rastreador de condicionamento físico do que uma câmera escondida.

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A OrCam também quer evitar que os internautas criem dúvidas a respeito dos dados dos usuários. Para tanto, a MyMe manteria as fotos estritamente na câmera ou no smartphone a que foi pareada ao invés de sincronizá-las com um serviço de nuvem. Ela também não demanda a criação de um banco de dados, funcionando mais como um “bloco de anotações pessoais”, que, apesar da câmera, não salva as imagens.

Quanto a questões éticas como, por exemplo, precisar de um gadget para se lembrar com quem está interagindo, Shashua rebate dizendo que, com ou sem uma MyMe, as pessoas vão tocar nesses assuntos. A tecnologia tem esse estigma de facilitar, mas levando embora algo do usuário em troca. O GPS tirou a necessidade de se memorizar trajetos e com smartphones não é mais necessário memorizar números de telefone.

De toda forma, a OrCam é uma empresa estabelecida e Shashua sabe que a MyMe e sua tecnologia podem ser usadas para objetivos duvidosos e sombrios. Por outro lado, “[Esta] é uma sociedade completamente online”, diz ele. “A interação humana é conhecida por criar felicidade. É conhecida por fornecer uma saúde melhor. Então, por que não acompanhar isso?”

A MyMe já pode ser encomendada pelos usuários que fizerem sua contribuição no Kickstarter do projeto, custando atualmente US$ 199 – após a campanha de arrecadação, ela passou a custar US$ 399.

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Fonte: The Verge