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Análise | Beats Solo Pro: seria ele o melhor fone da marca?

Por| 17 de Fevereiro de 2020 às 10h27

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Luciana Zaramela/Canaltech
Luciana Zaramela/Canaltech
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O último lançamento da Beats veio para arrebentar a boca do balão, com uma variedade de cores e um estilo bem descolado, robusto e sofisticado ao mesmo tempo — como já é de praxe nos fones da marca. O brinquedo em questão é o Beats Solo Pro, último modelo supra-auricular da empresa "filha" da Apple, que vem como sucessor do Beats Solo3 e já é tido por aí como o melhor fone da Beats já lançado até hoje.

A gente recebeu o fone de ouvido na estonteante cor vermelha (matte), que inclusive vem com a assinatura do produtor Pharrell Williams, como colaborador que inspirou essa cor e também a azul clara e azul escura (todas no segmento More Matte), ao lado do manda-chuva e embaixador da Beats, Dr. Dre. O fone traz tecnologias avançadíssimas, como cancelamento ativo de ruído (ANC), pareamento automático com dispositivos Apple, bateria de longa duração, fora o excelente acabamento e a estética impecável da marca.

Testei o Solo Pro como heavy user durante bons dias e trago neste review uma série de impressões que podem te ajudar a se decidir na hora de investir em um.

Beats Solo Pro: controles

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O esquema de controles do Solo Pro é intuitivo, exceto por um detalhe ou dois: como dito acima, o brinquedo não tem botão liga/desliga, então é necessário dobrá-lo para abrir (ligar) ou para fechar (desligar) e pronto, é isso. E o esquema de controle de faixas e chamadas não é direcional em cruz, como geralmente vemos por aí.

Na concha direita, o logo da Beats serve como um botão multifuncional que te permite dar play/pause nas faixas, ou atender/desligar/recusar chamadas. Acima e abaixo desse botão, mais para a borda da concha, você controla o volume. Se pressionar as laterais achando que vai pular de faixa, nada vai acontecer, porque não há botões ali: tem que pressionar duas vezes o mesmo logo da Beats para avançar e três vezes para retroceder. Ah, e para ativar a Siri (ou qualquer outro assistente de voz no seu smartphone, seja ele iOS ou Android), é só apertar e segurar um pouquinho esse mesmo botão.

Do lado esquerdo, nada de controles na face externa da concha: só um botão, que ativa e desativa o cancelamento ativo de ruído e te deixa conversar com as pessoas enquanto usa a função Transparência/Talk Through — que desliga o ANC e para que você consiga ouvir o que estão dizendo.

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Beats Solo Pro: bateria

Temos aqui um modelo com uma bateria bem legal, que aguenta praticamente um dia inteiro de uso non-stop, ou seja: são 22 horas de playback sem interrupções, e com o ANC ligado. O legal é que, apesar de não ser uma senhora bateria, para carregá-la por completo você leva pouco tempo: apenas 1 hora e 10 minutos. E se você desativar o cancelamento ativo de ruído, em uso moderado, o fone pode passar das quarenta horas de reprodução contínua. Com apenas 10 minutinhos de carga, você ganha 3 horas de reprodução, graças à tecnologia Fast Fuel.

O fone não se desliga sozinho, então muito cuidado com isso: você precisa se lembrar de dobrá-lo para guardar ou, no mínimo, cortar a conexão Bluetooth com seu dispositivo para que a bateria dure o tempo prometido.

Beats Solo Pro: conectividade

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Este brinquedo aqui conta com as mais modernas tecnologias existentes atualmente na indústria de fones de ouvido voltados ao segmento comercial premium. Ou seja: vem com Bluetooth 5.0 (que cobre até 20 metros de distância da fonte, sem repiques e com total estabilidade de reprodução) e um chip Apple H1, que oferece uma conexão sem fio mais rápida e estável com aparelhos da Apple (iPhones, iPods, iPads e Macs), inclusive com menos latência — o que é legal para quem quer assistir a vídeos. Não indico para games, uma porque não é compatível com consoles porque não há cabeamento analógico, nem compatibilidade cabeada via USB, e nem compatibilidade wireless (não-Bluetooth) com o PS4 ou Xbox One, por exemplo.

Aliás, dá para compartilhar a música que você está ouvindo com outras pessoas. Mas elas precisam também estar usando fones da Beats ou AirPods. Basta colocar o fone do seu amigo bem perto do seu iPhone ou outro iDevice e conectá-lo com um toque. Testei com o Beats Studio3 e funcionou perfeitamente no iPhone.

Isso não quer dizer que quem usa Android não pode ter um Beats Solo Pro. O chip H1 não vai fazer a graça de se conectar automaticamente aos aparelhos, como faz com o ecossistema Apple, mas para pareá-lo, basta encontrar o fone uma vez na lista de dispositivos Bluetooth do Android e usá-lo como qualquer outro, com a mesma tranquilidade.

Para carregar a bateria do Solo Pro, a Beats incluiu um cabo USB (com a outra extremidade AINDA no padrão Lightning, nada de USB-C aqui), que você pode espetar em qualquer computador ou carregador USB compatível.

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Beats Solo Pro: ANC (cancelamento ativo de ruído)

Depois que a indústria conheceu gigantes como o Sony WH-1000XM3 e o Bose 700, fica difícil encontrar um fone de ouvido cujo nível de cancelamento seja páreo para esses dois. E a Beats pode não ter chegado nesse ponto de comparação ainda, mas conseguiu uma boa dose de cancelameto de ruídos indesejados com seu Solo Pro.

Mesmo sendo um fone de ouvido on-ear, isto é, cujas conchas não "abraçam" as orelhas por completo, o Pure ANC dele é muito, muito bom. Seja para trabalhar em um escritório tumultuado, fazer compras no shopping ou viajar de avião, a imersão que a Beats te dá é bem digna. Aqui nos nossos testes, o Solo Pro bloqueou grande parte dos ruídos mais irritantes do dia a dia, como trânsito em ruas movimentadas, barulho de saguão de aeroporto e de avião, ruído de gente conversando e música de fundo em shoppings e supermercados e, claro, blablablás e conversa fiada de pessoas ao redor enquanto você tenta se concentrar para trabalhar.

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Infelizmente, não há como personalizar o nível de cancelamento de ruído por um aplicativo (que, no Android, funciona só para conectividade), como faz o fone topo de linha da Sony — o Solo Pro faz tudo automaticamente. Mas, para quem quer manter o foco sem ser perturbado, é uma ótima opção, desde que o fone sirva bem na sua cabeça e cubra bem suas orelhas.

A função Talk Through dele é meio crua. Ela já existe em fones com a tecnologia ANC, mas no Solo Pro, basta pressionar o botão de cancelamento ativo uma vez, desativar o ANC, ouvir tudo ao redor e, quando quiser, pode voltar a imergir no seu mundo pressionando-o novamente. Mas, diferente de alguns modelos aí no mercado, ela não desliga o cancelamento e diminui o volume da música enquanto você fala. Apenas desliga o ANC e, como diferencial, ativa os microfones para eles captem o ambiente e você ouça tudo ao redor. Então, não é propriamente uma função diferenciada. Com ela ativada (ou ANC desligado), você escuta tudo, até o barulho do teclado enquanto digita um texto.

Beats Solo Pro: áudio

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Não é de hoje que a Beats vem largando mão daquela assinatura sonora com áudios "potentões", que até incomodavam, de tão profundos. A marca vem, aos poucos, neutralizando o peso do extra bass em seus fones de ouvido, e isso também ocorre aqui com o Solo Pro: ele tem um perfil sonoro mais próximo do neutro, muito embora não SEJA, de fato, neutro. Tem sim graves proeminentes, agudos com mais ganho, mas nada que estoure os miolos e nem descaracterize suas músicas. É um perfil, digamos, mais próximo do equilíbrio — de novo, não entenda neutro —, e que por isso se versatiliza: com ele, você ouve do choro ao trip hop.

Graves

Estranho mesmo seria se um fone da Beats não tivesse apelo algum nos graves, então, apesar de ter um perfil mais "comportado", Solo Pro é sim um fone com graves cheios, que existem para satisfazer a galera que gosta de pimpar frequências baixas. A resposta nessa gama de frequência é bem legal e precisa, sem atropelos e sem exageros.

Em Roxanne, do The Police, por exemplo, você vai escutar a linha de baixo de Sting soar precisa, mas não chega explodindo e nem à frente dos agudos, nem dos médios. Essa faixa, em particular, não foi mixada para que o baixo se sobressaia, e o Beats Solo Pro não faz essa mágica, como fariam modelos de fones com Extra Bass, a exemplo do Sony WH-XB900N. A música toda soa mais neutra, e o destaque fica com a guitarra ritmada, os chimbais hi-hat da bateria e, claro, a voz de Sting ao centro e à frente.

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Se você curte um som com um contrabaixo mais agressivo, pode ficar tranquilo: a exemplo de Soul With a Capital "S", do Tower of Power, você vai ouvir um baixo super presente, super bem posicionado e com uma resposta bem bacana. Rocco Prestia é um baixista conhecido no mundo do funk e do soul por usar uma técnica com bastante "patada" no seu fingerstyle: ele acerta as cordas do baixo com muita pressão, ao mesmo tempo que as deixa meio mudas, o que dá a característica de um som grave e percussivo, sem sair do tom. O Beats Solo Pro entrega exatamente isso: a pressão, a percussividade e os graves super redondos do contrabaixo, que muitas vezes até se mistura no bumbo. Afinal, aqui temos groove e percussão, certo? Particularmente, adorei a resposta de graves neste fone porque não gosto de exageros e nem de baixos recuados. Acertou, Beats!

Um add-on: a galera que curte pop vai curti o fone, principalmente porque, apesar de ter graves mais lineares, ele entrega bem toda a extensão das baixas frequências — inclusive subgraves, como em Intentions, do Justin Bieber.

Médios

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Acho que essa é a melhor frequência do Beats Solo Pro. Você ter um fone que te deixa ouvir música com uma riqueza de instrumentos tocando simultaneamente sem parecer um grande rádio de pilha da década passada é um privilégio, e o fone entrega isso muito bem. Guitarras, pianos, sintetizadores, vocais (quantos você quiser), caixa da bateria, cordas… tudo soa com uma precisão muito natural, inclusive para solos.

Ainda com um pezinho no funk, mas indo para a disco music romântica de Barry White: o clássico instrumental Love's Theme, regido por White com a Love Unlimited Orchestra traduz muito bem qual é a pegada deste fone, que talvez tenha um pouquinho de deslize em agudos (que ficam claramente pungentes na guitarra muda ritmada no fone direito por toda a extensão dessa faixa). No entanto, uma música com muitos instrumentos fazendo toda a linha harmônica e melódica pede precisão: isso você tem enquanto ouve todas as cordas de violinos e cellos, harpas, pianos, guitarras, crescendos… essa música foi gravada por uma orquestra e esteve como #1 na Billboard em 1973 pela sua complexidade. Os médios, em outras palavras, são incríveis. E os graves são respeitados, o que deve agradar ouvidos mais exigentes.

Modernizando, agora: tem uma faixa da Dua Lipa com uns graves poderosos, mas com uns médios ainda mais: em Don't Start Now, temos pianos, cordas, os vocais presentíssimos da cantora, uma linha de baixo com médios-graves no talo (à la Jamiroquai), bateria eletrônica, guitarrinhas estilo Daft Punk… e ouvir essa faixa no Beats Solo Pro é muito bom. O fone tem uma excelente precisão em vocais, com brilho e presença que os agudos ajudam a empurrar. Todos os instrumentos e vozes de Don't Start Now — incluindo efeitos de percussão e efeitos vocais — chegam com muito impacto e clareza aos ouvidos.

Agudos

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Aqui está o calcanhar de Aquiles do Beats Solo Pro — se é que pode ser chamado assim por licença poética ou por ouvintes muito exigentes. Apesar de ter uma boa precisão, não é melhor que os graves nem que os médios, soando um pouco pungentes em certas músicas e até mesmo sibilantes em trilhas com vocais mais destacados ou em faixas com instrumentos de sopro comandando o bonde.

E por falar em sopro, em Urubu Malando, do mestre Pixinguinha, dá para entender um pouco disso de agudo, sibilante, instrumento de sorpo: o tema é flauta de cabo a rabo, instrumento que Pixinguinha dominava como poucos, ou como ele só. A música por si é muitíssimo aguda e "frita" um pouco no Beats Solo Pro, inclusive nas notas mais altas e estridentes da flauta. A percussão também realça mais do que deveria, bem como a guitarra fuzz que surge em alguns trechos. A parte "mais salsa" do tema brasileiro pode incomodar ouvidos mais sensíveis mesmo em volume médio. Afinal, aqui temos muitos instrumentos competindo na faixa dos agudos: percussão (pandeiro e bongôs), cavaquinho, guitarra fuzz, flauta… o fone da direita fica sobrecarregado, porque a mix joga muita trilha da gravação para este lado.

Total Eclipse of the Heart, da Bonnie Tyler, é uma música para se ter cuidado. Aguda demais, impactante demais. Aqui, a gente tem uma back track de piano e a poderosíssima voz de Bonnie Tyler rasgando tudo. O refrão, que ela chega com tudo (e ainda vai crescer mais enquanto a faixa rola), sofre no Beats Solo Pro. Na época que essa música estourou, era muito comum ouvir essas batidas supermarcantes, baterias anabolizadas por kits eletrônicos, sintetizadores, trocentos efeitos, vocais gritantes… essa faixa não passou no teste de agudos do Solo Pro exatamente por ter muitos, mas muitos instrumentos — incluindo os vocais — competindo na mesma extensão e com um ganho lá em cima. Como o fone já tem a tendência a levantar os agudos, rasgar e sibillar, nessa música tudo isso se potencializa de maneira até radical. Castanholas, caixa da bateria com um reverb absurdo, pratos super estourados, a Bonnie se partindo ao meio com um gogó superpoderoso… mas não deu o resultado esperado. Só quando a música se acalma um pouco e ela canta mais grave, competindo com menos instrumentos e efeitos. A bateria fica muito saturada, pratos, caixa, chimbais, percussão, efeitos de palmas… tudo. Não consegui chegar no final da música em volume médio.

Beats Solo Pro: microfone

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Um modelo caro, requentadíssimo e de marca desejada entre entusiastas da música poderia ter investido melhor em um microfone para ficar um docinho de coco, mas não foi o caso do Solo Pro. Para chamadas triviais, quebra um belo de um galho. Idem para gravação de áudio no WhatsApp ou Telegram. Mas não é um headset voltado a quem faz muitas ligações e precisa de clareza o tempo todo. Então, talvez por isso, seja melhor darmos uma trégua para o microfone do modelo: é um componente mediano, que abafa sua voz e deixa claro que você está usando algo diferente do celular para conversar ao telefone. Em ambientes super movimentados, fica difícil se fazer entender, e é melhor usar o smartphone, mesmo. Mas no dia a dia do escritório, no trabalho ou em casa enquanto você descansa ou lava a louça, é legal e funciona.

Que o Solo Pro é recheado de tecnologias não nos resta dúvidas, e tem para a captação de voz, também: ele conta com um acelerômetro que detecta quando você está falando, e o esquema de microfones do modelo trabalha em conjunto para que eles se foquem apenas no que você está dizendo e filtrem o máximo de ruído ao redor, principalmente se você estiver se movendo. Mas... mesmo com toda essa modernidade, o microfone ficou aquém das minhas expectativas.

Beats Solo Pro: preço e onde comprar

O Beats Solo Pro está à venda dietamente pelo site oficial da Beats, saindo por módicos R$ 2.499. O modelo vem em seis cores modernas e o valor pode ser dividido em até 12x no cartão ou com 10% de desconto à vista.

Beats Solo Pro: specs

  • Formato: Supra-aural
  • Conexões: Bluetooth, Sem fio
  • Codec: AAC — só AAC
  • Fonte de energia: bateria
  • Baterias: íon de lítio recarregável
  • Altura: 17,9 cm/
  • Peso: 267g

Beats Solo Pro: o que vem na caixa?

  • Fones de ouvido Solo Pro Wireless
  • Estojo para transporte
  • Cabo de Lightning para USB-A
  • Guia de início rápido
  • Cartão de garantia

Beats Solo Pro: vale a pena?

Eu adoro os fones mais recentes da Beats. Acho que essa manobra em direção a um áudio mais próximo do neutro e com menos anabolizantes nos graves vem dando certo, e vi isso funcionar muito bem no Studio3 e no Powerbeats Pro. Um modelo on-ear com cancelamento ativo de ruído, super bem acabado e com um perfil sonoro que vai te satisfazer na maioria dos estilos musicais é algo a se considerar — se, por enquanto, ignorarmos sua etiqueta de preço.

O Solo Pro é tido por muitos analistas como o melhor fone da Beats até o momento. Mas eu discordo e ainda prefiro o Beats Studio3. Ouvidos são subjetivos, mas o perfil da gama aguda no Solo Pro, para mim, perde para a maneira como o Studio3 trata essa frequência. Aliás, prefiro fones over-ear a fones on-ear, e além da forma como você escuta o áudio, isso ainda bate diretamente na tecla da ergonomia: durante os primeiros momentos de teste e mesmo os primeiros dias que fiquei com o Solo Pro em modo heavy user, senti um incômodo na cabeça e nas orelhas, principalmente se estivesse usando óculos: o fone é firme o suficiente para não escorregar durante uma atividade como caminhada ou malhação, mas em troca, ele pressiona o crânio e machuca as orelhas com pouco tempo de uso. Felizmente, essa impressão ficou no passado e, com o decorrer dos dias, parece que ele "se adaptou" e parou de incomodar.

Em questão de áudio, é um fone muito bom para a grande maioria dos estilos. Casou muito bem com bossa nova, rock, MPB, jazz, pop, funk e músicas mais modernas, principalmente hits recentes do universo pop. No entanto, se a gente for pegar a fase do reverb em exagero e das batidas oitentistas super sintetizadas, o Solo Pro dá uma derrapada nas frequências agudas. Ele tem ótimos graves, precisos e presentes; os médios são ainda melhores; mas os agudos... podem te decepcionar, se você for exigente. Eles soam bem na maioria dos estilos, tal como foi com o jazz, o pop moderno, o funk, o soul, o rock. Mas em mixagens mais antigas — especialmente da década de 1980, como músicas do Bon Jovi ou do Van Halen, por exemplo —, você pode sentir uma saturação rasgando seus ouvidos.

O cancelamento ativo de ruído desse fone talvez seja o melhor sistema que a Beats já empregou em um modelo, e funciona bem demais, ganhando nota 8. Ele bloqueia superbem ruídos médios e agudos, como pessoas conversando ao seu redor no escritório, criança chorando na poltrona vizinha durante um voo, ruído ambiente de supermercado e shopping, barulhos naturais do trânsito, ruído de motor de carro, ônibus ou avião enquanto você viaja... durante uma viagem de avião com o Solo Pro, a Camila, editora-chefe do CT, levou os fones e relatou que o poder de cancelamento do fone foi super agradável e eficiente, reduzindo a quase zero o ruído do motor durante a decolagem enquanto ela ouvia música. Na cidade, ainda assim é possível ouvir barulhos altos de buzinas, cães latindo, pessoas espirrando, interfone tocando ou, dependendo da sua proximidade, ruídos graves de motores no trânsito, como de ônibus e caminhões. Mesmo assim, este fone tem um nível muito bom de cancelamento para um modelo on-ear, chegando até a surpreender a gente aqui no Canaltech.

O difícil mesmo é o preço, que como sempre, é salgado. Esse brinquedo está custando astronômicos R$ 2.499, enquanto você pode gastar menos por fones melhores, tanto em qualidade de áudio quanto em cancelamento ativo de ruído, como o Sony WH-1000XM3 e o Bose 700. É um ótimo fone, cujos destaques estão no ANC e na versatilidade na grande maioria de estilos musicais. De quebra, tem aquela coisa: quem gosta de ostentar um Beats por aí não vai querer trocá-lo tão cedo. Aí, a decisão é toda sua.