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A Força das Olimpíadas Sociais

Por| 29 de Agosto de 2012 às 17h50

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A Força das Olimpíadas Sociais
A Força das Olimpíadas Sociais

O esporte é universal e os Jogos Olímpicos têm o poder mágico da sedução das competições, da superação, dos resultados impossíveis, das quebras dos recordes. É o templo dos Heróis Modernos. Eu tive a oportunidade de visitar os Jogos Olímpicos este ano e identificar algumas novidades e tendências.

Os Jogos de Londres tiveram como principal novidade o novo cenário mundial amplamente conectado. Esta foi sem dúvida a grande novidade das Olimpíadas 2012, que já era considerada a primeira olimpíada “Social”, e também o primeiro grande evento esportivo global transmitido em "múltiplas telas". A perfeita confirmação da grande Aldeia Global, colaborativa, conectada e transmitida em HD. Mais do que os números atuais, a velocidade do desenvolvimento neste último ciclo olímpico foi impressionante. Um recorde! E todo mundo conectado, postando, fotografando e compartilhando informações em um belo exemplo de co-criação coletiva em escala global.

Repare a quantidade de atletas da Áustria fotografando e gravando a cerimônia de abertura, de dentro do Estádio Olímpico, durante a abertura oficial.

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Vale citar que desde os Jogos de Beijing, em 2008, o número de Smartphones cresceu 456% (mais de 196 milhões atuais contra apenas 18,9 milhões). Em 2008, o número de usuários do Facebook beirava os 90 milhões, quando agora já se aproxima do número mágico de 1 bilhão de usuários – um aumento acima de 900%. E o Twitter? A rede de microblogs contava com menos de 1 milhão de usuários, enquanto hoje já ultrapassa os 300 milhões, gerando um impressionante crescimento de quase 30.000%. O número de tweets por dia cresceu mais de 12.000%, atingindo os 140 milhões de tweets diários.

Aliás, um novo recorde olímpico foi quebrado enquanto Usain Bolt vencia a final dos 200 metros rasos. Mais de 80 mil tweets por minuto foram postados durante a prova. Apenas Bolt possui hoje mais seguidores do que toda a rede do Twitter em 2008 – somente ele possui 1,3 milhão de fiés seguidores. Isso sem falar nos tablets, que sequer existiam na última Olimpíada em Beijing...

* fontes: iprospect.com (Nielsen, eMarketer, Forrester)

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Vale citar que todo o projeto de implantação das Olimpíadas de Londres 2012 foi iniciado 6 anos antes – exatamente em 2006, com a reforma, adaptação e construção de estádios e demais instalações olímpicas para os jogos, além de uma ampla negociação sobre a infraestrutura da cidade e o recrutamento e seleção dos principais patrocinadores. O projeto total, que tem um planejamento total de 12 anos (7 anos antes e mais 4 anos após os jogos) já previa todo o legado para a sociedade local.

A população de Londres, e todo o povo britânico em geral, realmente adotou esta “campanha”. Afinal, esta seria uma grande oportunidade de “vender” uma nova imagem da capital da Inglaterra para este novo mundo global. Os números dos Jogos de Londres são impressionantes, de grande proporção mesmo em escala mundial. Alguns exemplos:

  • 26 modalidades esportivas
  • Mais de 17 mil atletas representando mais de 200 países
  • Mais de 500 mil espectadores que adquiriram mais de 9 milhões de ingressos
  • 20 mil jornalistas exclusivamente para cobrir o evento
  • E cerca de 70 mil voluntários para ajudar na organização geral

No caso do controle da operação, o centro de processamento de dados era composto de 900 servidores, além de mais de 1.000 dispositivos de rede e segurança de informação, 10.000 computadores de todos os tipos e mais de 3.500 pessoas no ar, trabalhando em regime 24×7. Mas o grande detalhe das olimpíadas foi o planejamento prévio. No total, foram mais de 200.000 horas de testes para uma tecnologia que havia sido definida um ano e meio antes dos jogos. No total, foi processada uma quantidade de informação 30% maior do que o total nos Jogos de Beijing, ou seja, uma comprovação real das “tendências” de supercomputação e big data. Isso sem falar do Data Center Olímpico, que processou aproximadamente 1,2 petabytes, ou seja, 1,2 milhão de gigabites, como resultado da requisição direta de 118 bilhões de “objetos” – a famosa “Internet das Coisas”. O pico de páginas servidas por segundo foi de inacreditáveis 104.792 views. Somente a Cisco forneceu uma quantidade impressionante de tecnologia para a realização dos Jogos 2012:

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Tais números comprovam, de certa forma, as previsões de Dave Evans, futurista-chefe da Cisco e tecnólogo-chefe da Cisco Internet Business Solutions Group (IBSG). Sabemos que o poder computacional aumenta exponencialmente, assim como as mudanças em TI. Mas para Evans, os próximos dez anos devem ser pautados por novidades tecnológicas muito mais intensas, com base em tecnologia disruptiva que é imprevisível por natureza. Seguindo suas projeções, podemos afirmar que algumas das principais tendências que vão mudar o mundo nos próximos dez anos já deram uma pequena amostra em Londres, como a internet das coisas, o conceito de “tudo na nuvem”, a próxima internet com suas rede multiterabit, a energia solar e um mundo conectado que ficou bem menor...

Ainda deixamos para um futuro próximo a impressão em 3D de alimentos virtuais, uma outra árvore genealógica com humanos virtuais, as novas curas através das tecnologias médicas e a nova fase de evolução da raça humana - os Borgs. Parece muito distante? Realmente não temos como saber. Mas uma coisa é certa: temos que começar a nos preparar para os Jogos RIO em 2016 agora! O tempo urge e as projeções do volume de dados e comunicação podem ficar em 10, 50 ou 100 vezes maior do que as atuais. O importante é que provavelmente vamos errar nas previsões. Mas podemos, sim, entregar Jogos Olímpicos dignos da fama global da nossa Cidade Maravilhosa...

Por fim, vale lembrar que nesta quarta-feira (29) é que começa o show de verdade – os Jogos Paraolímpicos serão, mais uma vez, a verdadeira demonstração de vontade, de persistência e de superação dos limites. Lembre-se: vários heróis são feitos durante as Olimpíadas. Mas os verdadeiros heróis são aqueles que vêm para os Jogos Paraolímpicos.

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E então? Mãos à obra!