Terra esteve o mais próximo possível do Sol nesta terça-feira (4)
Por Wyllian Torres • Editado por Patricia Gnipper |
A Terra atingiu seu ponto mais próximo do Sol nesta terça-feira (4), evento conhecido como periélio. No periélio, o Sol parece 3,6% maior e cerca de 7% mais brilhante do que no afélio, quando o planeta alcança sua máxima distância do astro.
- A Terra está girando mais rápido, mas o ano não vai "passar voando"; entenda
- Eventos astronômicos de 2022: chuvas de meteoros, eclipse lunar e muito mais!
Por volta das 3h52 (horário de Brasília) desta terça, a Terra ficou a 147,1 milhões de km de distância do Sol — em média, ela se encontra 149,5 milhões de km de distância. Já no afélio, que acontece em julho, Terra e Sol ficam 152,1 milhões de km longe um do outro.
Nenhum desses eventos é responsável pelas estações do ano, pois estas ocorrem por conta da inclinação do eixo do planeta. Ainda assim, periélio e afélio podem refletir na duração delas. Quando mais próxima do Sol, a Terra se desloca mais rapidamente em sua órbita e o verão no hemisfério Sul dura cinco dias a mais.
Movimento planetário
Essa relação entre distância do Sol e o movimento orbital da Terra é fundada nas observações do astrônomo Johannes Kepler, que, no século XVII, percebeu que os planetas viajam pelo Sistema Solar em um movimento elíptico e não um círculo perfeito.
Basicamente, quando um planeta está mais próximo do Sol, ele se desloca com mais rapidez em sua órbita e, quando afastado, mais devagar. Posteriormente, as observações de Kepler foram amadurecidas pela teoria da relatividade geral apresentada por Albert Einstein.
Segundo Walter Petersen, físico e pesquisador do Marshall Space Flight Center da NASA, mesmo considerando a diferença de distância entre afélio e periélio, existe apenas uma variação média global de 7% da energia solar recebida. Por isso, em termos de clima, os eventos não exercem influência.
Fonte: Space.com