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Tripulação está tentando encontrar origem de vazamento de ar na ISS com confetes

Por| 05 de Outubro de 2020 às 15h20

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Nasa
Nasa

Um vazamento de ar vem ocorrendo na Estação Espacial Internacional (ISS) desde 2019, e a localização exata do problema ainda não foi encontrada — mas é possível que esteja ocorrendo no módulo russo Zvezda. Agora, os cosmonautas a bordo da ISS cortaram tiras de papéis e plásticos para prendê-las no interior do módulo e, assim, tentar identificar a origem exata do vazamento.

Junto dos confetes, haverá também um par de câmeras GoPro. Yuri Gidzenko, cosmonauta russo que contactou os engenheiros de voo Anatoli Ivanishin e Ivan Vagner, diz que eles receberam a solicitação para soltar as câmeras na câmara "suspeita" de vazamento no módulo Zvezda antes do fechamento das escotilhas. A ideia é que uma delas monitore os níveis de pressão do módulo em tempo real para determinar a velocidade da queda de pressão por lá, enquanto a outra irá registrar o movimento das tiras de papel fixas e das que flutuam livremente. Então, se tudo correr como o planejado e a origem do vazamento for identificada, o fluxo de ar deverá puxar as tiras fixas na direção do vazamento, enquanto o confete flutuante vai se acumular na região dela.

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A expedição atual a bordo do laboratório orbital recebeu a tarefa de solucionar este problema antes da chegada da próxima tripulação, que deverá ocorrer no meio de outubro. “Não podemos transferir o problema para a próxima tripulação”, disse um especialista. Ele pediu, então, que os cosmonautas dediquem o máximo possível de esforços para resolver esta questão: “além de vocês, não temos mais ninguém com quem podemos contar para ajudar e dedicar todo o tempo livre para solucionar este problema”, finaliza. A missão Expedition 63 deverá ser lançada em 14 de outubro, e a nova tripulação irá substituir o comandante Christopher Cassidy e os cosmonautas Anatoli Ivanshin e Ivan Vagner.

Apesar de ter sido detectado há mais de um ano, foi entre agosto e setembro de 2020 que a intensidade do vazamento aumentou de 270g a 1,4 kg de perda de ar por dia. Assim, a tripulação precisou fechar as escotilhas em duas ocasiões para análises de pressurização, enquanto os astronautas e cosmonautas se isolaram no segmento russo da estação. No fim da semana passada, Vladimir Soloviev, diretor de voo do lado russo da estação, disse que o vazamento era "insanamente pequeno", o que torna ainda mais difícil ou até impossível de solucionar o problema — é possível que o vazamento tenha tamanho entre 0,6 mm e 0,8 mm.

Fonte: Space Daily (1, 2)