Olimpíadas 2024: Intel quer eSports em próximos ciclos olímpicos
Por Lucas Arraz • Editado por Bruna Penilhas |
Parceira dos jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a Intel espera repetir a dose e trazer mais competições de esportes eletrônicos para os próximos ciclos olímpicos.
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A marca promoveu, dias antes da abertura oficial das competições deste ano, campeonatos de Rocket League e Street Fighter 5 com apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI). O evento, chamado de Intel World Open, mostrou alguns dos melhores jogadores dessas modalidades e ajudou a manter viva a esperança de quem ainda quer ver os esportes eletrônicos entrarem de vez no circuito de medalhas.
Questionada pelo Canaltech sobre o futuro da parceria com o COI para competições de eSports durante o período olímpico, a Intel revelou estar disposta a continuar investindo em competições como o Intel World Open.
“Somos grandes apoiadores do eSports, portanto, se pudermos compartilhar essa experiência única com novos públicos que estarão nas Olimpíadas, será muito animador para nós”, declarou a empresa.
No entanto, o futuro da parceria ainda é incerto. “Embora esperemos dar sequência ao grande momento do Intel World Open deste ano para o futuro, como é um assunto que diz respeito aos Jogos Olímpicos, não podemos falar em nome do COI”, completou a Intel.
O Intel World Open ocorreu de 1° de junho a 21 de julho, a dois dias do começo das Olimpíadas de 2020. Apesar de não fazer parte oficialmente do circuito, a presença do COI na competição reacendeu a discussão sobre a inclusão dos esportes eletrônicos.
Mesmo que a parceria com a Intel continue, o COI não deve sacramentar a adesão dos eSports em Paris 2024. A tendência é que o comitê continue apostando em eventos satélites, como o Intel World Open, para avaliar os próximos passos.
Em abril deste ano, por exemplo, o COI criou o Olympic Virtual Series, que ocorreu entre maio e junho, com competições de simuladores de esportes tradicionais.
O presidente do COI, Thomas Bach, chegou declarar em 2017 que a inclusão dos eSports ocorreria “em breve”. Mas, na avaliação do comitê, ainda é prematuro discutir a adição dos jogos durante as Olimpíadas.
O programa olímpico para Paris, divulgado em dezembro de 2020, não faz menção aos jogos eletrônicos, o que deve confirmar o desfalque.
A expectativa é que o COI faça novos testes para competições de esportes eletrônicos nos Jogos de 2028, em Los Angeles.
Free Fire, Overwatch, LOL e CS de fora
Mesmo que a adição dos esportes eletrônicos acelere nos próximos anos, nem todos os jogos devem compor modalidades olímpicas.
Segundo o COI, alguns jogos que simulam violência e humanos sendo mortos, não são compatíveis com “valores olímpicos" e devem ficar de fora das discussões, inicialmente.
A incompatibilidade apontada pode afastar grandes títulos do cenário de competições, como League of Legends e Counter-Strike dos primeiros passos dos eSports rumo às Olimpíadas.
Regulamentação dos esportes eletrônicos
A indústria de games como um todo deve gerar US$ 180 bilhões, cerca de R$ 950 bilhões na cotação atual do dólar, somente em 2021. Os números superam em até sete vezes a receita gerada anualmente pelas indústrias do cinema e da música, de acordo com um estudo da empresa NewZoo.
Antes de chegar a um pódio olímpico, o mercado bilionário do esporte eletrônico ainda vai precisar vencer outros desafios.
No Brasil, as competições travam uma batalha pela regulamentação da atividade de seus jogadores. Com a discussão trava em Brasília há pelo menos 4 anos, o Canaltech revelou que 11 estados brasileiros iniciaram uma discussão para criar leis que regulamentem os esportes eletrônicos por aqui.
Fonte: Istoe, Época Negócios