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Apple e Amazon afirmam que Bloomberg mentiu em reportagem sobre chip espião

Por| 04 de Outubro de 2018 às 21h20

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Apple e Amazon afirmam que Bloomberg mentiu em reportagem sobre chip espião
Apple e Amazon afirmam que Bloomberg mentiu em reportagem sobre chip espião

Depois de uma reportagem da Bloomberg revelar que pelo menos 30 empresas americanas foram comprometidas por uma operação de espionagem chinesa, a Apple e a Amazon vieram a público negar veementemente todos os pontos levantados por ela.

De acordo com a reportagem, algumas das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos encontraram microchips espiões em alguns de seus servidores que haviam sido fabricados na China, e alega que as empresas que encontraram esses chips já alertaram o governo dos EUA sobre o caso.

O mais impressionante da história é que tanto a Apple quanto a Amazon não soltaram negativas básicas de que seus sistemas de segurança foram invadidos, sempre sem se aprofundar no assunto, como normalmente costumam fazer em casos do tipo, mas refutaram ponto a ponto a reportagem da Bloomberg, com declarações assertivas de como as informações propagadas pela reportagem são falsas.

A negativa de maior destaque é a da Apple, que afirma ter sido contatada diversas vezes pela Bloomberg durante o último ano por conta de supostas falhas de segurança na empresa. Ela afirma que em todas as vezes conduziu rigorosas investigações internas com base nas informações fornecidas pelo veículo, e em nenhuma delas encontrou qualquer prova que corroborava com as suspeitas da agência de notícias, afirmando que já refutou de modo oficial todos os aspectos da reportagem que tinham relação com a empresa, e que a Apple nunca entrou em contato com o FBI ou qualquer outra agência governamental no que concerne a vulnerabilidades de segurança em seus servidores.

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De acordo com Kim Zetter, jornalista especialista nos temas de segurança eletrônica e segurança nacional, a história toda é bizarra porque, ao mesmo tempo que as empresas apresentam negações taxativas e fundamentadas, a reportagem da Bloomberg é bastante detalhada e cita vários documentos e fontes de dentro dessas empresas. Segundo sua experiência, não é comum que empresas deem respostas tão assertivas quando estão tentando esconder algo, mas ela acredita que o caso mereceria uma investigação mais aprofundada por órgãos do governo.

Até o momento, ninguém no Congresso dos Estados Unidos efetuou um pedido de investigação do caso, mas isso provavelmente deverá acontecer dentro dos próximos dias. Afinal, nos últimos anos os membros do Congresso têm se mostrado preocupados com a possibilidade de espiões chineses no país, criticando o uso de tecnologias desenvolvidas na China em órgãos oficiais e até banindo o uso de smartphones e dispositivos chineses por funcionários do governo por uma questão de segurança.

Fonte: The Verge